40 -A Morte

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Então era isso, agora Katherine teria a vingança que tanto ansiava, com a morte de Lucy, ela teria todo o sofrimento do qual veio atrás. Mas talvez pelo que restava da magia, Lucy ainda não estava morta, ainda podíamos ter uma chance só tínhamos que atravessar aquela barreira.

-Rebekah, pelo amor de Deus fique calma! -gritou Caroline indo em direção a Bekah que chorava desesperadamente.

-é tudo minha culpa- repetia Rebekah -eu devia ter protegido ela, devia saber que essa vaca estaria aqui, eu prometi que a protegeria e agora ela está morrendo!

-ninguém teve culpa entendeu? -perguntou Stefan se aproximando de Bekah -foi um acidente e a unica culpada é Katherine, mas precisamos de você calma para salvarmos Lucy!

-se o bate papo já acabou temos um problema aqui -disse Klaus rude e dominado pela raiva

Voltamos a atenção para a barreira que continuava intacta, eu só queria poder correr até Lucy, a tomar nos braços e dize que tudo ficaria bem, que eu a protegeria e não deixaria nada de mal acontecer com ela, mas minhas esperanças já estavam se esgotando, assim como a vida dela. Mas quando achei que seria tarde e não teria solução alguma, uma flecha atingiu Katherine fazendo a mesma gritar de dor e olhar para trás assustada, assim como todos nós fizemos, encontrando Crystal com o arco e flecha apontado para Katherine, e no mesmo instante que nossos olhos se cruzaram, Bonnie e Davina parar de gritar caindo desmaiadas no chão frio.

-Isaac encontrou a bruxa, a barreira foi desfeita! -gritou Crystal e sem pensar duas vezes corri em direção a Lucy assim como Klaus em direção a Katherine.

Em questão de segundos, Katherine estava no chão com Niklaus rasgando seu pescoço, estava finalmente sentindo a ira de um Mikaelson. Toda raiva que Klaus nutria, pela morte da esposa, provavelmente a morte da filha e toda a dor e tristeza que ela trouxe a família estavam finalmente se esvaindo dele, e ele não pararia até a matar e disso tinhamos todos certeza, tanto que Marcel logo correu em direção a Klaus com uma estaca de madeira, como todos sabiam que Klaus queria fazer isso pelas próprias mãos, Marcel lhe entregou a estaca que quando menos esperavamos foi cravada no peito de Katherine.

Mas logo minha atenção na morte de Katherine foi tirada e passada para a menina que sangrava no chão em minha frente, puxei a mesma para os meus braços, afastei o cabelo de sua testa e tentei estancar o sangue com a mão.

-vai ficar tudo bem, você precisa ser forte.

-Dam... -ela botou a mão sobre a minha.

-não fale nada -sequei uma lagrima que escorria em seu rosto e por um segundo esqueci que inundavam o meu também -você vai ficar bem, eu te prometo, você não pode me deixar entendeu? Não sei viver sem você, aguente firme, por mim -sequei meu rosto -Alguém me ajuda! -gritei.

Logo Elijah e Stefan correram até mim, levamos Lucy para um dos quartos do quartel aonde deitamos ela sobre a cama, logo Caroline se juntou a nós, tirou a fantasia de Lucy e examinou a ferida, sabiamos que nossa menina não suportaria muito tempo, precisavamos fazer alguma coisa depressa. Conseguimos controlar a situação até Bonnie e Davina se recuperarem, as duas pediram que as deixassemos sozinhas com Lucy para que ela tentassem alguma magia e assim fizemos. quando chegamos em uma das salas, Klaus foi o primeiro a se levantar, suas mãos ensanguentadas e seu olhar preocupado, me fez por um instante querer o abraçar, mas me lembrei que sou Damon Salvatore e não o urso Barnnie. Já Caroline o abraçou, enquanto fui até o sofá, abaixei a cabeça e pela primeira vez, me vi pedindo a (quem quer seja essa força divina existente ou não) para que Lucy saisse bem dessa e voltasse para mim sã e salva.

Perdi a noção de tempo que passamos naquela sala, aflitos, tristes, preocupados. Perdi as contas de quantas vezes ouvi soluços de choros baixos e preces que nunca pensei ouvir, para que tudo desse certo e nossa princesa ficasse bem. Assim que Bonnie entrou na sala, todos olhamos para ela já nervosos. Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, Marcel saiu da sala atras de Davina que pelo desespero nem sequer quis ficar em nossa presença, e isso fez com que nos sentissemos quase sem esperanças.

-e então? -perguntou Klaus -ela vai ficar bem?

-não conseguimos muita coisa, Katherine, além de a envenenar enfiou uma adaga encantada no peito dela, uma parecida com as que Klaus colecionava -Bonnie jogou a adaga para Elijah que a examinou -conseguimos costurar a ferida e estancar o sangue, mas...

-mas? -perguntou Elena nervosa.

-mas não a salvara.

-não pode acabar assim, ela não pode morrer! tem que haver uma solução, qualquer uma! -falei já deseperado.

-na verdade, a uma solução que pode a salvar... pensando bem, a única.

-e qual seria? -perguntou Stefan.

-a transformar -respondeu Elijah antes que Bonnie pudesse abrir a boca.

-o que? você quer que transformemos minha filha em vampira?! -perguntou Caroline - ela tem dezoito anos, e está fraca de mais, isso vai mata-la!

-vai salvar a vida dela Care, precisamos arriscar... por Lucy -disse Elena.

-e que vai fazer isso? -a pergunta de Bekah fez todos nos entre olharmos.

-acho que devia ser eu -disse Stefan -sou o pai dela.

-e eu a mãe! -disse Caroline rude.

-e Damon o cara que ela ama -disse Elijah fazendo todos me olharem.

-e por amar ela, não quero que seja eu a transforma-la -disse por fim me sentando enquanto eles continuavam a discutir.

-CALEM A BOCA!! -gritou Klaus fazendo todos o encararem -ela é minha filha mais do que de vocês, é meu dever a proteger! Ela é tão importante para mim quanto para qualquer um de vocês então eu quem devo fazer is...

-nem pense nisso! -o cortou Elena -lembra que a mordida de um Lobisomem pode ser perigosa de mais. Se a de um vampiro pode a transformar, a de um hibrido pode acabar com o que resta de vida nela ou no caso a chance de vida.

-deve ser eu! como disse Care, ela tem apenas dezoito anos, não posso acabar com a vida dela para sempre, quero dar a minha filha, a chance de viver, de ter uma família, um futuro, e apenas como hibrida ela conseguirá isso. 

Todos ficaram em silêncio e não pude evitar a onda de emoções em meu peito e fui o único que falei.

-faça isso! faça o que for preciso correndo o risco que for, mas traga ela de volta pra nós, traga ela de volta para mim.

Todos pareceram admirados com o que falei mas apenas concordaram, Klaus pediu para ficar sozinho com Lucy assim resolvemos deixar, mas antes que eu pudesse sair ele me chamou.

-você não Damon, venha comigo -assenti e seguimos ate o quarto aonde ela estava pálida e fria, sem vida.

Me sentei em uma cadeira próximo da janela e Klaus se sentou na calma segurando a mão de Lucy, e apos respirar fundo ele começou a falar.

-minha menina, você não está aqui por algumas horas e já não sei explicar a falta que estou sentindo... quando você chegou, durante uma das noites em que você não conseguia dormir, fui ao seu quarto e vi sua mãe, lhe embalando nos braços e falando calmamente, palavras que até hoje eu ainda me lembro... ela dizia "eu lhe prometo meu bebê, que há três coisas que você vai ter que eu nunca tive, um lar seguro, alguém para dizer que te ama todos os dias, alguém para lutar por você não importa o porque e em outras palavras uma família" e hoje minha princesa eu lhe digo, que eu vou te proteger, que eu te amo e que lutarei por você, porque é isso que uma família faz, sendo Mikaelson ou Salvatore, você é e sempre será minha filha, e a minha lobinha... agora, mais do que nunca -quando vi ele se transformando, resolvi olhar pela janela para meu irmão que estava do lado de fora, não queria ver ela ser mordida por um hibrido e enquanto encarava a noite pela janela, repeti mentalmente.

-eu sempre irei te amar, irei te proteger e irie lutar por você, minha coisinha! Eu te amo, então volta pra mim. Por favor...

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