Capítulo 05

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Kathy

Gente que mão gelada, eu amei,  gosto de coisa fria, foco Kathy pelo amor de Deus, não cai nesta tentação.

Não creio que meu querido professor mandou esse tapado pegar minha mochila, Kathy olha a ingratidão em, saí da escola e minha mão estava um pouco dolorida, mas nada que não seja suportável, amei aquela enfermeira, cheguei em casa e chamei por minha mãe.

— Filha? Já chegou — perguntou vindo em minha direção.

— Eu cortei minha mão e a enfermeira disse que era melhor eu não fazer muito esforço então me mandaram pra casa — falei ela analisou minha mão com cuidado.

— Vai descansar — nossa se eu soubesse que só precisava de um corte de nada na mão pra eu ser liberada mais cedo e minha mãe falar pra eu descansar,  eu ia enfaixar e dizer que me machuquei todo santo dia.

Eu subi tirei a roupa da escola e tomei um banho, vesti uma blusa soltinha e um short e me deitei na cama, resolvi ver alguma série, ou filme, e fiquei vendo um filme qualquer, e assim que acabei, desci pra almoçar e subi novamete para terminar de assitir o filme.

E então meu celular vibrou e era o Ben.

Ben:
Oi, tudo bem? O que aconteceu com você?

Eu:
Eu Cortei minha mão, tô bem sim, nada de mais, só que a enfermeira disse que era pra eu não fazer "esforço" aí eu tive que ir embora..

Ben:
Que bom, te vejo amanhã então?

Eu sorri.

Eu:
Sim, até la.

E então eu parei o filme pois cansei, e fui pegar meu fone na bolsa, e não achei ele, revirei meu quarto todo e nada, desci as escadas e minha mãe ia sair.

— Perai aí mãe, vai onde? E viu o meu fone? — perguntei acabando de descer as escadas.

— Eu vou na casa da dona Selma, e não, não vi seu fone, tomara que não apareça, assim você não fica berrando por aí — ela disse divertida e saiu me deixando lá desnorteada, e então comecei a revirar a sala mas não a baguncei.

— Como eu perdi meu fone? — me perguntei me sentando e a campanhia tocou, e eu não estava nem um pouco com vontade de atender.

-— Não tem ninguém em casa —- gritei, aí que idiota, mereço um prêmio, eu comecei a rir e me levantei indo até a porta, a pessoa deve tá achado que eu sou doida, abri a porta e segurei meu riso e para minha surpresa era o Ryan.

— Sim? — perguntei me segurando pra não rir.

— Você deixou seu fone cair, quando foi embora — respondeu me mostrando ele ao estender a mão.

-— Ah, tava procurando ele que nem uma doida —- Eu sou uma doida.

—  E ignore o meu " Não tem ninguém em casa — gargalhei e ele riu também.

Peguei meu fone.

— Valeu, até amanhã — falei com um sorriso.

— Até — ele saiu e eu fechei a porta e fiquei rindo do que aconteceu, ele foi educado comigo, como assim?

Deixei pra lá meus pensamentos e subi para o meu quarto, arrumar a bagunça que eu fiz atrás de meu fone.

Abri a janela e fui arrumando e colocando tudo no lugar, e assim que terminei resolvi tomar um banho e fazer outro curativo.

Entrei no banheiro, e retirei o curativo e entrei embaixo do chuveiro.

Um tempinho mais tarde eu saí e me enrolei na toalha, ainda no banheiro fui fazer outro curativo, minha mão sangrou um pouco mas logo passou e o curativo ficou pronto.

Abri a porta do banheiro e fui olhar o quarto e tive a impressão de encontrar Ryan parado, me encarando, eu pensei que não era nada, alguma alucinação minha,  ia até esfregar meus olhos mas ao invés disso eu comecei a andar na direção dele, e quando cheguei de frente pra ele, encarei seus olhos e fui tocar pra ver se era real e então tudo ficou escuro num breu, passei a mão onde ele estaria e não tinha nada.

— Olha,eu não enxergo no escuro, haja luz — eu disse ainda parada.

— Ai meu Deus Socorro — falei passando a mão no quarto em busca de algo e acabei escorregando num plástico caindo no chão e a luz, visão, eu não sei, só sei que voltou.

E o plástico era de uma pessoinha que brincava aqui.

— Alfa — resmunguei, e ele estava atrás de uma almofada onde só se via os olhinhos deles verdes de sapeca.
Me levantei ainda confusa.

— Isso não foi um ilusão — falei pra mim mesma e fui me vestir, já pronta, me sentei na janela olhando para a casa dos vizinhos.

E escutando música, estávamos perto das férias e eu tava doida pra sair, viajar, ir pra praia, e o tempo não passa.

Acabar o último ano escolar.
Decidi andar de sakte, peguei ele, e desci.

Minha mãe não tinha vindo ainda então eu fui, chegando na praça eu fiquei la fazendo umas manobras, depois conversando com um pessoal de lá que eu conheço de tempos, e por fim decidi ir na sorveteria.

Saí da praça e comecei a andar sem o skate, pra ir nela, atravessei a rua e entrei nela.

— Bom dia, um de chocolate — pedi a moça do caixa e paguei a ela e me sentei numa cadeira no canto e comecei a tomar ele pensando.

Esse Ryan é bem estranho, e os irmãos dele também, por falar nisso nem sei em que sala eles caíram, vejo amanhã, eu tô é ficando assustada com ele me fitando, quer me comer com os olhos, me hipnotizar sei lá, me dá vontade de chegar e perguntar, mas... não vou, escuto uma voz no fundo me chamando, lá no fundo do baú mesmo

Kathy... Kathy?.... tá ai? — saio dos meus pensamentos profundos com uma pessoa me cutucando, não eu tô em las Vegas no cassino lótus de Percy Jackson, se bem que não seria uma má ideia, levo meu olhar e era o Ben, me olhando.

— hum, que, tá me chamando? — falo confusa e passo a mão em meu cabelo, e ele riu.

— Tava, posso? — eu fiz um sinal com a cabeça de positivo, e ele se sentou na minha frente.

— Eu até te ofereceria mas acabou — rimos.

— Não tem problema, e sua mão? —
Mostrei a ele.

O Ben me parece uma pessoa boa, ele se preocupou comigo, será que se a gente não tivesse se esbarrado nem teríamos nos falado hoje? Minha cabeça tá confusa...

— Como fez isso? — perguntou examinando.

— Tinha um vidro na pia do banheiro e quando eu coloquei minha mão cortou — dei um sorriso.

— Já, já ela tá Boa — ele riu e assentiu.

Continuamos a conversar, ele comprou um sorvete pra ele e insistiu em comprar pra mim e eu acabei a aceitando afinal, comida é comida gente.

Depois de bastante papo achei melhor eu ir, a presença do Ben me faz bem, Ben, bem tudo parecido, ri por dentro, por que motivo estou achando graça nisso??? Pensamento bosta Kathy.

— Tenho que ir — falei olhando pela janela e logo para ele novamente.

— Eu também — disse e nos levantamos, nos despedimos, e eu peguei meu skate e saí da soverteria.

Subi nele, e logo estava andando com ele no meio da rua, estava deserta então aproveitei, senti uma sensação estranha mas ignorei, dei play na música, e por um momento saí desse mundo e esquecendo tudo e todos.

Era tão bom, o vento em meu rosto e meu cabelo voando, saio de meu mundo, ao minha música parar estranhamente e um barulho infernal de um buzina e assim que eu olho vejo um carro vindo em minha direção e meu coração salta pela boca.

Eu estou morta.

Meu Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora