Capítulo 82

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Kathy


     

Após caminharmos por longos minutos chegamos em uma cabana velha no meio da floresta.

Muriel murmurou algumas palavras antes de abrir ela.

— Vamos logo com isso. —

Observei o local, um covil obviamente.

Eu morri e não sabia deste lugar.

Me sentei em uma cadeira e um gato amarelo pulou no meu colo me surpreendendo.

— Normalmente não são pretos?? —

Dylan perguntou olhando o gato que eu acariciava.

— Não necessariamente. Apesar de serem diferentes a grande parte possuí a mesma força e o que importa é o espírito. Não a cor. As pessoas que tem preconceito demais. —

Ela respondeu nos encarando.

— Bom, fiquem aí que eu vou trazer a verdadeira Márcia de volta. —

Muriel disse batendo com o pé em uma parte de madeira no chão onde ela puxou mostrando que havia um alçapão, minha mãe pulou primeiro sumindo e Muriel se aproximou para pular, no entanto nos olhou antes.

— Gente eu quero ver como é! —

Mary murmurou e todos nós concordamos.

— Não, só vão ver sofrimento, esperem aí e não mexam em nada que possa quebrar. —

Ela fitou Dylan que tinha uma bola de cristal em mãos cerrando olhos para ele.

Uma bola de cristal?

É O QUE

Ele ergueu os braços e pôs ela no lugar, Muriel se transformou pulando e assim o alçapão se fechou e tudo se silenciou.

— Então tá! —

Dylan voltou a pegar a bola e todos nós o olhamos elevando as sobrancelhas, ele encolheu os ombros nos olhando.

— Que? Eu quero ver meu futuro gente. —

Ele puxou uma cadeira em frente à uma mesa e pôs bola entre alguma coisa que eu desconhecia mas que era para manter a bola presa. Depois disso ele a fitou.

— Como que ela funciona!? —

Dylan perguntou

— Normalmente é uma bruxa que vê para você mas se você quer ver sozinho, toque com ambas mãos nela e se concentre no que deseja dela para poder ver, se, ela quiser que você veja ou for possível ver. —

Maria riu e todos nos olhamos Dylan esperando.

— Ai gente que tensão —

Ele disse passando a mão pelos cabelos nos fazendo rir.

Revirei os olhos.

— Bora Dylan!! —

— Ai tá tá! Se fosse você duvido que já tinha colocado as mãos, vai que eu vejo minha morte. —

Ele provocou sorrindo, me levantei fazendo o gato pular e me aproximei da bola.

— Quanta frescura, deve nem funcionar às vezes. O futuro é frágil, pode mudar por causa de qualquer coisa. —

Eu disse erguendo as mãos e as tocando na bola revirando os olhos mas como um choque percorrendo todo meu corpo eu travei com os olhos arregalados na bola que ficou nebuloso ao sentir a magia.

Meu Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora