Capítulo 06

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Meu coração quase saiu pela boca quando eu vi o carro, o que eu faria? eu estou morta? Olhei de relance o dono e tive a péssima sensação de conhecer.

NÃO, não estou, num momento de maluquice eu pulei pro lado e caí no chão duro rolando e bati a cabeça que agora doía muito, e então escutei o barulho do carro quebrando meu skate, que droga.

— Aiii! — gritei por causa da dor em minha cabeça e senti mãos tocarem, mãos frias demais, cujas eu sabia o dono delas.

— Kathy — a sua voz saiu preocupada e ao mesmo tempo rude.

— Minha cabeça dói muito —falei tentando me sentar e fracassei.

Olhei o carro indo embora

— Desgraçado — Ryan disse e eu fiquei olhando o carro e vi que era um homem.

Por que eu sentia que não foi apenas um acidente???

— Não aconteceu nada, melhor irmos embora — eu disse e Ryan me ajudou a levantar.

Eu então comecei a andar na direção de meu skate, ele quebrou, vou ter que comprar outro.

— Que droga — resmunguei e Ryan veio pro meu lado.

— Preferia estar morta do que perder o skate? — Eu fiz um sim e ele riu, minha cabeça voltou a doer e meu corpo começou a doer.

— Mmm— resmungei passando a mão em meu cabelo.

— Eu te ajudo a ir pra casa — ele disse e eu encarei seus olhos azuis.

— Só vou aceitar pois não quero desmaiar no meio da rua — rimos e ele me ajudou a atravessar a rua, ele estava de carro e abriu a porta pra mim, vocês entenderam??? Ele ABRIU a porta pra mim. Mano, a última vez que abriram a porta de um carro pra mim foi quando eu estava saindo do mercado cheia de bolsas e meu pai abriu, e se não fosse por isso, queridos, estou me sentindo uma dama, voltei a idade da pedra, como isso produção??? Entrei no carro toda feliz e passei o cinto com um pouco de dificuldade e quando olhei pro lado Ryan já estava lá e eu tomei um susto, que minha dor piorou e eu coloquei a mão em meu peito me recuperando e ele riu, logo deu partida no carro e partiu com ele.

Fiquei em silêncio até ele falar:

— O que você tinha na cabeça de andar no meio da rua? — perguntou ainda sem tirar os olhos da rua.

— Nada, a rua estava deserta e... você também não estava lá, tanto o carro como você apareceram do nada — respondi ainda confusa mas sem levantar minha cabeça para olha-lo pois ela doía, ele se calou, assim que chegamos tirei o cinto e ele me ajudou a descer, o sol já tinha ido embora, e ao abrir a porta minha mãe apareceu aflita e me olhou de cima a baixo e depois pra Ryan.

— Onde você estava?? — perguntou me examinado assustada ao ver meu estado.

— Preciso de um remédio antes de tudo — respondi entrando com ajuda de Ryan.

— Eu falo pra ela, vai descansar — oi???? Como assim o antipático tá sendo simpático comigo é isso mesmo? É Kathy pessoas mudam, menos eu porque aqui é doida de nascença.

— Ok e obrigada — falei num sussurro e sai dali indo ao meu quarto onde tinha uma caixinha de remédio  minha, tomei um de dor de cabeça e corpo, depois fui pro banheiro, me despi, e tudo mais.... e entrei de baixo do chuveiro, fiquei lá um bom tempo e notei que tinha ralado meu joelho que agora ardia em contato com a água gelada, um pouco de meu braço também, me enrolei na toalha e fui me vestir, coloquei uma roupa mais largada, passei remédio nos machucados e me deitei na cama cansada.

Eu ainda vou acabar com a água do mundo.

Escutei batidas na porta.

— Pode entrar — falei e assim que a porta se abriu minha mãe entrou e Alfa pulou na cama vindo pra perto de mim, e minha mãe que estava com um semblante sério logo se transformou num sorriso.

— AHH— ela deu um grito histérico que me assustou e a alfa também, e se sentou na cama em pulos parecendo uma criança.

— O Vizinho novo tá afim de você — disse, bateu palmas e estendeu as mãos ao céu e eu gargalhei.

— Tá, chega de sonhar acordada mãe — falei estalando os dedos na frente dela.

— Muito engraçadinha, não é todo mundo que ajuda uma pessoa depois que rolar grama abaixo e a trás em casa, você vai finalmente   desencalhar —

Esse desencalhar entrou na cabeça da minha mãe que socorro, que coisa se eu não quero namorar me deixa, namorar pra que se posso curtir, fora esse namorados que tem, chatos que não deixam a namorada sair, ir pra festas, dançar, e tem uns que até batem nas namoradas, querido se você levantar a voz ou a mão pra mim eu pego a primeira coisa que causa danos graves e atiro você....

— Já disse que eu não.. —

— Não quer o caramba Kathy, só porque não encontrou um namorado do seu gosto, não quer dizer que ele existe —

— Eu to começando a achar que o meu cupido morreu ou tá de greve — Eu e ela rimos.

— Bem, vai descascar depois eu trago algo pra você comer, e só pra constar — ela disse indo até a porta.

— Ele seria um ótimo genro, Mill beijos de luz — riu e saiu correndo antes da almofada que eu arremessei acertasse ela, minha mãe é muito ridícula,  voltei a minha posição e dormi fazendo carinho em alfa.

[... ]

Acordei com alguém batendo na porta, olho a hora e eram oito horas da noite, sentei na cama e disse que podia entrar, minha mãe entrou com uma bandeja.

— Aqui filha — disse se sentando.

— Brigada mãe — disse com um sorriso, peguei a bandeja começando a comer.

— Boa noite meu amor, coloca a comida do alfa — eu asenti e ela saiu.

Depois de terminar de comer, me levantei e desci pra cozinha, lavei minha louça e coloquei a comida dele que atacou, subi de volta para o meu quarto, já estava bem melhor, a dor de cabeça tinha ido quase por completo, amanhã eu já estaria melhor, minha mão não doía mais também, me deitei em minha cama, aumentei o ar e fiquei assistindo algumas séries até o sono chegar, e quando foi uma hora ele deu o ar da graça e eu desliguei o notebook e adormeci.

[... ]

Acordo num lugar completamente diferente, estou numa floresta, descalça e com minha roupa de dormir.

— Onde estão os meus sapatos? — perguntei olhando meus pés e ao olhar na direção de uma árvore vi duas pessoas, um homem, e uma mulher com um pano cobrindo o rosto, e o capuz, assim como o homem, ambos tinham os olhos vermelhos que brilhavam em meio a escuridão, recuei assustada e então a mulher em questão de segundos surgiu em minha frente e tocou minha face aproximando o rosto de minha orelha sussurando:

— Você tem que ficar longe dele ou vai sofrer danos — sua voz fria me fez ter calafrios e então ela me pegou pelo pescoço
Me deixando sem ar, suas mãos começaram a queimar minha pele.

— Nós estamos vindo e é melhor seu amigo ter cuidado ao se aproximar mais de você — ela apertou mais o meu pescoço e eu desmaiei.

[... ]

— Ahhh — acordo num susto e saltando da cama, passei a mão em meus pescoço e é como se tivesse sido real, ele estava dolorido.

— Kathy eu vou entrar — Minha mãe batia nervosa e entrou de uma vez.

— O que houve? — perguntou se sentando e eu pude perceber que já era de manhã.

— Foi um pesadelo, já passou, vou me arrumar — falei tirando o cobertor.

— Ok, qualquer coisa me chame — Eu assenti e ela saiu.

Lá vamos nós para mais um dia.

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Mill beijos da Issa ❤

Meu Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora