MARY
Um silêncio terrível se alastrou por todo o quarto.
— Hora da morte, às seis horas da tarde. —Ouvi o médico pronunciar, senti o choro querendo vir a todo custo.
— Não acredito, seu quadro havia melhorado. — ele falava consigo mesmo.
— Temos que avisar eles —
Avisou a enfermeira, escutei a porta se abrir e o passo deles se afastando.
Espiei pela porta.
— Estela precisamos fazer alguma coisa, rápido! — cochichei para ela em pé ao meu lado.
— E o que você quer fazer? —
— Precisamos transformar ela! Antes que seja tarde demais para a transformação poder acontecer. —
— E se ela não quiser Mary? —
Franzi o cenho e olhei para o corpo de Kathy. As batidas do seu coração não eram mais contadas pelo aparelho mas eu conseguia escuta-las, estavam se perdendo de vez mas por alguma razão ainda continuavam aqui.
E se ela não quiser
E se ela não quiser que o coração dela pare de bater para o mundo da noite...
— Você tem certeza disso??? —A voz de Estela tornou meus pensamentos irrelevantes.
— Nós não temos opção!!! — exclamei o mais baixo que conseguia a olhando nos olhos. Ela suspirou, mas concordou.
— O QUE ACONTECEU??! —
Escutei Ryan gritar.
— Calma senhor —
Ouvi a enfermeira pedir, empurrei a porta pronta mas o som de uma tosse preencheu meus ouvidos e me fez parar com a porta entreaberta.
— Feche a porta! —
O médico pediu para enfermeira, a porta se fechou assim como a do banheiro antes que eles percebessem que estávamos aqui.
— Kathy? —
O médico pergunta, a tosse foi parando aos poucos, posso sentir a força na qual o coração fraco de Kathy foi se intensificando até estar mais forte do que antes muito rapidamente.
— Ela vai precisar dos aparelhos para respirar? —
A enfermeira pergunta.
— Sim, os ligue, meu Deus isso é um milagre. —
Após uma longa eternidade dele checando tudo, vendo se o quarto dela estava estável a enfermeira e ele deixaram o quarto com Kathy viva.
Me levantei colocando Alfa dentro casa e saindo do banheiro com Estela.
Kathy estava dormindo mas com menos aparelhos, apenas um para lhe ajudar a respirar e os gessos, ela estava dormindo. A cor havia até retornado para seu rosto.
— Melhor sairmos e ficar lá fora com os demais. —
Estela suregiu, concordei. Ela pegou a casa de Alfa e nós duas saímos.
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Meu Novo Vizinho
VampiroKatherine Waldrich nunca viveu uma vida normal, após muitas coisas ruins acontecerem tudo estava enfim se encaixando novamente, até que um novo vizinho se muda para a frente de sua casa. Ambos se detestaram de início. Mas o tempo passa, certas cois...