[Guilherme]
Depois do "flagra" que dei em Yuri e Diego, fui para meu apartamento com Vinícius. Eu chorava compulsivamente fingindo que estava arrasado com a traição de Yuri. Vinícius apenas me consolava e nada tentou. Levantei para ir na cozinha buscar algo para nós beber e, Diego, mandou-me uma mensagem avisando que Yuri estava em sua casa. Peguei uma garrafa de champanhe e levei até a sala. Vinícius estava falando no celular na sacada do meu prédio. Ao me ver, ele desligou e veio até mim.
— Vamos comemorar o que com esse champanhe?— perguntou Vinícius.
— Comemorar que a partir de hoje, eu quero esquecer o Yuri.— falei dando uma taça de champanhe para Vinícius.— E acredito que você é a pessoa certa para isso acontecer.— falei e o beijei.
O beijo de Vinícius sempre foi muito bom. Ficamos nos beijando por um tempo, Vinícius me olha.
— Até um tempo atrás tu não queria me ver pintado a ouro.— disse.
— Você é a única pessoa que está aqui comigo nesse momento.— acariciei seu rosto.— Vamos tentar de novo?— perguntei dando um selinho. Vinícius sorriu.
— Claro que sim.— falou retribuindo o selinho. Á noite, Vinícius foi embora e fui para a casa do Diego.
A praia estava vazia e sem carros na avenida de Copacabana. Andava solitário pela Lagoa Rodrigo de Freitas procurando por uma pessoa. A pessoa em si, eu não sabia quem era ou muito menos imaginava. Meu batimentos cardíacos estavam acelerados e gelados. Pernas pareciam que iam parar sozinha. O arrepio tomava conta de todo o meu corpo. Olhava para os lados e tudo no Rio de Janeiro parecia estar vazio. Os barulhos de buzina, pessoas conversando e ambulantes gritando tudo tinha sumido e só restava eu na Cidade Maravilhosa. O desespero já havia me dominado e tentava manter minha calma, sem me descontrolar. Só se ouvia o barulho do mar e as ondas encontrando a areia da praia. Avistei uma pessoa de branco admirando a bela lua que brilhava aquela noite. Fui caminhando até a pessoa e ela não se movia. A pessoa parecia saber que era eu e nada fez. Virou-se para mim e não conseguia ver seu rosto, seus olhos ou sua boca, mas o cabelo eu via. O cabelo era castanho escuro e percebi que era um homem. Não conseguia decifrar de quem poderia ser aquele cabelo.
— Sua vida está perto de tornar-se um inferno.—disse o rapaz
— Mas por que? — perguntei sem entender.
— A obsessão que Vinícius tem por ti, ele vai cometer atrocidades.— falou.
— Cuidado, Guilherme. Vinícius é perigoso e pode querer te matar. — insistia.
— Me matar? — perguntei assustado.
— Sim, te matar. — pausou.—Vinícius matou Aline, Teófilo, Tereza. Márcia e eu. — confessou a pessoa.
— E como você sabe disso? — queria saber.
— Porque eu sou... — ia revelar, mas não consegui descobrir quem por que Yuri me chamou. Era tudo um sonho. Acordei assustado e saltei do sofá da casa de Diego onde havia cochilado. Um sonho revelador que me assustou bastante. Será que Vinícius matou aquelas três pessoas? Qual é o motivo que ele poderia ter cometido esses crimes? Quem é essa pessoa que garante que Vinícius o matou? Essas perguntas embaraçosas me deixavam perdidos e como decifrar essa pessoa.
Yuri e Diego ficaram preocupados comigo. Yuri me serviu um copo de água e Diego mediu minha pressão. Eu estava atordoado com aquele sonho perturbador. O cochilo de quinze minutos foi exatamente destruidor e minha pressão estava baixa. Eu não falava, só olhava pro além. Diego e Yuri ficavam me chamando a todo instante, mas não queria dar atenção a eles. Queria dar atenção a aquela pessoa e ao sonho que tinha acabo de ter. Olhei-os nos olhos dos dois e fiquei mudo.
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O Chefe (Romance Gay)
Romantizm(Esta História foi revisada tendo início de 03/06/2018 e o seu término em 24/08/2018) Recém chegado de Londres e roubado pelo seu ex-companheiro, Guilherme está decido a construir sua vida no Brasil. Depois de um casamento conturbado na capital ing...