O Chefe (Romance Gay)

CAPÍTULO 26 - Planos contra Vinícius - Parte 01

[Bárbara]

Gabriel está sendo uma ameaça para mim. Aquele maldito médico já havia descoberto que Guto não é o pai da criança que espero e era questão de tempo para ele descobrir que Vinícius é o pai do meu filho. Fiquei a festa toda tensa e Guto estava cada vez mais entrosado com aquele desgraçado. Eu queria matá-lo e jogar o corpo dentro de um rio qualquer do Rio de Janeiro. Avistei ele saindo do banheiro e tratei de ficar na cola do Guto. Eu não podia deixar meu marido sozinho com aquele intruso.

― Não se preocupe que eu não vou entregar a paternidade do seu filho. ― debochou Gabriel.

― Desgraçado! ― disse com ódio. Gabriel se aproximou de mim.

― Vamos ser ótimos cunhados ― sorriu.

― Eu juro que adoraria te matar com minhas próprias mãos. ― sai de perto dele. Gabriel sorriu e voltou para os convidados.

Faltava cinco minutos para a meia noite. Nos posicionamos e a contagem regressiva começou. Comemoramos a chegada de 2000 e felicitamos uns aos outros. Meu pensamento foi em Vinícius e o que ele poderia estar fazendo em São Paulo. Recebi um WhatsApp do Vini. "Não morre mais maldito" pensei comigo.

Vinícius: Em breve do início no plano. A minha encomenda chega depois do dia 10 de Janeiro.

Eu: Ansiosa.

Encerramos nossa conversa ali mesmo. Será que ele conseguiu obrigar o rapaz a vir pro Rio de Janeiro? Será que ele vai conseguir separar Yuri e Gui? O que mais me interessa agora é acabar com o Gabriel. Os convidados da festa se aproximou e todos se posicionaram para brindarmos a chegada de 2011. A virada chegou e todos brindamos. Durante a festa, me aproximei do Gabriel e ele saiu de perto de mim. Guto estava bêbado e não tínhamos como ir embora, pois eu não gostava de dirigir por conta da gravidez. Dormimos na casa de Yuri e na manhã seguinte, a festa continuou.

Por volta das 12hrs, recebo uma mensagem no WhatsApp de Vinícius. Ele queria me encontrar o mais rápido possível. Bolei uma mentira e consegui sair da casa do Yuri, que me ofereceu seu motorista. Recusei e apesar de não gostar de dirigir grávida, eu não podia correr o risco de o motorista saber onde Vini mora. Em quinze minutos, cheguei ao apartamento do Vinícius. Apertei a campainha e ele abriu a porta.

― Feliz Ano Novo. ― felicitou Vinícius.

― Obrigada. ― respondi tensa.

― O que houve para você estar tensa? ― perguntou.

― O irmão mais velho do Guto sabe que esse bebê não é do Guto. ― contei servindo-me um copo de água.

― Como assim, irmão? ― perguntou Vinícius incrédulo.

― Eu não sei dizer.― falei tomando o copo de água.― Parece que no dia em que Gui revelou que sabe do irmão gêmeo dele, esse tal de Gabriel contou que é irmão mais velho deles. ― contei aflita.

― Seja lá o quem ele for, teremos que ficar de olho nele. ― disse Vini sentando no sofá. ― O rapaz que me deve chega em poucas semanas. ― sorriu.

― Que bom! ― falei dando palminhas.

― Com um deslize do Yuri o Gui não vai perdoar ele. ― sorriu.―Já instrui o Diego a fazer tudo. ― falou levantando. ― Quero o Guilherme de volta nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida. ― completou.

Aproximei-me de Vinícius e ele me levou para seu quarto. Transamos quase a tarde toda.

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UMA SEMANA DEPOIS...

[Diego]

Havia se passado duas semanas da virada de Ano Novo. Estava no aeroporto de Congonhas em São Paulo para embarcar em minha nova vida e cidade. Sentado no banco de espera na sala de embarque, pensava em tudo o que Vinícius havia me instruído. Eu queria me jogar na pista dos aviões e acabar de uma vez por todas com essa dívida que tinha com o Vini. Anunciaram meu voo e embarquei. Dentro do avião, sentei ao lado de uma mulher que aparentava ser rica. Triste e desolado por ter que separar um casal, a mulher sentou-se ao meu lado e puxou conversa. Conversamos vários assuntos e soube que ela é diretora de uma das unidades do Grupo Van Der Benzi. Mostrei minha inscrição para o processo seletivo de assistente pessoal, e ela me fez um monte perguntas. Parecia que estava em uma entrevista e respondi todas as perguntas em menos de dez minutos. Ela tirou foto da minha prova dentro do avião e enviou para alguém. Ela conversou com esse alguém por cinco minutos e avisou que a vaga era minha. Eu quase não acreditei que ela havia feito uma entrevista comigo dentro do avião. Entrei no site da empresa e a vaga havia sido tirada. Mandei uma mensagem para Vini avisando que a vaga era minha. Ele me parabenizou e encerrou a conversa. Aterrissamos no Rio de Janeiro depois de uma hora e dez minutos de viagem. Fui para a casa que Vini havia alugado para mim e vi que a casa estava mobiliada.