CAPÍTULO 27

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Chegamos à pequena casa onde passamos a noite e Victor estava lá. Quando viu Débora, correu para abraçá-la.

-Vocês estão bem? - diz ele, soltando-se do abraço e olhando para mim.

-Sim, estamos! - Alguns caras entram na casa.

-Quem são eles? - Victor pergunta, receoso.

-Alguns caras que trabalham para Jared, eles vão cuidar da nossa segurança - digo, revirando os olhos. - Agora peguem as suas coisas que vamos voltar para casa!

-Tamara, eu vou para a minha casa! - diz Débora.

-Por que? Você quer morrer? - Digo exaltada.

-Não! Eles não vão deixar! - Ela diz séria. - Eu também preciso do meu lugar, minha casa, minhas coisas. Se for para eu morrer, que seja aproveitando os meus últimos momentos na minha casa e não na dos outros.

Eu pego apenas a minha mochila do quarto e vou saindo.

-Aqui estão as chaves do carro, depois passo por lá e pego de volta - Jogo as chaves no sofá e saio, alguns seguranças vêm atrás de mim.

-Você vai para onde? - Débora grita, mas eu a ignoro totalmente.

Débora

Morrer? Tamara está doida? Bruno não seria capaz disso! Eu só quero ir para a minha casa e aproveitar o meu cantinho, minha cama...

-Você não vai ficar naquela casa sozinha - Victor me tira do transe.

-Então venha comigo - Digo e vou até o quarto, pego a mochila e Victor faz o mesmo.

-Vamos? - Um dos caras pergunta.

-Sim - Digo e eles pegam a chave do carro. Eu e Victor vamos no banco de trás e um dos caras dirige até a minha casa.

(...)

Abro a porta de casa e sinto aquele cheiro de lar doce lar.

-Ai que saudade que eu estava desse lugar - Digo, jogando-me no sofá.

-E eu morrendo de saudade da minha melhor amiga - Anje aparece na sala, e eu levanto rápido e vou abraçá-la.

-Que saudade, Anje! - Digo, abraçando ela mais forte. - Mas cadê o Alex?

-Ele está no quarto! - Diz ela, soltando-se do abraço. - Espero que não se importe!

-Não, claro que não! - Digo e olho para Victor. - Victor vai passar uns dias conosco.

-Ok, seja bem-vindo, Victor! - Ela diz, brincalhona.

-Obrigado, Dona Anjelina! - Ele brinca.

-Vem, Victor! - Victor me segue até o quarto. - Você pode colocar suas coisas no armário, agora eu preciso trazer um colchão para cá, o quarto de hóspedes a Anje está ocupando e o outro está cheio de tralha.

-Eu posso dormir na sala - Ele diz, colocando a mochila no armário.

-Não, não é preciso! - Digo, olhando para ele. - A gente resolve isso até a noite.

-Eu preciso ir em casa pegar algumas coisas, você se importa? - Ele pergunta.

-Você não vai sozinho, Bruno e os capangas dele devem estar fazendo ronda por aí! - Digo, preocupada. - Vou mandar um desses três brutamontes ir com você!

Victor revira os olhos, mas não reclama.

Victor foi até sua casa e um dos caras o acompanhou.

Eu pego um dos meus pijamas de bichinhos e coloco na cama, e entro no banheiro para tomar um longo banho quente.

Uns 22 minutos depois, saio do banho, visto meu pijama e vou até a sala.

-Oi, Alex! - Digo sem jeito.

-Oi, Débora! Tudo bem? - Diz ele, olhando para mim.

-S... sim, tudo! - Saio da sala e vou para a cozinha. Eu ainda não estava acostumada a ter tanta gente na minha casa, antes era só eu, a Bete e a Anje, que mal ficava em casa, agora tem gente por todo canto. Anje estava fazendo um suco.

-Victor ainda não chegou? - Pergunto.

-Hmm, muito preocupadinha - Ela faz uma cara maliciosa.

-Para de ser besta, Anje! - Digo, sentando em um banco perto da bancada.

-Ele ainda não chegou, gata! - Ela diz. - Mas me conta, por que passou tanto tempo fora?

Alex não falou para ela? Será que falo?

-É... Anje, eu preciso falar com você! - Digo séria e sem jeito.

-Fala logo, não gosto de suspense - Ela fala, parando o que estava fazendo e vindo até a bancada.

-Acho melhor... - Nem termino de falar e Alex chega à cozinha, atrapalhando a conversa toda.

-Débora, Victor está te chamando lá no quarto - Ele me olha com uma cara...

-Ele chegou? - Digo, saindo da cozinha.

Chego ao quarto e não tem ninguém...

Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora