Capítulo 75

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MARY


  

Um silêncio terrível se alastrou por todo o quarto.


— Hora da morte, às seis horas da tarde. —

Ouvi o médico pronunciar, senti o choro querendo vir a todo custo.

— Não acredito, seu quadro havia melhorado. — ele falava consigo mesmo.

— Temos que avisar eles —

Avisou a enfermeira, escutei a porta se abrir e o passo deles se afastando.

Espiei pela porta.

— Estela precisamos fazer alguma coisa, rápido! — cochichei para ela em pé ao meu lado.

— E o que você quer fazer? —

— Precisamos transformar ela! Antes que seja tarde demais para a transformação poder acontecer. —

— E se ela não quiser Mary? —

Franzi o cenho e olhei para o corpo de Kathy. As batidas do seu coração não eram mais contadas pelo aparelho mas eu conseguia escuta-las, estavam se perdendo de vez mas por alguma razão ainda continuavam aqui.

E se ela não quiser

E se ela não quiser que o coração dela pare de bater para o mundo da noite...


— Você tem certeza disso??? —

A voz de Estela tornou meus pensamentos irrelevantes.

— Nós não temos opção!!! — exclamei o mais baixo que conseguia a olhando nos olhos. Ela suspirou, mas concordou.

— O QUE ACONTECEU??! —

Escutei Ryan gritar.

— Calma senhor —

Ouvi a enfermeira pedir, empurrei a porta pronta mas o som de uma tosse preencheu meus ouvidos e me fez parar com a porta entreaberta.

— Feche a porta! —

O médico pediu para enfermeira, a porta se fechou assim como a do banheiro antes que eles percebessem que estávamos aqui.

— Kathy? —

O médico pergunta, a tosse foi parando aos poucos, posso sentir a força na qual o coração fraco de Kathy foi se intensificando até estar mais forte do que antes muito rapidamente.

— Ela vai precisar dos aparelhos para respirar? —

A enfermeira pergunta.

— Sim, os ligue, meu Deus isso é um milagre. —

Após uma longa eternidade dele checando tudo, vendo se o quarto dela estava estável a enfermeira e ele deixaram o quarto com Kathy viva.

Me levantei colocando Alfa dentro casa e saindo do banheiro com Estela.

Kathy estava dormindo mas com menos aparelhos, apenas um para lhe ajudar a respirar e os gessos, ela estava dormindo. A cor havia até retornado para seu rosto.

— Melhor sairmos e ficar lá fora com os demais. —

Estela suregiu, concordei. Ela pegou a casa de Alfa e nós duas saímos.

Meu Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora