CAPÍTULO 28

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Eu ia sair do quarto já que não tinha ninguém, mas Alex logo aparece e fecha a porta.

-O que você ia dizer para a Anje? - Ele fala baixo.

-Eu ia contar a ela sobre o Bruno - Também falo baixo. - Mas você chegou e atrapalhou.

-Mas claro, não é para contar nada para a Anje. O Bruno só vem aqui de vez em quando, por causa dela, por achar que ela não sabe de nada e para certificar-se de que você não abriu o bico.

-Como assim ele vem aqui? Mas por que deixá-lo entrar? - Pergunto confusa.

-Porque o Jared quer ele por aqui! - Ele arqueia uma das sobrancelhas. - O acerto de contas está perto, Débora. E Jared não quer ninguém te fazendo mal, nem que para isso ele tenha que matar.

-Ma... Matar? - Sento na cama com as mãos na boca. Alex sai do quarto e eu continuo lá, sentada e sem reação alguma.

(...)

Victor entra no quarto e eu me assusto, já que eu não parava quieta e ficava andando de um lado para o outro.

-O que foi? Por que está assim? - Ele pergunta, vindo até mim.

Eu olho para ele por alguns instantes e as únicas coisas que saíram da minha boca foram.

-Jared pode matar por mim - Sem sentido.

-Explica, Débora! - Ele me conduz até a cama e me faz sentar e em seguida faz o mesmo. - Me diz o que aconteceu!

-A... Alex... - Eu ainda estava em choque. Se o Bruno morrer, vai ser culpa minha, nem que seja indiretamente. - Disse que Jared pode matar o Bruno...

-Eu sei disso - Ele fala calmo e eu olho para Victor com cara de espanto. - E eu farei o mesmo com o Bruno ou qualquer outro que ousar te fazer mal.

-Isso não é normal, Victor! - Digo com voz espantada. - Como vou dormir com a culpa de alguém ter morrido por minha causa?

-Deita no travesseiro e espera o sono - Ele beija minha bochecha. - Não vai ser necessário isso, está bem?

-Está bem! Mas eu ainda sou contra qualquer tipo de pensamento que envolva matar - Digo encostando minha cabeça em seu ombro e ele acaricia a mesma.

Anje entra feito um furacão no quarto.

-Vai, Débora! Desembucha! - Ela ignora Victor totalmente. - O que você ia me dizer e o Alex nos interrompeu?

Eu olho para Victor querendo encontrar uma saída.

-É... Foi só que eu... - Eu não consigo pensar em nada, droga.

-Ela só queria te contar que a gente está namorando! - Victor olha para mim. - Sério que ela não te contou?

Victor merece o prêmio de melhor inventor de desculpas e ator deste mundo.

-Sim, era isso mesmo que eu queria te contar - Olho para Victor rapidamente e depois para Anje. - Espero que não se importe.

-Por que me importaria? - Ela fala empolgada. - FINALMENTE dona Debora está com o grande amor da sua VIDA!

Nossa, acho que estou mais vermelha que um tomate agora. Victor estava se divertindo com tudo isso, ele não parava de sorrir e olhar para minha cara envergonhada.

-Então, quando é o casório? - Anje pergunta brincalhona.

-Para com isso, Anje! - Digo sem jeito. Realmente, mentir não é para mim. - A gente mal começou a...

Olho para Victor novamente.

-Namorar - Victor completa minha frase. - Também acho que está cedo, amor!

Eu arregalo os olhos na mesma hora em que Victor pronuncia a palavra "Amor".

-É, claro que está... cedo - Digo gaguejando.

-Eu vou pegar a mochila que deixei lá na sala - Victor se levanta, me dá um selinho e sai.

-Hummm... Minha melhor namorando - Ela faz cara maliciosa. - Por que fez tanto suspense?

-Não sei! - Talvez porque nem eu sabia, né? Vai saber! - Mas, você e o Alex, como estão?

Mudo de assunto antes que o papo se prolongue.

-Estamos bem, ele está super protetor esses últimos tempos, anda com o papo de que a rua está muito perigosa - Ela faz cara de "Nada a ver".

-Acho que ele só quer ficar mais perto de você - Debora Wins.

-Talvez.

(...)

Alex deu a ideia de pedirmos pizza em vez de fazer jantar.

Logo a pizza chegou, Alex foi receber a pizza e pagar ao moço, enquanto a gente decidia qual filme iríamos assistir.

-A Culpa é das Estrelas - Eu e Anje dizemos e Victor fazia aquela cara de tédio.

-Invocação do Mal - Victor insistia.

-A Culpa é das Estrelas, Victor! - Digo séria.

Alex coloca a pizza e Coca-Cola na mesinha de centro.

-Coloca qualquer filme, logo todo mundo cai no sono mesmo - Alex diz e pega o filme que eu e Anje queríamos e colocou para rolar.

(...)

Todos nós estávamos deitados no tapete da sala, comendo e assistindo ao filme.

(...)

Pegamos no sono, e a TV ficou ligada, no dia seguinte acordei e eu estava abraçada a Victor, com a cabeça em seu peito. Coro na hora, graças a Deus ele estava dormindo... Bem, foi o que eu achei.

-O que foi? - Eu olho assustada para Victor e sua voz lindamente linda de sono.- Por que essa cara?

-Eu... É, eu tenho que levantar, só isso! Eu acho - Levanto rapidamente e morrendo de vergonha. Aqueles dois parecem ter falecido ali, um sono pesado que só eles têm.

Vou para o banheiro e lavo o meu rosto, aproveito e faço minha higiene matinal. Victor entra no banheiro e fecha a porta que eu tinha deixado aberta.








Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora