27 -Welcome to Mystic Falls

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Vasculhei as gavetas do meu criado mudo até encontrar aqueles dois frascos intitulados de verbena e acônito. Peguei apenas a verbena e corri escada abaixo, quando passei pela porta da frente, vi ela. Katherine falava alguma coisa, meu pai já estava transformado assim como Damon e Stefan.

-calma calma lobinho... Não precisa ficar nervoso -ela disse rindo em seguida.

Passei pela porta e parei ao lado de Rebekah que me olhou com os olhos arregalados.

-Lucy, entre -ela disse tão baixo que eu quase não escutei.

-não! -falei séria mas talvez alto de mais já que todos olharam pra mim.

-ora ora se não é a princesinha -Katherine disse rindo.

-Lucy... volte pra dentro agora! -disse meu pai sério.

-não! Não vou deixar vocês arriscarem suas vidas enquanto eu fico parada lá dentro!

-arriscar nossas vidas? Essa aí não nos faria mal nenhum -disse minha mãe sem desviar os olhos de Katherine.

-isso é verdade Lucy... Eu não faria mal nenhum para Hayley e nem para lobinho nenhum aqui... Mas poderia fazer muito mal a você... -ela se aproximou de mim, Damon deu um passo a frente mas eu o impedi de continuar -você é muito parecida com seu pai... principalmente nessa mania de querer proteger todo mundo -ela passou a mão no meu cabelo.

-não encoste nela sua... -Isaac ia saltar para cima de Katherine mas Elena o impediu.

-ou você vai fazer o que? -perguntou ela puxando meu cabelo pra trás.

Isaac se transformou e Katherine riu, até onde eu saiba, mordidas de lobisomens matam vampiros, mas ela estava tranquila de mais. E isso me assustou. Botei a mão no bolso e joguei o líquido daquele vidro em Katherine que soltou meu cabelo e riu.

-você achou mesmo que isso ia me atingir? Sou imuni a verbena -ela ria mais alto.

-posso matar ela agora? -perguntou meu pai.

-vem lobinho -ela provocou, meu pai deu um passo a frente mas Katherine continuou imóvel.

-Para! -quando gritei isso minha mãe pulou em direção a Katherine já transformada.

E foi então que tudo fez sentido, minha mãe caiu aos joelhos em frente a Katherine, destransformada ela me olhou, segui seus olhos até a flecha cravada em seu peito. Ela então puxou a mesma e logo sua mão já estava suja de seu próprio sangue.

-mãe! -corri até ela que logo caiu em meus braços -vai ficar tudo bem -falei tentando estancar o sangue.

-vocês acharam mesmo que eu viria para um covil de lobos sozinha? Não mesmo, eu trouxe uma ajudinha -foi então que Cristal se aproximou com o arco e flecha nas mãos.

-acônito -disse o tio Elijah.

-Lucy... -minha mãe segurou minha mão -você precisa... Ir embora.

-eu não vou a lugar nenhum!

-eu vou ficar...Bem. Mas você... Precisa ir... por favor meu amor.

-não! -ela olhou para Damon, o mesmo me pegou pelo braço e enquanto eu tentava me soltar ele me puxava para dentro do castelo enquanto Stefan e Caroline nos seguiam.

-Lucy, para! -Damon pediu enquanto eu me debatia para me soltar dos seus braços.

-me solta... Eu preciso voltar pra lá... Eu preciso -comecei a chorar.

Damon me soltou e Caroline me abraçou.

-vai ficar tudo bem Lucy. Eles vão ficar bem.

-minha mãe... O que vai acontecer com ela?

-ela vai ficar bem... lobos costumam ter o dom de cura, e se isso não funcionar Bonnie dará um jeito -disse Stefan tentando me acalmar.

-mas e Rebekah? Elijah... e meu pai?

-eles vão ficar bem... Mas precisamos te levar embora. Te proteger -disse Caroline me soltando do seu abraço.

-tudo bem... Para onde vamos?

-pra casa -disse Damon.

[...]

Três... Quatro... Cinco...

Cinco horas que já estamos nesse carro. E nem sinal do lugar aonde vamos ficar, quando Damon disse que iriamos pra casa, tive uma pequena esperança de que finalmente voltaríamos para New Orleans e eu poderia me deitar na minha cama, correr pela minha casa, ir a escola, brigar com Davina, me esconder de Marcel no quartel, encarar aqueles quadros feios e correr para abraçar meu pai quando ele estivesse saindo de uma reunião, ouvir ele me chamar de lobinha quando fosse me desejar boa noite. Mas quem eu queria enganar? Nada mais será como era antes, e que só vai deixar saudades. Talvez seja medo, de não sentar mais em seu colo, não poder mais dar risada com tia Rebekah, não poder mais dormir no sofá com o tio Elijah depois de muitas xícaras de chocolate quente e conversas até tarde. Talvez eu nunca mais possa sentar na varanda de casa para assistir ao nascer do sol.

Meu celular vibrou me assustando, eu nem me lembrava dele. Peguei e havia uma mensagem, abri para ver de quem era.

Bekah- oi Lucy, espero que esteja bem. Não quero que se preocupe conosco ok? Estamos todos bem.

Eu -como está minha mãe?

Bekah -está melhor, Bonnie está cuidando dela, parece que a flecha estava banhada em acônito, mas nada que não possamos resolver.

Eu -estão todos bem mesmo?

Bekah -sim, vamos voltar pra casa assim que sua mãe melhorar. Você está indo para Mystic Falls, vai passar um tempo até resolvermos tudo mas depois se quiser voltar a morar com a gente será sempre bem vinda.

Eu -claro que vou querer -erro

Eu -Rebekah?! -erro

-estamos na estrada Lucy, o sinal de celular aqui é péssimo -disse Elena.

Guardei o celular no bolso e voltei a olhar pela janela. Foram mais uma hora até finalmente chegarmos.

-bem vinda a Mystic Falls Lucy! -disse Caroline empolgada.

Até que é uma cidade bem bonita. Damon continuou dirigindo até parar em frente a uma mansão antiga, foi então que todos desceram do carro, assim que desci com minha mochila nas costas olhei tudo em volta. Damon parou ao meu lado com os braços cruzados enquanto Caroline, Stefan e Elena entravam na casa.

-bem vinda ao seu lar eterno -ele disse sério, olhei pra ele que começou a rir -estou brincando Lucy, você só vai ficar aqui por um tempo, vamos temos muito o que arrumar -ele revirou os olhos e entramos na casa.

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Oi gente...
Desculpem a demora para atualizar, andei com alguns problemas que resultaram em um bloqueio de idéias.
Espero que gostem pois dei o máximo de mim para que ficasse bom.
Bem é isso, até a próxima.

The Owners of True BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora