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POV's Jimin

Espero que Taehyung esteja pronto, pois era agora que o show ia começar.

—Quem é esse aí? -meu pai pergunta, delicado como um tijolo.

—Sou Kim Taehyung -fala se levantando e fazendo uma reverência —Prazer em conhecê-lo senhor...

Sua voz não falha um segundo sequer. Queria ter essa coragem e força dele.

Meu pai olha pra ele com desgosto e volta seu olhar para minha mãe. Taehyung volta a sentar-se calmamente na cadeira.

—Quem deixou esse moleque vir aqui? -novamente, delicado como um coice de cavalo. A única coisa que consigo fazer é tapar o rosto e bufar baixinho.

Eu o convidei para vir almoçar conosco! -Omma fala dando ênfase no "eu".

—Ele é um amigo e colega de colégio meu! -digo.

—Espero que sejam só amigos mesmo, pois não tolero nenhum viadinho dentro de minhas quatro paredes!

Taehyung engole em seco e toma um gole de seu suco.

—Será que você poderia ser menos grosso, sentar-se à mesa e almoçar normalmente? -Omma o repreende.

Meu pai desaba na cadeira com uma expressão séria e fica observando com desgosto Taehyung comer.

—Você tem namorada?

Tenho que me controlar para não surtar.

—N-não senhor. -agora Taehyung parecia um pouco nervoso.

Unpf...já sabe que faculdade vai cursar? -a voz de meu pai aumentava a cada segundo.

—Ainda não, senhor...

—Você tira notas baixas?

Taehyung olha de um lado para o outro sem saber o que responder. Antes que meu pai fizesse mais uma pergunta, o interrompo:

—Aonde você quer chegar?

Ele me olha como quem fosse me esquartejar inteiro.

—Preciso saber se ele não é uma má influência! -diz se levantando.

—Ele NÃO É uma má influência! -me levanto também.

—POR ACASO VOCÊ ESTÁ COMENDO ELE PRA SABER SE ELE É MÁ INFLUÊNCIA OU NÃO?

—QUAL A PARTE DE, ELE É SÓ MEU AMIGO QUE VOCÊ NÃO ENTENDEU?

—Pelo visto aquele castigo não foi o suficiente! NÃO QUERO QUE VOCÊ TRAGA MAIS NINGUÉM AQUI! E você pivete viadinho -se direciona a Taehyung —Saia da minha casa agora!

—Com o maior prazer! -Taehyung se levanta e sai rápido e pisando firme. Vou de atrás.

Consigo alcançá-lo já na frente de casa.

—Espera!

—Desculpe Jimin mas, não posso mais ficar aqui. Não enquanto seu pai estiver! Você viu do que ele me chamou não é mesmo?!

—E-eu...sinto muito. Não pedi para ter um pai assim!

—Não é sua culpa...eu sei que seu pai é homofóbico mas, confesso que fiquei um pouco chateado com o que você disse em relação a nós dois. Eu sei que não temos muita coisa mas...

—Se eu pudesse, eu gritava aqui mesmo e agora, pro mundo inteiro ouvir, que eu gosto mesmo de você Taetae! -interrompo-o. —Mas é que, eu tenho medo do que o meu pai pode fazer comigo e, com você!

Ele toca meu rosto e junta nossas testas por um breve segundo.

—Tudo bem... -diz e vai embora.

"Como assim tudo bem? Não está nada bem!"-penso.

Volto pra dentro de casa e subo para o meu quarto pisando firme. Bato a porta e me jogo na cama abraçando meu travesseiro com força. Ouço os gritos de meus pais lá em baixo e aperto os olhos com força não deixando nenhuma lágrima sair. Eu odeio ele. Odeio. Odeio. Odeio! Com todas as minhas forças! Se eu pudesse, o matava. Se pudesse, teria duas mães. Se pudesse, fugiria de casa e casaria com Taehyung, bem na frente dele. Se pudesse, deixaria Taehyung me foder até o talo, na frente daquele velho nojento. Se, se. Se... Odeio essa sílaba também. Tão inserta, tão insegura.

Sinto tanta raiva que adormeço.

Acordo no meio da madrugada. Sem sono.

"Será que ele está acordado?"-penso.

Bom, estando ou não estando acordado vou lá de qualquer jeito.

Coloco um moletom preto com capuz, tranco a porta de meu quarto e pulo a janela. Torço o pé quando caio no chão. Me levanto com dificuldade e sigo até a casa de Taehyung mancando. No meio do caminho, paro em um canteiro, arranco umas flores e as junto como se fossem um buque.

Duas batidas em sua porta são necessárias para ele vir abrir.

Ele não devia nem ter deitado em sua cama, pois não aparentava nem um pouco de sono. Aliás, parecia que ele ficava mais bonito ainda a luz da lua na madrugada.

Ele sorri ao ver o buquê.

—Posso saber o que faz aqui no meio da madrugada com um...buquê de flores? -pergunta rindo.

Sinto minhas bochechas corarem.

—Vim pedir desculpas pelo ocorrido mais cedo!

Ele revira os olhos, agarra meu braço e me puxa pra dentro trancando a porta. Antes que eu pudesse pedir desculpas novamente, ele me beija. Deixo o buquê improvisado cair e o puxo mais para mim. Ele começa a andar pela casa ainda com sua boca na minha e reclamo baixinho de dor.

—O que você tem? -pergunta procurando algum machucado em meu rosto.

—Eu torci o pé, quando pulei a janela.

—Deixa que eu vou cuidar muito bem de você! -sussurra roçando seu nariz no meu.

Contorno seu pescoço com meus braços, tomo impulso e contorno minhas pernas em sua cintura. Ele me carrega no colo escada a cima, entrando em seu quarto e me colocando levemente em sua cama.

Ele volta a me beijar e eu desço mais o meu corpo, até estar quase embaixo dele. Mas então ele para o beijo sorrindo malicioso.

—Vamos deixar isso para mais tarde! Primeiro vamos ver seu pé!

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 OIOIOI! Queria sexo. Mas fazer oq ne! *Apaixonada por esse gif KJSDLFHALS

You're Mine ♤ VMIN [hiatus]Where stories live. Discover now