Duas semanas depois.
Durante essas duas semanas que se passaram desde o ocorrido na festa, eu nunca mais sai de noite sozinha, muito menos se era lua cheia, mesmo meus pais sabendo que não me transformaria sem os feitiços de Bonnie que prometeu a si mesma que nunca mais faria isso. Também não vi mais Damon, ele tem essa mania de sumir as vezes, creio que deve estar em um bar qualquer de beira de estrada, bebendo seu típico copo de whisky com gelo.
Hoje começariam minhas aulas, e eu não estava nem um pouco contente por esse marco histórico.
Após tomar um banho longo, vesti uma calsa jeans e uma blusa laranja de tirinha, estava calor em New Orleans essa manhã, calsei meu all star branco e desci com a mochila nas costas enquanto fazia um coque frouxo no cabelo. Cheguei na cozinha encontrando o tio Elijah com um xícara de café e um jornal.
— Bom dia Lucy! Pronta para o primeiro dia de aula?
— Nem um pouco, aonde estam o papai e os outros? — Me sentei e em seguida enchi uma xícara com o café quente.
— Foi resolver uns problemas, típica manhã de segunda feira, sua mãe e Bonnie foram fazer compras e só Deus sabe aonde está Rebekah, então terei que levar você para escola.
— Não podemos ficar em casa e comer pipoca enquanto assistimos os pássaros voando no jardim?
— Não porque: 1) você precisa ir para a escola. 2) seu pai me mataria, e você sabe que ele seria capaz disso e 3) tenho que me encontrar com seu pai no quartel depois que deixar você na escola.
— Que merda. — Ficamos um tempo em silensio, o único som que se ouvia era o das xícaras de café quando eram largadas na mesa.
— Vamos Lucy, não é tão ruim assim. Pense pelo lado bom, você pode fazer amigos.
— Como vou fazer amigos tio? Ninguém tem coragem de falar comigo, eu sou a princesa de New Orleans, filha de um Híbrido e uma lobisomem, sobrinha de quatro vampiros e minha tutora é uma bruxa, as pessoas tem medo de mim!
— Ok, talvez nem tudo é legal, mas deve ter alguma coisa que possa te animar.
— Voltar para cama talvez.
— Você é igual a sua tia. — Ele disse rindo e se levantando, tive de rir também, de certa forma gostava quando me comparavam com a tia Bekah.
Fomos para o carro e tio Elijah deu partida em direção a escola, como eu sentia falta de estudar em casa, péssima hora em que mamãe achou que eu tinha de fazer amigos.
Durante o caminho, fui fazendo desenhos aleatórios em meu caderno, desde pequena papai tenta me convencer a desenhar e pintar (uma das paixões dele) mas nunca levei jeito para coisa.
Quando me dei conta, já estávamos em frente a escola.— Boa aula Lu. — Ele disse destrancando a porta para mim descer.
— Acho que devia me desejar é boa sorte.
— Seja simpática Lucy!
— Juro que vou tentar.
— Vou acreditar em, não vou poder vir buscar você...
— Eu vou andando.
— Ta bem, tchau. — Ele deu um beijo em minha testa.
— Tchau tio. — Desci do carro com minha mochila.
Assim que entrei pelos portões da escola percebi os olhares de todos os alunos sem exceção alguma em mim. Alguns fingiam não me notar quando eu já tinha percebido que me notaram. Outros desviavam os olhos conforme eu me aproximava e fingiam falar de outro assunto. E tinha os novatos que davam sorrisos simpáticos, que sumiam assim que ouviam quem eu era.
Típico primeiro dia de aula. Fui até meu armário ainda sentindo os olhares dos alunos em mim. Guardei algumas coisas ali, e peguei um livro. Fui até a sala de aula, me sentando na classe do fundo da sala.
Quando o sinal tocou os alunos foram entrando aos poucos, peguei meu material da mochila e percebi que havia esquecido a caneta no carro.
— Que merda, como pude esquecer a caneta? — Falei baixo de mais para qualquer pessoa normal escutar.
Eu não estava acreditando que teria que pedir uma caneta emprestada para esses alunos que tem medo de olhar nos meus olhos.
Então ele entrou na sala, um garoto alto e lindo, se sentou na cadeira a minha frente mas antes de virar as costas me lançou um sorriso simpático ao qual retribui.
Quando o professor de matemática entrou na sala, o garoto que havia sentado na minha frente se virou para mim com uma caneta em mãos a qual me entregou.
— Obrigada. — Falei pasma, como ele ouvio se nem na sala estava?
Isso tudo só tinha uma explicação, e eu já imaginava qual era.
— Quero voluntários no quadro, Srt. Roden e Sr. Lahey. — O garoto virou para frente e foi até o quadro aonde começou a responder a conta que o professor havia passado.
Quando o sinal do intervalo tocou sai a procura do garoto pela escola mas ele parecia ter sumido. Quando voltamos para a aula, lá estava ele, como ele fazia para aparecer e sumir assim, era mais uma das minhas dúvidas.
Quando a aula acabou, peguei minha mochila e sai correndo para alcançar o garoto.
— Ei! Você ai! — Gritei fazendo ele parar no corredor e olhar para trás.
— Eu? — Ele perguntou após se virar.
— Como sabia? — Perguntei me aproximando.
— Sabia do que exatamente? — Entreguei a caneta para ele.— Ah... Eu só... ouvi.
— Mas... você nem estava na sala, a não ser que você seja um...
— Desculpa garota mas eu preciso ir. — Ele virou as costas mas antes que saísse eu disse.
— Sou Lucy, Lucy Mikaelson.
— Mikaelson? — Ele parou e me olhou.
— Sim, e você é?
— Isaac, Isaac Lahey.
— Então Isaac... você é um...
Fui interrompida pelo celular dele tocando.
— Desculpe Lucy, eu preciso ir... nos vemos por aí. — Ele saiu.
Ótimo, agora terei que descobrir sozinha quem é Isaac Lahey, e ter certeza de que ele é um Lobisomem.
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The Owners of True Blood
RandomQuem imaginária que Damon Salvatore iria se apaixonar. Que alguém conseguiria amolecer seu coração de pedra. Porém, essa paixão não será nada fácil. Principalmente quando sua paixão se trata de Lucy Mikaelson, a garota que foi escondida dele ainda...