Prólogo

9.3K 639 588
                                    

"Lembro-me de ter acordado com o barulho da briga de meus pais. Era sempre assim, quando menos se esperava eles já estavam discutindo. Sentei na cama e cocei meus pequenos olhos, levantei dela e desci as escadas agarrada com meu ursinho de pelúcia. Sentei em um dos degraus e fiquei observando a discussão. Meu pai gritava com minha mãe enquanto ela chorava. Eu tinha apenas oito anos e não sabia o motivo da briga, mas adoraria ter ido até lá e dado um chute no meio das pernas do meu pai. O que me intrigava eram as malas ao lado de meu pai. Por que haviam malas? E foi aí que ele disse as seguintes palavras: Eu irei embora e voltarei para buscar minha filha."

Acordo assustada e com dificuldade para respirar. Sento na cama e prendo meu cabelo em seguida. Sempre tive esses sonhos, ou seriam lembranças? Isso não faz sentido, já fazia dez anos e eu não esqueci, dez anos que não vejo seu rosto, dez anos que sinto ódio dele. Afasto meus pensamentos e olho para o relógio, marcavam cinco e quarenta e cinco da manhã.

— Droga — resmungo com voz de sono. — Não vou conseguir voltar a dormir.

Levanto da cama e vou até o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Claro que fui morrendo de medo já que ainda estava escuro. Assim que termino, desço as escadas em direção a cozinha para beber água.

— Filha? — minha mãe diz descendo as escadas. Pulo de susto e deixo um pouco de água cair no chão.

— Que susto, mãe. — digo, colocando a mão no peito.

— O que... o que está fazendo acordada? — ela gagueja se aproximando. Ela estava estranha. Não parava de olhar para escada e estava falando um pouco mais alto do que o normal.

— Eu só vim beber água. — digo, apontando para meu copo. Ela assente com a cabeça e se aproxima. Bebo a água lentamente sem deixar de olhá-la.

— Va... vamos voltar a dormir. — ela diz esboçando um sorriso.

— Você está estranha. — guardo a água.

— Impressão sua. — ela pega minha mão e me puxa. Olho em volta e vejo malas no chão da sala. Solto minha mão rapidamente e olho para minha mãe.

— De quem... de quem são essas malas? — aponto para elas.

— Minhas — olho em direção a voz. Um turbilhão de pensamentos invadem minha mente assim que escuto sua voz. — Não vai me dar nem um abraço? — ele diz abrindo os braços.

Era meu pai.

...

Ooi, gente *-*

Fic saindo do fornooo!

Espero que gostem, tenho muitas ideias para ela <3

Desculpe qualquer erro e deixem suas opiniões.

Votem caso queiram continuação e comentem caso queiram mesmo.

Bjoooooos *3*

Stand Up Your Hand [pjm]Onde histórias criam vida. Descubra agora