CAPÍTULO 19

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Pelo que percebi, Anje não voltou para casa, deve estar com o namorado dela.

Levanto cambaleando e esbarrando nas coisas e vou fazer minha higiene matinal.

Termino e vou tomar um café, que estava com um cheiro delicioso vindo do meu quarto, parece que Bete acabou de fazer.

-Hum, que cheirinho de café - Digo indo até a cozinha.

-Acabei de fazer, dona Débora! - Diz ela sorrindo.

-O cheiro está maravilhoso - Digo retribuindo o sorriso.

Tomo meu café da manhã calmamente e vou mexer um pouco no meu celular, que tem algumas mensagens.

Anje: "Eu não volto para casa hoje" 

Victor: "Espero que esteja melhor, passo mais tarde por aí para a gente dar uma volta." 

Bruno: "Só quero que você saiba que não vai se livrar tão facilmente assim de mim."

Coloco o celular na mesinha. E penso o que Bruno quis me dizer com essa mensagem? Por alguma razão inexplicável, sinto que não é nada bom. Que sensação ruim...

Não ligo muito para essa ameaça e decido procurar na internet um lugar legal para passar as minhas férias. Hum, que tal um sítio com tudo que mereço? Penso comigo mesma e sorrio.

Então pesquiso o sítio com árvores frutíferas, vista, grama e rio.

Então, só preciso falar com a Anje e ver se ela concorda.

Vou até o meu quarto, me troco e resolvo sair para dar uma volta.

-Bete, estou saindo. Qualquer coisa me liga, estou levando o celular. - Digo e saio.

Pego meu carro e vou até uma loja de pijamas - e roupas em geral.

Provo várias, desde pijamas, vestidos, shorts, blusas de frio, regatas, calças, até lingerie e biquínis.

Saio cheia de sacolas e levo até o carro, fecho o carro novamente e ligo o alarme. Ia andando até uma loja de eletrônicos, mas esbarro com Bruno.

Finjo não vê-lo, mas é uma péssima ideia, já que esbarrei nele. Ele segura meu braço.

-Me solta, Bruno - Digo brava.

-Não até você conversar direito comigo.

-Não tenho mais nada para conversar com você - Digo tentando soltar meu braço, mas em vão.

-Débora, você vai conversar comigo querendo ou não - Diz ele me puxando até o carro dele que estava ali perto.

-Bruno, para onde pensa que está me levando? - Digo me debatendo.

-Cala a boca e entra no carro - Ele me força a entrar no carro, e eu penso o porquê de algumas pessoas não terem feito nada e só assistirem aquela cena.

Ele sai derrapando pneu e me leva a um lugar deserto, longe da cidade. Era bem a cara dele, esse covarde.

-Qual é? Por que me trouxe para um lugar tão deserto? Está temendo alguma coisa? - Pergunto irônica.

-Cala essa boca! - Ele pega um pano em seu bolso e amarra em minha boca e logo em seguida me puxa para dentro de uma mata ali. Ele pega umas cordas nos arbustos e me amarra em uma árvore.

Ele se abaixa, deixando nossos rostos perto. Não sei como consegui ser amiga e ficante desse cara.

-Olha como você fica linda calada - Diz ele sarcasticamente. - Você que escolheu esse jeito "difícil" pois não me deixou conversar calmamente.

Ele passa a mão em meu rosto e viro o mesmo bruscamente e ele ri.

-Se você fosse mais compreensiva, nada disso estaria acontecendo, mas a escolha foi sua, Débora - Ele tira o pano da minha boca.

-Você é nojento, Bruno - Grito.

-Shi, shi, shi! Nada de má criação, você sempre foi muito educada - Ele ri. - Onde foi parar a educação, mocinha?

-Seu idiota, cafajeste, COVARDE - grito essa última palavra, o que resulta em um tapa em meu rosto.

-Nunca mais repita isso - Ele diz segurando meu rosto firmemente.

-Você é um covarde sim, um mau-caráter, um idiota - Digo olhando para ele.

-Escuta aqui, garota! Você vai passar essa noite aqui, para ver se aprende a nunca mais me insultar. Depois conversamos.

Dito isso, ele sai dali me deixando sozinha naquele lugar. Ouço o barulho do carro indo embora. Minhas lágrimas começam a descer. O que me resta agora é chorar.

Minha Calmaria Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora