14 -Família Real

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Estava saindo da escola quando recebi uma mensagem de texto da tia Bekah pedindo para que eu esperasse em frente a escola porque ela me buscaria. Sentei em um banco e esperando pela minha tia, suspirei o guardando no bolso o celular e acabei por perceber o olhar de uma garota sobre mim, ela estava um tanto longe e escondida por uma árvore então não pude ver muito bem quem era.

-Elena? -perguntei a mim mesma enquanto tentava enxergar.

Acabei por me assustar com a buzina do carro de Rebekah, entrei em seu carro jogando minha mochila para o banco de trás aonde haviam duas caixas de papelão, estávamos indo para uma direção que não era para a minha casa.

-como foi a aula? -ela perguntou quebrando o silêncio.

-confusa.

-não está entendendo a matéria?

-estou só que...

-que?

-tem umas pessoas estranhas na minha turma.

-como assim estranhas?

-fora aqueles alunos que todos os anos ficam me encarando o tempo todo, tem uma garota que me dá arrepios.

-por que?

-ela é a cara da Elena, tinha quase certeza de que era ela. E ela passou o tempo todo me encarando, não tirava os olhos de mim.

-qual é o nome dessa garota?

-eu não sei, mas acho que é alguma coisa com K.

-precisa contar isso para o seu pai.

-por que?

-só precisa, o que mais de estranho aconteceu?

-nada... Para onde estamos indo? -resolve não falar de Isaac, já estava tudo confuso de mais.

-para o quartel.

-o que vamos fazer no quartel?

-sua mãe te explicará tudo quando chegarmos, já que foi tudo idéia dela.

-ta bem -voltamos a ficar em silêncio.

Eu não gosto do quartel, ou quarter como é seu verdadeiro nome, é um lugar famoso aqui de New Orleans aonde os vampiros se reúnem, aonde papai reinava.

-que cara é essa Lucy? -ela perguntou assim que saimos do carro.

Ela pegou uma das caixas e me entregou a outra enquanto entrávamos no quartel.

-não gosto daqui.

-terá de aprender a gostar já que herdará esse lugar.

-não é nem pelo lugar, mas sim por... Ela -falei assim que Davina passou na nossa frente seguida de Marcel, os dois sorriram para mim e para Rebekah e seguiram.

-também não gosto dela.

-não existe no mundo pessoa mais falsa que ela.

-mas agora precisa relaxar, deixa que eu levo essas caixas para os quartos, você vai se encontrar com sua mãe e seu pai no salão principal.

Entreguei a caixa para ela e sai em direção ao salão. Passava por diversos quadros nas paredes e vampiros que as vezes me cumprimentavam, sorriam ou simplesmente me ignoravam.

Cheguei no salão não encontrando ninguém, havia apenas o trono de meu pai, alguns quadros, as típicas decorações daquele conhecido salão. Um dos quadros sempre me chamou atenção, e embora me chame a atenção eu odeio ele, odiava o simples fato do meu retrato pintado, nunca parecia ser realmente eu, li a legenda do quadro.

The Owners of True BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora