Stand Up Your Hand [pjm]

Jin Day

 É incrível como apenas uma pessoa pode mudar completamente seu humor. Jimin tinha esse poder sobre mim. Eu não sabia como ele fazia isso, mas não era algo que eu não amasse. Nunca tive essa sensação de querer ter sempre alguém ao meu lado, além de minha mãe. Jimin despertou essa sensação em mim também.

Depois que saímos da casinha, Jimin me levou até em casa e me ajudou a subir na árvore para que pudesse entrar em meu quarto pela sacada, já que eu tinha esquecido minhas chaves em casa. Joguei seu chapéu lá de cima e o mesmo pegou com um pouco de dificuldade, pois não queria fazer muito barulho. Mandei um beijo para ele assim que entrou no carro. Só adentrei em meu quarto quando o carro de Jimin não podia ser mais visto. Respirei fundo e abri um sorriso, lembrando do meu pequeno passeio junto a Jimin. Era incrível como eu me esqueci de basicamente tudo, inclusive do Tae. Mas agora, voltando para casa, tudo desmoronou em minha cabeça novamente. Todas as minhas situações e problemas se juntaram com o objetivo de martelar minha cabeça. Minha vontade era de fugir, voltar a viver com minha mãe. Mas não podia fazer isso. Existem pessoas que amo aqui na Coréia, algo que eu nunca pensei que iria acontecer, e fugir dos problemas não era uma boa opção. Suspirei e me joguei em cima da cama olhando para o teto pensando em como tornar tudo mais fácil, mas não achava uma saída. Eu não podia simplesmente voltar para o Brasil e viver com minha mãe. Eu não podia simplesmente enfrentar Tae e dizer que eu não sentia mais nada por ele porque eu estaria mentindo e me achava uma tola por isso. Queria esquecer tudo que já tivemos, mas era algo impossível, sempre vão estar em minha cabeça todas às lembranças boas, assim como as ruins. Mas era algo totalmente estranho, minha mente só se esforçava para lembrar-se de nossos momentos bons o que me levava a pensar na possibilidade de perdoá-lo. Mordi os lábios me segurando para não pegar algum bichinho dentro da caixa debaixo de minha cama. Também não queria lembrar da existência dessa caixa que me atormentava a noite. Senti meu celular vibrar no bolso de minha calça e eu o peguei rapidamente.

ChimChim <3: Não sei o que você realmente sente nesse momento, mas se você estiver se sentindo como se tudo de ruim voltasse á tona, apenas lembre do dia de hoje. Lembre-se de cada detalhe e você se sentirá bem, era o que eu fazia sempre. Para o bem de todos (ou só para o meu mesmo) sofra menos e sorria mais. Boa noite, pequena <3.

Passei a língua pelos lábios e reli a mensagem meio perplexa por ele saber sobre o meu atual estado. Abri um sorriso e o respondi rapidamente. Desliguei meu celular e o coloquei em cima de minha estante. Levantei-me, coloquei um pijama qualquer, escovei meus dentes e deitei na cama novamente com o sono já presente. E então, eu fiz o que Jimin aconselhou. Lembrei-me de cada detalhe, até os bem pequenos. Como por exemplo, o jeito que ele me olhava e de nossas mãos unidas como nunca antes. Adormeci com lembranças boas em minha cabeça e minha vontade de pegar algo dentro daquela caixa havia sumido completamente.

(...)

Alguns dias se passaram e os meninos se viram muito ocupados por conta do MAMA. Não vou nem dizer o quanto eu fiquei feliz assim que os vi ganhando o prêmio e chorando. Sun Hee começou a chorar ao meu lado e eu só conseguia sorrir olhando para a tela do meu computador.
Hoje era aniversário do Jin e só estávamos esperando Sun Hee acabar de se arrumar para sairmos para algum restaurante. Eu e as meninas estávamos no quarto enquanto os meninos, inclusive o Kai, esperavam lá embaixo. Mi Cha batia desesperadamente na porta do banheiro de Sun Hee já que a mesma parecia estar morta lá dentro. Seria a primeira vez que todos nós sairíamos juntos depois do ocorrido da festa e eu não estava relativamente bem com essa situação. Como seria olhar para Tae e lembrar-me de tudo? Manu balançou suas mãos na frente de meus olhos atraindo minha atenção: