CAPÍTULO 10 - Golpe de Bárbara

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[Bárbara]

Eu não esperava ser pedida em casamento por Gustavo. Foi uma surpresa e tanto o pedido de casamento. Desde que meu pai morreu, eu, minha mãe e minha irmã vivemos um perrengue danado. Meu pai deixou uma dívida milionária para nós e não temos como quitar essa dívida. Minha solução é casar com Guto e quitar essa dívida o mais rápido possível antes que o banco tome nossa casa.

Chegando a casa, percebo que tem um carro parado em frente a nossa casa. Era o oficial de justiça com a ordem de despejo. Minha mãe estava eufórica e nervosa com a intimação.

― O que está acontecendo? ― perguntei sem entender nada.

― Filha, esse cara é um oficial de justiça e trouxe esta carta de ordem de despejo. ― disse minha mãe desesperada me entregando a carta. ― O que vamos fazer? ― perguntou.

― Tem prazo para quitarmos esta dívida? ― perguntei curiosa.

― Sim, senhora. Vocês têm o prazo de quinze dias para quitar a dívida e 72 horas para deixar a casa. ― avisou saindo.

Fiquei irritada e sem acreditar no que estava passando. O momento em que aquele oficial de justiça trouxe aquela ordem de despejo, eu passei a odiar meu pai.

― Velho maldito! ― gritei. ― Em vida já era imprestável e depois de morto não faz muita falta. ― esbravejei.

― Eu não vou permitir que você fale assim de seu pai, Bárbara. ― reagiu minha mãe. ― Desde quando você e sua irmã eram crianças que seu pai sempre deu duro para satisfazer nossos caprichos. ― defendeu.

― É. Palmas para o seu herói que deixou uma dívida de dois milhões de reais para nós pagar. ― voltei a gritar.

― Você é muito ingrata mesmo né Barbie. ― olhou com cara de raiva. ― Ana Claúdia é tão diferente de você. ― nos comparou.

― Ana Cláudia também é outra imprestável que está casada com um pobretão nos Estados Unidos que não serve pra nada. ― falei.

Sai da sala e fui direto pro meu quarto. Estava com um ódio indescritível de meu pai. O velho morreu e deixou dívidas para mim e minha mãe pagar. Eu tinha que pagar essa dívida se não onde iríamos morar? Desci as escadas e fui direto pro meu carro. Cheguei à casa de Guto e dona Áurea me recebe. Converso com alguns minutos com ela e logo depois, chega seu José e Guto.

― Guto. Eu preciso falar com você e seus pais. ― pedi com uma expressão séria. A minha intenção era que Guto e seus pais se comovessem com minha história e pagasse a hipoteca de minha casa.

― Hoje a tarde chegou esta ordem de despejo para mim e minha mãe. Meu pai deixou essa uma dívida milionária par nós pagar. ― comentei aos choros e entreguei a ordem de despejo.

― Isso é muito dinheiro, Barbie. ― questionou seu Zé.

― Eu sei seu José. Mas eu não tenho a quem recorrer. ― chorei compulsivamente.

― Não se preocupe Barbie. Nós vamos quitar essa hipoteca. ― disse dona Áurea.

― Conta com nós sempre, Barbie! ― falou seu Zé.

Depois de minha choradeira e convencer a família de Guto, seu Zé – como chamo o pai de Guto que é José – quitou a dívida e estávamos livres da hipoteca. Dei graças a Deus.

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[Yuri]

A minha transa com o Gui tinha sido um erro – ou não-. Um dia antes tinha liberado meu assistente para casa. Não sei se fiz bem, mas a cada dia que passava eu estou gostando cada vez mais do Guilherme e eu nos apaixonarmos por alguém assim, logo que o vi, não é de minha personalidade. Estava atordoado com tudo que acontecera no dia anterior. Guilherme chegou a um momento de minha vida que não estou pronto pra amar uma pessoa igual Gui. Ele é doce, meigo e carinhoso. Definitivamente, eu não quero me apaixonar pelo meu assistente – mas já estou apaixonado pelo Gui.-

O Chefe  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora