39 -LUCY!!!!!

2.2K 130 13
                                    

Todos olhamos incrédulos, o que ela estava fazendo ali era o que queríamos saber.
Ela desceu em direção a pista de dança calmamente.

-dou três segundos para quem não tem nada haver com essa briga, ir embora. Caso o contrário, morre. 1... 2... -ela começou.

Antes que pudesse chegar no três, o salão havia se esvaziado, Katherine riu vitoriosa e andou em direção a Lucy, mas antes que pudesse se aproximar, Damon se pôs em sua frente.

-o que faz aqui? -Marcel esbravejou.

-ora ora, quer mostrar as presas bichinho? -ela riu -vim acertar as contas de uma vez por todas.

-vai se entregar, eu suponho -disse Stefan.

-ao contrário meu querido, ela vai -apontou para Lucy.

-isso nunca -falei.

-veremos -disse Katherine andando até o meio do salão.

Estalou os dedos uma vez, o que fez Damon voar se afastando de Lucy, todos demos um passo para trás com o susto, o mesmo fez Lucy.

-como fez isso? -perguntou Bonnie.

-andei pesquisando durante esses dias, e descobri uma bruxa, que faria de tudo para se vingar da família Mikaelson, e bem, ela está aqui e me ajudou. Vocês não podem ver, mas a uma barreira entre vocês e nós -falou se referindo a Lucy, eu e Klaus esticados as mãos mas uma barreira invisível não nos permitiu continuar.

-é contra vampiros -Katherine riu.

-mas eu não sou vampira! -falou Davina séria.

-eu sei, mas vim preparada -assim que ela disse isso Davina e Bonnie caíram de joelhos com as mãos nos ouvidos e gritando agoniadas.

-o que está acontecendo? -Lucy perguntou nervosa.

-a minha ajudante, está bloqueando os poderes de suas amigas, e causando um pouco de dor também.

-o que quer com elas? -perguntou novamente.

-com elas? Nada meu anjo, eu quero com você!

//LUCY//

Eu já estava ficando nervosa, a barreira impediria que qualquer um me ajudasse, os gritos de dores das meninas me arrepiava, os olhos preocupados dos meus pais, a mão de Damon que não parava de socar a barreira tentando a desmanchar. Meu coração estava a mil e os olhos de Katherine fixos em mim.

-não as machuque, por favor -implorei.

-tudo bem, eu não machucarei ninguém... com uma condição -ela andou até a mesa e pegou um dos cálices de vinho.

-e qual é sua condição? -perguntei.

-eu vou embora, não machuco ninguém. Deixo todos que você ama em paz, e nunca mais volto a aparecer, mas para isso, você precisa brindar comigo... Só um brinde e eu sumo de vez da vida de todos eles -ela disse enquanto despejava um líquido amarelo brilhante no cálice.

-não escute ela!!! LUCY! NÃO FAÇA ISSO, NÃO BEBA! -Caroline gritava desesperada.

Katherine me entregou o cálice e logo pegando um outro para ela, com um sorriso nos lábios parou ao meu lado.

-só um gole Lucy, e tudo isso acaba.

-NÃO! PARA, LUCY! NÃO!! -foi a vez de Rebekah gritar.

Encarei os olhos do meu pai, ele estava transformado, olhei para o cálice em minhas mãos e então para Damon, seus olhos cheios de água, estava prestes a chorar e negava com a cabeça. Mas nada superava a agonia dos gritos das meninas, enquanto Marcel e Elijah tentavam acalma - las.

Era agora, milhares de coisas passavam pela minha cabeça, o que eu devia fazer? Respirei fundo encarando o cálice.
Só um gole, e tudo isso acabaria, ninguém mais se machucaria, ninguém mais sofreria. Só um gole e tudo estaria resolvido.
Agora não era mais, Rebekah e Care que gritavam, mas Damon.

-LUCY! PARA POR FAVOR, VAMOS RESOLVER ISSO, VAMOS MATAR ESSA VADIA, MAS NÃO BEBA!

-obrigada pelo elogio -agradeceu Katherine -vamos Lucy, você é a culpada de toda essa dor, nada mais justo do que pagar por isso, e deixa - los livres.

Fechei os olhos e respirei fundo.

-mãe, me perdoa. Eu não sou forte e se isso é mesmo minha culpa, que acabe agora -falei baixo, mas como estava cercada por vampiros não duvido que tenham ouvido.

E ao mesmo tempo em que todos gritaram Não, senti o gosto doce do vinho escorregar pela minha garganta e as primeiras lagrimas escorrerem, e então, a força faltar, e o cálice cair de minhas mãos, enquanto eu tinha a sensação dos meus olhos estarem pegando fogo.

//DAMON//

O som do cálice caindo no chão, fez meu coração cair em pedaços, e me perguntei se fiz certo em ligar a humanidade apenas para ama - la, mas ela não foi capaz de desligar por me amar.

Mas diferente do que eu esperava, ela não estava morta, ela estava parada. Feito uma estátua, e seus olhos eram apenas um brilho amarelo sim fim, e suas lágrimas molhavam seu rosto, mas não parecia de dor, e sim de tristeza.

-o que está acontecendo? -perguntou Caroline já nervosa.

-como vocês devem saber, Lucy é uma bruxa. Por ter sido encantada por Bonnie quando nasceu, Lucy desenvolveu uma aura protetora enquanto crescia, que a podia curar até mesmo de feridas profundas e venenos fortes. Porém, esse veneno que estava no vinho dela, suga cada gota de sua energia vital, incluindo a aura protetora, até... Bem, a morte. -ela riu.

-Eu cumpri... Minha parte... Agora, cumpra... A sua -Lucy falou calmamente, fazendo o brilho dos seus olhos aumentarem de intensidade e a mesma soltar um gritinho de dor.

-o minha queria -Katherine passou a mãos pelos cabelos de Lucy -nunca confie em mim, você acha mesmo, que agora, que seu pai esta ainda mais fraco eu vou deixa- los saírem assim? Sem nem um arranhão? Pois não vou, e ninguém poderá me impedir do contrário.

Katherine puxou uma pequena adaga de sua cintura, a cravando em seguida em Lucy, talvez por efeito da magia que esvaia do seu corpo, ela se manteve parada por mais um longo tempo. Tempo suficiente para que eu já não fosse o único a esmurrar a barreira enquanto não conseguia evitar algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto.
Mas nada se comparava a dor estampada no rosto de Rebekah, me perguntei por um momento o porquê dela não estar tentando nada para ajudar Lucy, mas assim que olhei em seus olhos percebi que ela estava fraca de mais. Percebi seu rosto molhado pelas lagrimas que escorriam descompensadas, seus olhos não brilhavam como normalmente, eles estavam tristes, com um ar de culpa.

-Damon... -ouvi Lucy chamar e voltei a olhar para ela, que agora tinha o amarelo enfraquecido nos olhos e falava por um sussurro com as roupas já ensanguentadas -eu amo... você.

Foi a última coisa que ela disse antes que eu pudesse ver seus olhos se fecharem e ela cair sem vida no chão.

-LUCY!!! -gritei enquanto socava ainda mais forte a barreira.

Já não sabia quem chorava mais, só sabia que eu não desistiria de salvar ela, nem que fosse tarde de mais.
Uma dor me preencheu por completo, dor da perda, dor da culpa, eu prometi cuidar dela e não cumpri. Dor de arrependimento.
Eu nem sequer tive a chance de dizer que também a amava.

The Owners of True BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora