A VOLTA

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- Vamos Leandro você não acha que o avião te esperar.

Já são quase três da tarde e o avião sai as quatro e meia, eu tô super nervosa em ter que encarar novamente um avião depois de quinze anos do meu acidente, depois de saber tudo que aconteceu com minha família nos últimos anos agora eu já posso voltar pro Brasil. O Martin, o Leandro e a Guta vão comigo.

- Patroa por favor me leva contigo a Guta precisa de mim, ela é uma menina frágil e a senhora não tem tempo pra cuidar dela. - implorou Vera.

- Vera eu sou grata a você pelos quinze anos de serviço prestados à minha família mas eu não preciso de você, já paguei pelos seus tempos de serviços e não te devo nada e agora pode ir embora.

- Por favor dona Lucrécia me leva pro Brasil. - Vera se ajoelhou diante de mim.

- Odeio gente mesquinha que se rasteja por qualquer coisa. - empurrei a Vera e fui pro quarto terminar de arrumar minha bolsa de mão.

Enquanto eu colocando umas joias na bolsa de mão eu sinto uma força contra ao meu corpo me empurrando sobre a cama.

- Tá louca. - gritei ao perceber que a Vera havia me empurrado.

- Lucrécia você é uma piranha, por anos aguentei seus desaforos só por causa da Guta.

- Por causa da Guta ou pela esperança de receber algum dinheiro dessa herança que a garota irá assumir ao completar a maior idade?

- Maldita. - A Vera acertou um tapa na minha cara e nesse eu sento minha arcada dentária estremecer e um leve gosto de sangue. - Lucrécia eu não sou interesseira como você.

- Imbecil você perdeu a noção do perigo ou ficou louca de vez?

Parti pra cima da Vera no intuito de acabar com aquele ser insignificante que ousou a bater na minha cara quando eu me aproximei dela não consegui o que eu queria, apenas tomei um soco no olho e fui parar de cabeça no chão.

Tonta pelo soco e pela pancada da cabeça no chão eu não consegui me levantar e em seguida a ela pulou em cima de mim me batendo pra valer.

- Desgraçada sai de cima de mim. - ordenei enquanto apanhava.

- Onde está todos os papéis da adoção da Guta?

- Não vou te entregar nada Vera.

- Vai sim. - ela começou a me sufocar.

- Tá bem... Eu entrego. - com essas palavras ela me soltou.

- Onde está os papéis?

- Tão no cofre do meu closet.

Ela se encaminhou até o closet porque ela já conhece cada canto da casa, a maldita começou a jogar minhas roupas no chão e encontrou o cofre.

- Qual a senha Lucrécia?

- É 1...2...3. - fui me aproximando dela que estava de costas peguei-a pelos cabelos e a puxei pelo quarto e a joguei contra a parede.

- Enlouqueceu Lucrécia? - ela perguntou.

- Vou te dar o que você merece. - ela veio pra cima de mim e eu a empurrei contra a parede e dessa vez ela foi ao chão depois de se bater numa mini mesa de mármore. - Levanta e sai da minha casa.

Ela se manteve inerte e ao tocar no corpo da Vera já pude perceber que ela estava morta. Usando um pouco da minha força eu arrastei aquele cadáver até o quarto de bagunça e a tranquei lá.

Voltei pro meu quarto e peguei a bolsa de mão e segui pra sala.

Aluguei um jatinho e por volta da meia noite de hoje chego ao Brasil. Leandro e Martin estão radiante pra conhecer o Rio de Janeiro e nos últimos dia eu reformei um galpão onde será a minha companhia de dança. Enquanto eu embalava as minhas porcelanas eu percebi o Martin se aproximando de mim.

Consequências do Abandono Onde histórias criam vida. Descubra agora