DESCONFIANÇA

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Olhei pra trás e na porta não tinha ninguém eu jurava ter ouvido alguém chamar a Guta de "minha mulher", me encaminhei até o corredor e nem sinal de ninguém.

- Anda logo Guta me diz quem é o pai desse monstrinho que tá na sua barriga.

- Eu não conto nem soube tortura, o pai do meu filho é um homem digno e de bom caráter ao contrário de você.

- Tá bem se você não conta também não vai precisar da boca pra nada, vai ficar 48 horas sem água e sem comida mas como sou boazinha vou deixar cinco uvas pra você se alimentar nesses dois dias.

- Lucrécia por favor não faz isso comigo eu tô grávida, tem uma vida dentro de mim que precisa se desenvolver.

- Se eu descobri quem é o pai dessa criança você vai virar mãe solteira e coloco seu filho num orfanato.

Joguei as cinco uvas sobre a escrivaninha e sair do quarto em que ela ficou chorando.

Horas depois...

Fui no quarto do Martin saber os detalhes da conversa dele com o Conrado e se tinha consumado a compra da transportadora Albuquerque, quando entrei no quarto o meu "irmão" estava totalmente nu com o corpo cravo e canela completamente molhado depois de sair do banho, as gotas d'agua escorria me deixando constrangida.

- Martin se enrola por favor, você não pode ficar nu na frente de uma moça doce, recatada e do lar como eu.

- Lucrécia: doce, recatada e do lar não combina com você e tu já me viu várias vezes sem roupa.

É verdade que eu já vi ele várias vezes sem roupa mas isso foi quando ele tinha 12 anos e hoje ele tem 25 anos. E o brinquedinho dele cresceu muito.

- Martin quando você estiver vestido descentemente eu volto pra conversar com você e saber da compra da transportadora.

Fui pro meu quarto correndo, eu não sabia o que tava acontecendo mas eu estava em chamas por vê-lo nu, eu acho que estou me sentindo atraída pelo garoto que adotei a quase quinze anos atrás e isso é praticamente um incesto. Pra abaixar a alta temperatura do meu corpo me joguei debaixo do chuveiro com roupa e tudo, a medida em que a água passava sobre meu corpo eu ia vendo a imagem do meu irmão despido.

Quando saiu do banho o Martin está jogado na minha cama numa bermuda jeans mostrando as covinhas do osso do fêmur e me olhava fixamente.

- O que você tá fazendo no meu quarto?

- Lucrécia pode comemorar pois a transportadora Albuquerque já foi comprada e você é a dona daquela empresa, mas você vai ter que desembolsar um milhão de reais.

- Martin como você é ingênuo meu lindo, eu não vou desembolsar um centavo pra essa compra.

- Como não Lu?... A compra já foi feita não podemos voltar atrás.

- Esse um milhão de reais vai sair todo da herança da Guta, e enquanto ela não faz 18 anos eu sou a representante legal da conta dela.

- E você pode fazer essa retirada tão significativa?

- Claro que sim, eu tenho uma procuração me dando plenos poderes sobre a herança de minha enteada. E quero que você providencie uma um documento pra mim.

- Que documento Lucrécia?

- Quero que você seja dono de 60% da transportadora e o meu filho Leandro será dono de 40%. E se por acaso acontecer alguma fatalidade comigo, tudo que é meu será dividido igualmente entre você e o Leandro.

- Lucrécia você está vendendo saúde e vamos parar de fazer planos pro futuro e vamos viver o presente.

Ele me deu um abraço tão forte que senti o coração dele batendo forte junto ao meu e aqueles músculos envolvendo meu corpo me fazendo arrepiar. Antes que eu perdesse as estribeiras e fizesse uma besteira que eu pudesse me arrepender depois eu sair dos braços de Martin e fui pro meu closet me arrumar.

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