CAPÍTULO 30

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Eu e Victor aproveitamos aquela manhã como se não houvesse amanhã.

(...)

Alex liga.

Débora? Você está bem?

Sim, estou! Aconteceu alguma coisa?

Não. Anje e eu não vamos voltar para aí. A qualquer momento Bruno pode aparecer, então peço que você e Victor saiam.

Ok, ok! Só vou pegar algumas roupas e vou arrumar um outro lugar para ir.

Vai para casa de algum parente, algum lugar que Bruno não conheça.

Ok, entendi!

Victor pediu que fôssemos para a casa dele por hoje e amanhã a gente iria para a casa da minha tia Dulce. Victor não quer me deixar ir sozinha de jeito nenhum, então depois de muita insistência, ele vai comigo.

(...)

Já era noite e eu já estava na casa de Victor, os brutamontes estavam ao redor da casa escondidos em pontos estratégicos, para fazer algo se caso Bruno apareça.

-Quer comer alguma coisa? - Victor pergunta me tirando de um transe.

-N... Não - Digo. - Quero mesmo é tomar um banho.

-Tem dois banheiros, donzela! - Ele brinca. - Um no meu quarto e outro logo ali. Fique à vontade.

Vou até minha mochila, pego minha toalha e vou para o banheiro. Deixo que aquela água quente caia sobre o meu corpo enquanto eu pensava em tudo, e ao mesmo tempo em nada.

(...)

Saio do banho apenas de toalha e vou para o quarto colocar um pijama qualquer que eu trouxe.

(...)

Victor estava na cozinha, o cheiro do café estava por toda a casa. Na mesa estavam os pães, leite, o café que ele acabou de passar, queijo entre outras coisas.

-Vamos comer, Coisinha? - Ele diz puxando uma cadeira para que eu me sentasse. - Você ainda não comeu nada. Precisa se alimentar.

Sorrio e me sento à mesa.

Jantamos e eu fui me deitar, queria ler um pouco antes de dormir.

Deito na cama e começo a ler o livro.

(...)

Victor irrompe no quarto e se aconchega ao meu lado, trazendo consigo uma aura de desejo e intensidade que logo preenche o ambiente.

Tá concentrada? - Ele sussurra, suas palavras reverberando no ar e fazendo minha pele arrepiar. A presença de Victor é magnética, capaz de desviar minha atenção até do mais intrigante dos livros.

Estava. - Respondo, tentando manter a pose de "brava" devido a interrupção, embora seus olhos brilhantes e aquele sorriso irresistível me desarmem completamente.

Com um movimento suave, ele alcança o livro em minhas mãos e o deposita com cuidado sobre a cômoda. Nossos rostos se aproximam, a proximidade de Victor acelerando as batidas frenéticas do meu coração. Ele toca meus lábios com os seus, iniciando um beijo que começa suave e delicado, mas que logo se transforma em um turbilhão de paixão e urgência. Cada traço de seu toque incendeia minha pele, seu desejo se entrelaçando com o meu de forma avassaladora.

Sem hesitação, Victor me envolve com firmeza, trazendo-me para seu calor e intensidade. Quero as carícias dele, a segurança de seus braços, a calmaria que só ele é capaz de proporcionar em meio ao furacão de sensações que nos envolve. Com destreza, ele desliza minha camiseta para longe do meu corpo, revelando a pele arrepiada que anseia por seus toques. Sem palavras, nos entregamos ao beijo apaixonado, perdendo-nos na vertiginosa dança de nossos desejos e anseios incontroláveis.

(...)

Eu permaneço apenas em minhas roupas íntimas, enquanto Victor exibe sua forma esculpida pela lua que se insinua através da fresta da cortina, transformando o quarto em um cenário de desejo e intimidade. Seus beijos percorrem quase todo o meu corpo, deixando um rastro de calor e excitação que queima dentro de mim.

Pouco a pouco, nossas roupas íntimas se juntam no chão do quarto, testemunhas silenciosas do momento único e avassalador que compartilhamos. No silêncio da noite, somos um só, entregando-nos à paixão ardente que nos envolve, em um turbilhão de emoções e sensações que tornam cada segundo inesquecível e único.

(...)

Terminamos e nossos corpos relaxaram, eu dormi com a cabeça no peito de Victor e ele com seu braço em volta do meu corpo.

(...)

Acordei no outro dia com um sorriso bobo no rosto.

-Já acordou? - Ele acaricia os meus cabelos. - Descanse mais um pouco.

-Não conseguiria - Digo "desenhando" com um dos meus dedos em sua barriga. - O sonho já aconteceu, não tem porque eu dormir mais.

Ele sorri.

-Você foi maravilhosa - Eu coro. - Era sua primeira vez?

-S...sim - Digo envergonhada.

-Fico feliz de ter sido comigo e não com... - Ele não termina a frase.

-Eu também fico feliz - Digo e dou um selinho nele.

Ficamos deitados por mais alguns minutos e depois fui tomar um banho.

(...)

Pegamos nossas coisas e a chave do carro de Victor. Colocamos nossas coisas no banco de trás do carro e pegamos a estrada para a casa da tia Dulce.

Foram quase três horas e meia de viagem, mas enfim, chegamos.

Minha tia estava na porta de casa conversando com uma mulher, que se eu não me engano, é vizinha dela. Quando ela me vê, ela abre aquele sorriso que só ela consegue ter. O sorriso de quem me acolheu quando eu mais precisei.

-Tia, que saudades - Digo correndo e abraçando ela. - Quanto tempo?!

-Mas você cresceu - Diz ela me olhando. - Se tornou uma mulher tão linda!

Ela diz sorrindo docemente e eu retribuo.

-Resolveu finalmente vir morar comigo? - Ela pergunta esperançosa.

-Por uma pequena temporada - Digo sorrindo. - Tenho uma pessoa para te apresentar.

Digo e faço sinal para que Victor viesse até nós.

-Esse é Victor, meu... - Olho pra ele.

-Sou Victor, namorado de sua sobrinha! - Ele sorri.

-Hum, que bom gosto, Débora! - Ela diz e pisca o olho para mim. Esses dois sabem me deixar sem jeito. - Sou Dulce, tia dessa linda mulher!

-Prazer em conhecê-la - Eles se cumprimentam com um aperto de mãos.

(...)

Colocamos nossas coisas em um quarto de hóspedes, minha tia fez questão que ficássemos juntos em um quarto só.

Já era tarde praticamente, minha tia fez um "almoço" para gente e fomos comer.

Nos sentamos à mesa e minha tia já começou com as perguntas:

-Estão juntos há quanto tempo? - Eu engulo de qualquer jeito o suco, que me faz engasgar.


Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora