2 -Pode se dizer que é o início.

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MYSTIC FALLS

//CAROLINE//

Eu estava de pé no canto daquela sala escura, enquanto torcia para que Bonnie encontrasse uma solução para a minha pequena filha. A mesma estava deitada em um "altar" no meio da sala enquanto Bonnie com seus olhos fechados e suas mãos estendidas para a mesma repetia palavras que para mim não faziam muito sentindo.

Olhei para o outro canto aonde Stefan estava sentado em uma cadeira com Elena em seu colo, os mesmo não tiravam os olhos de Lucynda que continuava imóvel enquanto as mãos da bruxa continuavam estendidas para si.

Já estava ficando impaciente, milhares de pensamentos vagavam pela minha mente como em uma estação de trem, até que o chorinho da minha filha me chamou a atenção de volta para a mesma. Bonnie abriu os olhos e a pegou no colo logo a entregando para mim

— Então Bonnie? — Stefan se pronunciou levantando da cadeira e se aproximando de nós assim como Elena.

— Eu fiz tudo o que pude, mas não sou uma bruxa tão poderosa, minha sugestão é que a levem para longe.

— A levar para longe? Mas eu pensei que daria certo. — Falei ainda sem acreditar apertando minha filha ainda mais contra mim.

— Eu também, mas Katherine é muito perigosa e até onde sabemos ela tem uma bruxa muito poderosa consigo, se você ama mesmo sua filha, deve esconde - la.

— Mas e Damon? Ele não pode ajudar?

— Meu irmão? Duvido! — Stefan disse revirando os olhos.

— É mais fácil Damon ajudar Katherine do que Lucynda — Elena disse se abraçando a Stefan.

— Tudo bem, então a levarei para New Orleans.

— O que? Por que você vai levar nossa filha para a cidade dos vampiros? — Stefan perguntou se soltando dos braços de Elena.

— Porque conheço alguém lá que poderá ajudar.

— Vamos para lá amanhã logo cedo. — Olhei para Bonnie que chamou a atenção de todos com sua fala — Eu acabei de enfeitiçar a menina, quero ter certeza de que estará segura.

— Se ela vai, eu também vou. — Elena falou se pondo ao lado de Bonnie.

— Nenhuma das duas vai. — Foi a vez de Stefan.

— Só um minuto — Bonnie pegou Lucynda no colo e fechou os olhos — Fas Matos Integrum Callos, e Malon Elijas Accodum, Quosan Nabendox Celijas Semalon, Gedouconagis Sarul, Famadon Dissendium Vinum, Fes Matos Integrum Callos, Quosan Nabendox! — Assim que abriu os olhos peguei minha filha de volta.

— O que você fez? — Elena perguntou.

— Me liguei a ela, agora terão que me levar junto, a minha vida depende dela e a dela de mim.

— Desfaça isso Bonnie — Ordenou Stefan.

— Quando chegarmos em New Orleans, agora é melhor irem se preparar para a viagem.

Todos entendemos aquilo como uma despedida, então pegando a bolsa de Lucynda do chão fomos todos embora.

Então era isso, iria confiar o meu bem mais precioso para a pessoa que não quer me ver viva, mas é preciso, pelo bem da minha filha.

//DAMON//

Estava sentado no silêncio maravilhoso que estava a minha casa, apenas com o meu copo de whisky, quando um, ou melhor, dois furacões chamados Elena e Stefan entraram batendo a porta.

— Acabou a paz! — Falei largando o copo na mesa e me virando para os dois — Como foi lá com a criatura?

— Não chame Bonnie assim! — Elena falou cruzando os braços.

— Como você é lerda! não estou falando da bruxinha e sim da coisa que meu irmão chama de filha e que até agora eu não conheci.

Não que eu estivesse realmente afim de conhecer uma criança que só sabe chorar e fazer sujeira, queria distância da criatura mas sabia que isso iria chatear Stefan, o que tornaria minha noite mais divertida.

— Eu não estou com paciência para suas provocações Damon! — Stefan rosnou e subio as escadas.

— Maravilha! Acabou com minha diversão!

— Ele só está de cabeça quente. — Elena disse se sentando no sofá.

— E por qual motivo?

— Nada que lhe interesse.

— E por que não me interessaria?

— Porque você não tem sentimentos.

— Isso é verdade. — Concordei bebendo um pouco mais do líquido em meu copo.

— Você poderia ser menos irritante.

— E você menos.... você!

— Quer saber? já deu, se você não tem o que fazer, vai rasgar o pescoço de uma qualquer aí pelas ruas da cidade! — Ela se levantou irritada e foi em direção às escadas.

— Não é má idéia — Ouvi ela bufar — Boa noite Elena.

— Vai para o inferno Damon! — Logo ela subiu e a paz voltou a reinar na sala.

— Como é bom irritar eles, tão divertido. — Falei para mim mesmo.

Mas não podia negar que fiquei curioso sobre o motivo do meu irmão ter chego tão irritado em casa, antes mesmo de eu ter dito alguma coisa. Mas eu iria descobrir, eu vou descobrir, ou não me chamo Damon Salvatore, e eu tenho certeza de que me chamo assim.

Bebi em um só gole o restante de whisky no copo e largando o mesmo na mesa, subi para o meu quarto, seria uma noite longa.

No outro dia acordei cedo como em todos, me sentei na biblioteca e peguei um grimorio para ler, não que o assunto ali lido me chamasse a atenção, mas precisava me distrair com alguma coisa.

Enquanto isso meu irmão e a patética da namorada dele estavam correndo pela casa como doidos, mas pararam assim que uma buzina soou do lado de fora, o que acabou com minha alegria de ler em silêncio.

Me levantei e fui até a janela, de onde avistei Caroline com uma coisa em seus braços, Bonnie sentada dentro do carro, e logo meu irmão e Elena entraram no mesmo, Caroline me mandou um olhar quase de súplica e entrou no carro que saiu.

Para onde eles estavam indo eu não sei, mas vou descobrir.

The Owners of True BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora