Era domingo e Angelina, minha melhor amiga, veio passar o dia comigo. Ela não parava de falar nesse dia e eu não sei o porquê de tanta empolgação, então isso me faz pensar que ela está aprontando alguma.
Acordei um pouco cedo, e a mesa do café já estava pronta, Dona Bete havia chegado e preparado tudo. Bete é minha empregada, mas não só uma empregada, como também minha mãezinha de coração por consideração e cuidado.
Fiz minha higiene matinal e fui tomar o belo café que Bete havia preparado. Nesse momento ouço a campainha tocar e como Bete estava ocupada fazendo alguma coisa no quintal, me prontifico a ir atender.- Deixa que eu atendo - Praticamente Grito.
Abro a porta e Angelina estava com uma mochila e um sorriso grande no rosto.
- Caiu da cama, Angelina? - Pergunto em tom de brincadeira e volto para tomar café, então ela me segue.
-Não, mas eu precisava te ver logo. Estou muito ansiosa para hoje à noite - Fala evidenciando sua empolgação na entonação da voz.
- Mas por que tanta euforia? O que tem de bom à noite? - Pergunto curiosa.
- A gente vai para uma festa que Bruno vai dar. Ele pediu que eu te chamasse porque disse que não estava conseguindo falar contigo.
Olho para o celular.- É, eu não estava afim de atendê-lo - Falo sem me importar muito.
- Mas por quê? - Ela pergunta confusa.
- Não sei, só não estava com vontade mesmo.- Respondo calmamente.
- Nossa. Que belo humor, Debora. Você está mesmo precisando ir a uma festa. - Fala ela e logo em seguida leva um copo de suco à boca.
- Eu tenho trabalho amanhã, e meu chefe não gostaria de me ver com cara de ressaca, não acha?!- Falo olhando pra Angelina.
- Você tem que sair, se divertir. Você ainda é gente... Eu acho. - Ela solta uma risada por conta do que acabara de dizer e eu devolvo.
- Ok, vou pensar. Mas não crie expectativas.- Falo séria.Angelina, ou melhor a Anje como costumo chamar, vem e me abraça me tirando do chão.
- Tá bom, tá bom, Anje! Chega né?! - Falo um pouco irritada.
- Eu nem sei por que eu ainda te aguento, mal humorada! - Ela cruza os braços e faz cara de brava.
- Porque você me ama e é isso que melhores amigas devem fazer: Aguentar uma à outra. - Passo por ela e a beijo na bochecha.
Fomos para a sala, nos sentamos no sofá e liguei a TV.
- E o Jared? Vocês ainda se falam - Anje pergunta curiosa.
- Ah, tem alguns dias que paramos de nos falar. Você sabe, somos só amigos.
- Volto minha atenção para a TV.
- Ele parece ser um cara bem legal, mas tu é uma cabeça dura. Afasta todos. - Ela fala séria e me encarando.
- Não afasto não. Os caras só falam comigo uma vez e depois somem, me esquecem e tem uns que têm a cara de pau de me mandar mensagem dizendo que eu "esqueci dos amigos". - Respondo um pouco irritada.
- Porque você é muito fechada, Debora! Daí eles se sentem meio que sem interesse. -Ela rebate.
- Eu não tenho culpa. A vida me tornou assim, e não tenho tempo para repensar meu jeito de ser agora. Sinto muito. - Olho pra Angelina séria.
- Você tem certeza, Debora? - Anje pergunta com seriedade na voz, porém bem calma.
- Tenho. Fica ao meu lado quem realmente gosta de mim, me entende e, o principal, não força a barra. - Digo e ela me olha um pouco triste.
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Minha Calmaria Em Meio Ao Caos
RomanceUma mulher de 24 anos, que nunca amou verdadeiramente, se vê em uma situação complicada ao descobrir a má índole de um amigo com quem ficou. Enquanto tenta se afastar dele, uma pessoa especial surge em sua vida, trazendo a possibilidade de um novo c...