Bijae

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Narrador: on

Naquele dia, as nuvens faziam questão de tapar o sol, trazendo um ar de tristeza. O que contribuía para a menina que pensava em diversas coisas enquanto voltava para sua casa.

Parar de pensar na pessoa que gostava era quase impossível. Ter brigado com ele parecia ser um dos seus maiores problemas, mas não era bem assim. Não saber onde o pai estava, também a atormentava a qualquer instante.

E o pior era ter uma proposta irrecusável mas que vinha de uma pessoa insignificante.

Com seus fones de ouvido e a música no último volume, seu plano era se desligar do mundo mas sua mente reagia ao contrário.

A menina guarda os fones assim que chega em casa, abrindo a porta e percebendo que tinha visita. Naquele momento, parecia que finalmente as nuvens deram lugar para o sol e sua mente havia se desligado.

Não, não era Jimin ali. Mas duas meninas que ela amava e sentia muita falta.

_ Até que enfim vocês vieram. – Júlia diz com um sorriso no rosto, correndo para abraçar Bia e Esther.

_ Claro, monamur. Não íamos esquecer. – Esther diz retribuindo o abraço.

_ Caraca, garota. Quanto mais o tempo passa, mais você fica gata. Pode parar já. – Bia diz olhando a mais nova de cima a baixo.

_ Que saudades de vocês. – Júlia diz. Logo em seguida, caminhando até a varanda junto com as duas meninas. Sook apareceu depois de uns minutos oferecendo um pequeno lanche.

_ Acho que vocês tem muito o que me contar. Começando com você, Bia. Quero saber de você e o Seunjae. – Júlia diz.

_ Ih, esses dois não se desgrudam mais. – Esther diz de boca cheia.

_ Aí que mentira... com um toque de verdade risos. – Bia diz enrolando as pontas do seu cabelo. – Hmm, por onde eu começo?

_ O dia da minha festa. Eu vi vocês dois juntinhos, pode contar tudo. – Júlia diz e Bia concorda.

Flashback: on / Bia: on

- Se eu te pedir pra vir comigo, você vem? - Ele me pergunta, me fazendo parar para observar sua expressão. Além do sorriso animado que ele mantinha no rosto desde a primeira vez que o vi, não havia mais nada de especial ali. Nada que pudesse me ajudar a descobrir o que ele tinha em mente.

Por isso, fui cautelosa ao perguntar: - Pra onde?

Porque se ele viesse com aquela conversinha de subir para um quarto novamente, não me responsabilizaria pelo tapa que ele levaria, nem pela conta do hospital depois.

- Pra piscina. - Sua resposta quase me faz soltar um suspiro de alívio e ele percebe isso pois um largo sorriso malicioso aparece em seu rosto. Dali, eu já sabia que não vinha coisa boa. - Por quê? O que você pensou?

Tive o cuidado de manter minha respiração calma e constante quando seu corpo se aproximou novamente do meu. Por conta de nossa diferença de altura, fui obrigada a levantar a cabeça para encarar seus olhos e, caramba, me vi presa na intensidade que havia naquele olhar. Naquele momento, me perguntei como ele podia ter tal efeito sobre mim, sendo que mal nos conhecíamos, e, por mais idiota que possa parecer, perguntei a mim mesma se eu tinha algum efeito sobre ele também.

Stand Up Your Hand [pjm]Onde histórias criam vida. Descubra agora