CAPÍTULO 20

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As lágrimas desciam e molhavam todo o meu rosto.

-Bruno, seu maldito – Grito em meio às lágrimas.

Eu só quero entender porque ele está fazendo isso comigo. Ele que me traiu e eu que sou a errada da história. Parece que a vida é baseada em "tudo é culpa da Débora".

(...)

Já havia anoitecido e eu estava morrendo de frio. Ouço um barulho de carro, deduzo que seja do cretino do Bruno.

Ouço passos vindo em minha direção e uma lanterna apontada para mim. Fecho os olhos, pois a luz está muito forte.

-O que está fazendo aqui? – Diz uma voz feminina.

Abro os olhos.

-Aparentemente fui "sequestrada" por um idiota – Digo fazendo força para ver se as cordas se soltavam.

-Espera, eu te ajudo – Ela desamarra as cordas dos meus pulsos.

-Obrigado – Digo passando as mãos nos meus pulsos. – Mas o que você faz em um lugar como esse a essa hora?

-Eu escutei alguns resmungos mais cedo quando ia passando pra fazer um treinamento de tiros – Diz ela mostrando a arma em sua cintura. – Daí, agora vim dar uma olhada no local antes de ir.

-Ah, entendi! – Digo sem jeito.

-Mas quem fez isso com você? – Diz ela.

-Um ex-ficante meu – Digo olhando para a escuridão daquele lugar. – Peguei ele me traindo e ainda saí por errada, e estou sendo punida.

-Se eu pego um idiota desses, eu não respondo por mim – Diz ela fechando o punho. – Mas vamos! Você pode ficar comigo por essa noite, a minha casa é aqui próximo.

-Obrigado mais uma vez – Digo envergonhada. – Mas como é o seu nome?

-Verdade... esqueci de me apresentar. Me chamo Tamara e você?

-Sou Débora!

(...)

Chegamos à casa dela, era enorme e linda!

-Pode entrar, não precisa ficar envergonhada – Diz ela sorrindo docemente.

Entramos e ela pede que eu a espere na sala.

Logo ela volta com uma toalha, sabonete líquido, escova de cabelo e um pijama e me entrega.

-Acho que você gostaria de tomar um banho, certo?

-Gostaria sim – Digo com envergonhada.

-O banheiro é naquela porta – Diz ela apontando para uma porta à direita. – Pode ficar à vontade.

Pego as coisas e entro no banho. Aquela água quentinha me permite pensar em tudo o que está acontecendo. Depois de um tempo eu saio do banho, já com o pijama e cabelo penteado.

-Preparei alguns sanduíches pra gente e um suco – Diz ela me levando até a cozinha.

-Sua casa é muito bonita – Digo olhando ao meu redor. – Você que decorou?

-Não, quem decorou foi a minha irmã Andreia – Eu arregalo os olhos e me engasgo com o suco. – Você tá bem?

-Você é irmã da Andreia que trabalha na empresa do senhor Arthur? – Digo tossindo.

-Acho que sim, ela já falou que o chefe se chamava Arthur algumas vezes. Mas por quê? Você a conhece? – Ela pergunta mordendo o sanduíche.

-Sim. Trabalhamos juntas.

Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora