CAPÍTULO 11 - Apaixonado pelo Patrão

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[Guilherme]

A indiferença do Yuri me matava a cada palavra rude que ele falava. O beijo que Yuri me deu na minha sala me deixou atordoado e acabei saindo correndo. Eu queria poder dar uns tapa na cara dele e dizer o quanto eu to gostando dele. Gritar pra ele o quanto ele mexe com meus nervos, meus pensamentos e minha excitação. Desde de Vinícius, eu não imaginava o quanto poderia me apaixonado por Yuri, meu chefe. Estava entrando na sala do RH quando ouço alguém me chamar.

― Guilherme. ― Olho para trás e vejo Yuri vindo em minha direção.

― Depois do expediente, eu passo pra te pegar e vamos para o velório do Teófilo juntos. ― disse num tom autoritário.

― Eu prefiro ir sozinho. ― respondi rigidamente.

― Pos não vai. Eu e você vamos juntos e fim. ― falou e saiu em direção ao elevador.

Yuri adentrou o elevador e deu um sorriso e um "tchauzinho" para mim. Quando a porta do elevador se fechou, eu queria matá-lo. Entrei bufando na sala de RH e sem perceber, acabo pensando auto e falando em tom baixo.

― Idiota. ― resmunguei.

― O Sr. disse alguma coisa seu Guilherme. ― perguntou a atendente.

― Não. Eu só pensei alto demais, me desculpe. ― disfarecei.

Eu ainda não estava acostumado com o "SR" e o "seu Guilherme". Eu me sentia velho, mas eram regras estabelecidas pelo Yuri e uma forma de respeito entre os funcionários. Passei as coordenadas para o RH sobre o funeral do Teófilo e fui conferir se a sala do Yuri estava em ordem. Entro na sala e vejo seu celular em cima da mesa. Balanço a cabeço, dou um sorriso de canto, caminho até a mesa e vejo sua foto em cima da mesa. Fiquei olhando aquela foto do Yuri em cima da mesa e fico admirando-o. Como o Van Der Benzi é lindo. Aqueles olhos azuis, aquela boca e sua pele são viciantes. A lembrança daquela tarde de provocações e sexo que tivemos, veio em minha mente. Só volto em sim com Márcia me interrompendo.

― Algum problema seu Guilherme? ― perguntou encarando-me.

― Não, não dona Márcia. O Sr. Van Der Benzi esqueceu o celular aqui na sala dele e entrego a ele no funeral do Teófilo. ― justifiquei.

Saímos juntos da sala e nos despedimos. Por volta das 20:35, o porteiro do meu prédio anuncia a chegada do Yuri e autorizo sua entrada. "Mas como ele sabe meu endereço?" perguntei pra mim mesmo. Poucos minutos depois, a campainha toca e vou atender.

― Boa noite meu assistente. ― disse Yuri ironicamente e entrou.

― Boa noite. ― respondi sem ânimo.

― Lindo apê. ― se jogou no sofá e colocou seus pés 44/45 em cima da minha mesinha de centro. ― Não vai me servir um whisky? ― fez cara de criança chorona.

Reviro os olhos e isso parece divertir o Yuri. Pego um copo, coloco gelo, whisky e o sirvo.

― Mais alguma coisa vossa majestade? ― faço reverência. ― E tira esses pés de cima da minha mesinha. ― falei tirando seus pés. Yuri tomou o whisky em segundos e seguimos para o funeral.

Dentro do carro e no caminho, o silêncio reina e o perfume do Yuri parecia me deixar mais nervoso e com vontade de cheirar seu pescoço. Paramos em um semáforo. Yuri me observava e nada falava. Meus batimentos cardíacos pareciam estar no oitocentos e trá lá lá. Chegamos ao local do funeral e fui abrir a porta. Yuri trava as portas.

― Você tava tão caladinho no caminho, Gui. O que aconteceu? ― perguntou no meu ouvido encostando sua barba no meu pescoço. Aquela voz grossa e suave, aquela barba  encostando no meu pescoço, me deixou arrepiado da cabeça aos pés.

O Chefe  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora