CAPÍTULO 31

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-A quase 2 meses - Victor diz calmamente. - Mas nos conhecemos há muito tempo.

Oscar para melhor "mentiroso" vai para Victor.

-Vocês fazem um belo casal - Minha tia fala docemente.

(...)

Fui tirar um cochilo, exausta. Victor avisou que ia dar uma volta pela cidadezinha e logo retornaria.

(...)

Ao anoitecer, provavelmente peguei no sono. De repente, ouço risadas vindas da sala.

Dirijo-me até lá e encontro Victor e minha tia Dulce exaltados em uma conversa animada.

Parece que já estão se tornando amigos - brinco, sentando ao lado de Victor.

Passamos o tempo conversando até o início da novela da minha tia.

-Vou assistir minha novela! Fiquem à vontade - Ela se despede e segue para o quarto, onde costumava assistir à novela com mais tranquilidade.

Victor me coloca em seu colo.

-Descansou? - Ele pergunta.

-Sim, mas e o senhorito, onde estava? - Pergunto colocando meus braços em volta do seu pescoço.

-Eu fui conhecer um pouco desse lugar - Ele pega o meu queixo e me dá um selinho. - Tem uma praça legal e uma sorveteria perto. A gente podia ir lá qualquer dia desses.

-Sim, podíamos - Eu o beijo.

(...)

Ao cair da noite, fui arrumar a mesa para o jantar. Preparei uma sopa, algo que me fez recordar dos tempos antigos, quando minha mãe costumava preparar sopa nos dias frios para o jantar. Todos nós nos sentamos para comer. Minha tia resolveu ir para a cama cedo, já que teria que trabalhar no dia seguinte. Victor e eu decidimos assistir um pouco de televisão juntos.

(...)

Já era tarde da noite, decidi tomar um banho antes de me deitar. Victor já havia tomado o seu mais cedo.

(...)

Sai do banho, Victor não estava no quarto. Visto meu pijama que havia deixado em cima da cama e fui arrumar o edredom para que pudéssemos dormir.

Peguei um dos travesseiros, e em baixo tinha um anel. Eu pensei que fosse da minha tia.

-Victor, vem cá - Digo um pouco alto.

-Oi, linda! - Ele diz entrando no quarto.

-Arruma um lugar que esse anel não suma - Digo entregando o anel para ele. Ele pega a minha mão e coloca o anel. Eu dou risada. - Esse anel não é meu, besta.

-Agora é - Ele sorri. - Namora comigo?

Fico totalmente surpresa, é sério.

-Sim - Digo ainda sem acreditar.

-Fui eu que coloquei o anel aí - Ele diz e ri. - Você é muito desconfiada, dona Débora!

-Ele me puxa para um beijo rápido.

(...)

Terminamos de arrumar a cama e nos deitamos. Aquela noite eu dormi de conchinha com o meu NAMORADO.

(...)

Acordamos em uma hora intermediária da manhã e percebemos que minha tia já havia saído para trabalhar. Começamos o dia com um café tranquilamente e passamos o restante do dia sem fazer muita coisa.

Jared localizou Bruno em uma estrada de terra que levava para cá. Fiquei surpresa com a habilidade dele em obter informações sobre minha localização. Jared acabou ferindo gravemente Bruno, atropelando-o "sem querer" duas vezes. O impacto resultou em alguns tiros não fatais em Bruno. Tamara reuniu todas as evidências necessárias para incriminar Bruno, que será preso assim que sair do hospital. A duração de sua pena será determinada apenas após o julgamento, marcado para daqui a um mês e meio. Eu e todos os envolvidos teremos que depor como testemunhas das ações cruéis de Bruno durante o processo.

~~~~~~~~~~Mais 1 semana depois ~~~~~~

Passei a noite anterior e alguns dias anteriores sentindo náuseas e indo frequentemente ao banheiro. Todos os cheiros, sejam de comida, perfume ou produtos de limpeza, estavam me enjoando.

Não comentei nada com o Victor, mas acredito que ele tenha percebido minhas constantes idas ao banheiro durante a noite.

Victor estava entediado de ficar em casa sem fazer nada, então decidiu ajudar como balconista no mercado da minha tia.

Minha tia estava em casa e eu mais uma vez corri para o banheiro.

- Você está bem? - Ela pergunta preocupada e encostada na porta me olhando.

- Tô sim! - Digo indo escovar os dentes. - É só um mal-estar.

- Eu acho que não é só isso, você passou os últimos dias com esse mesmo mal-estar. - Ela me observa. - Débora, Você e Victor...

Eu entendi o que ela quis dizer, mas não tinha como, eu acho que usamos camisinha.... 

-Ah não...-penso.

- Meu Deus, tia! - Eu fico pasma. - Acho que não nos protegemos quando a gente...

Eu não acredito! Eu não tenho maturidade ainda. Eu sou mais criança que a possível criança que possa estar crescendo aqui dentro.-Penso

- Calma, Débora! - Ela sorri. - Isso foi a melhor coisa que possa ter acontecido. Uma criança para alegrar a casa. Minha netinha. - Ela sorri e acaricia minha barriga que ainda nem cresceu.

- Tia, eu sou mais criança que essa criança - Digo ainda pasma. - Como vou cuidar? Como vou educar? E pior, como vou contar para Victor isso?

- Nada de perguntas, dona Débora! - Ela diz séria. - Vou marcar uma consulta para termos certeza se você está ou não grávida.

Com isso dito, ela me deixa lá plantada no banheiro, com uma expressão idiota no rosto. Olho para mim mesma no espelho e começo a imaginar como será ver minha barriga crescer e o rostinho do meu bebê quando ele nascer. Um sorriso bobo surge no meu rosto, apesar do medo, estou começando a gostar da ideia de ser mãe.

Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora