Capítulo 67

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RYAN

Me desculpem pelos erros.

 

— Inferno —

Soco a parede ao meu lado sem me importar com as pessoas e com tudo a minha volta.

Só penso em uma única pessoa: Kathy

Como eu pude ter sido tão burro? Como pude deixar ela sozinha com a irmã que forjou a própria morte e esperar que a situação não perdesse os freios?

— Está em um hospital, não pode sair quebrando as coisas por aí me ouviu!?— O médico me avisa sério e me olhando, o ignoro dando apenas um assentimento com a cabeça, me viro os deixando para trás seguindo o corredor do bebedouro.

Kathy... o que foi fazer!? Por quê!?

O que aconteceu com ela depois que acordou???

É isso o que martela na minha mente, e é sobre isso que não acho uma resposta ou tenho alguma ideia.

— Ryan —

Ouço a voz de Mary próxima, me viro na direção dela que deu mais dois passos no imenso corredor de paredes brancas com uma linha de azulejo verde água reta que estava em todos os corredores.

— Ela está em coma, respirandoporaparelhos —

Sufoco nas palavras, minha irmã apenas vem na minha direção com os braços abertos me chamando para um abraço, qual eu precisava muito nesse momento.

Ouço seu choro baixo quase inscutavel se não fosse por estar colada ao meu corpo.

— Mary — a chamo de olhos fechados querendo me separar, ela no entanto me abraça mais forte.


— Tenho algo para falar —

Murmura chorando? me solto a olhando já temendo o que ela pode falar.

— Diga Mary! Diga!!! —
me altero.

— Silêncio senhor, está no hospital! Tenha mais respeito pelos outros. — uma enfermeira me chama a atenção e eu apenas assinto mais uma vez.


— Ryan, você saiu antes do médico terminar de falar —

Murmura, fecho os olhos.

— E o que ele disse!? —

— O caso dela é grave. Ele disse
que se Kathy optar por não lutar mais, ela pode realmente morrer, ela está fraca Ryan, qualquer erro deles ou algo que um de nós fale para ela pode gerar sua morte. O médico disse que mesmo em coma ela pode, talvez, escutar e entender tudo que estamos falando. Se ela desistir, perdemos ela.

Fecho a mão em punho voltando a andar de um lado para outro em busca de algo pra descontar meu ódio e meu medo sufocante de perder ela.

Foco meu olhar numa mesa, a derrubo quebrando as coisas em cima dela com raiva enquanto lágrimas desciam pelo meu rosto.

Por que!? Por quê!? Por quê!?

Meu Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora