Stand Up Your Hand [pjm]

Jumin

_ Então, você vai me contar onde aderiu essas habilidades com o guarda-chuva? - Jimin disse com um sorriso bobo no rosto e com o olhar na estrada. Uma de suas mãos estava do lado de fora apenas sendo levada pelo vento e seu cabelo também voava conforme aumentava a velocidade do carro. Gargalhei e fechei os olhos sentindo a brisa fria bater em meu rosto.

_ Só se você me contar onde está me levando. - disse entrando na brincadeira. Ele sorriu e seus olhos viraram dois pequenos riscos rapidamente. Ele olhou para mim por um instante e depois voltou seu olhar para frente.

_ Já disse que é surpresa. A única coisa que posso dizer é que esse lugar é importante para mim e você vai ser a primeira a conhecer. - Jimin disse com uma expressão indecifrável. Olhei para ele e abri um sorriso. Seria eu tão importante assim para ele?

_ Aigoo, me sinto lisonjeada caro ChimChim. - disse me inclinando e apertando suas bochechas. Ele abriu um sorriso e pareceu envergonhado. Voltei a encostar minhas costas no banco do carro me ajeitando para uma posição mais confortável. Franzi o cenho com uma dúvida que surgiu em minha cabeça. - E por que esse lugar é tão importante?

Ele respirou fundo e abriu um sorriso sem amostrar os dentes perdido em suas lembranças.

_ Assim que eu vim para Seul, trabalhei duro para realizar o debut e isso tomou bastante do meu tempo, assim como os dos meninos. É sério, não tínhamos tempo para nada. - ele disse fazendo ênfase no nada - E então, como obra do destino, eu descobri esse lugar e o tornei para mim, ia lá sempre que queria ficar sozinho e esquecer de tudo em minha volta. E, de alguma forma, aquele lugar tão calmo e sem barulhos, trazia uma paz muito grande e então eu passava um bom tempo lá apenas respirando o ar puro daquele lugar e com o desejo de ficar lá para sempre. Acho que você irá se surpreender. - Jimin disse ainda sem olhar para mim. Engoli em seco e senti meu coração palpitar cada vez mais forte. Ele precisava fazer esse mistério todo? Ainda olhando para ele, assenti lentamente com a cabeça com suas palavras em minha mente.

[...]

Arregalei os olhos assim que saímos do carro e olhei para aquela extensa floresta "protegida" por uma cerca caindo aos pedaços. Acho que não ia fazer tanta diferença essa cerca ali quando o medo falava mais alto em relação a adentrar aquela floresta que de noite era assustadora. Jimin, sem dizer nada, me ergueu no ar e me ajudou a pular a cerca. Arregalei os olhos com o ato do menino mas não questionei. Talvez eu quisesse um pouco de adrenalina. Jimin pulou a cerca rapidamente e pegou minha mão me guiando para o tal lugar dentro de uma floresta. Observei cada canto do lugar mas estava difícil enxergar por causa da escuridão. Jimin parou um pouco e abriu sua mochila que ele tinha trago, me entregou uma lanterna e pegou uma para ele. O mesmo continuou a me guiar com nossas mãos dadas como nunca antes. Iluminei o caminho a minha frente com o objetivo de não tropeçar e cair, estragando a pequena surpresa. Tentei conter meu pequeno medo mas era inevitável. Estávamos em um lugar totalmente escuro e silencioso, apenas com o som de água corrente e o som dos grilos. Às vezes, algo se mexia nas árvores me fazendo erguer a lanterna diretamente naquela direção. Jimin percebia minha aflição e apertava minha mão, o que era reconfortante. O som da água estava cada vez mais perto. No alto, os galhos entrecruzados pareciam dividir o céu em milhões de pedacinhos escondendo as pequenas estrelas. Jimin parou, o que me fez olhar para frente imediatamente. Agora o som da água já era bem nítido pois ali, na nossa frente, havia um pequeno riacho e uma ponte para que pudéssemos passar. Abri um sorriso e creio que Jimin também estava sorrindo. Ele voltou a me puxar mas eu não tirei os olhos da ponte de madeira que, por algum motivo, me deixava feliz. Passamos por ela rapidamente com medo dela quebrar já que parecia estar ali há muito tempo. Voltamos ao ritmo que estávamos e eu parecia estar mais relaxada já que saltitava durante o caminho. Jimin gargalhou ao me ver animada. Por um instante, ele soltou minha mão e caminhou até uma árvore olhando a mesma. Franzi o cenho e me achei uma idiota por sentir falta de sua mão na minha. Ele abriu um sorriso e fez um sinal para que continuássemos a caminhar :