Limites

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-Apenas compreenda que violência não é a resposta, sei que a situação é difícil - disse apreensiva- mas imponha limites, busque seu auto controle e...

-Preciso falar com você- Klaus disse, entrando na sala.

Não sei como Klaus me encontrou aqui, hoje foi meu primeiro dia de trabalho. Estava substituindo o Sr. Summers, que ficou satisfeito em deixar seus pacientes comigo.

-Você esta interrompendo...- Charlie, meu paciente disse.

-A sessão terminou, vá embora- Klaus disse, compelindo ele- e feche a porta quando sair.

Assisti Charlie sair com um olhar vazio, enquanto Klaus se acomodava na poltrona.

-Esse é o meu trabalho Klaus, não sei o que você tem no...

-Eu só preciso conversar, agora...- ele apontou pra outra poltrona a sua frente, bufei.

-Tudo bem - me sentei a sua frente- mas precisamos impor alguns limites aqui.

-Limites?- ele arqueou a sobrancelha- Rebeka estava agindo pelas minhas costas e...

-Limites, Klaus e...ah não, me diz que você não enfiou uma adaga no coração da sua irmã?-disse, tentando manter a calma.

-Não- ele sorriu- eu a mordi.

-Francamente, Niklaus - disse, decepcionada- você acha que isso vai terminar bem?

-Minha irmã teve sua punição, nada mais do que ela merecia - ele disse tranquilo.

-Talvez você mereça ser punido- disse irritada- eu me encarregaria disso com todo prazer.

-Talvez ... - ele sorriu de lado, e então me encarou.

 Uh. Merda. De todas as coisas que eu fiz antes, dormir com esse hibrido idiota era o que eu evitava pensar. Mas agora ele me vem com essa, e com esse sorriso sacana todo sedutor. 

Foco.

-Limites Niklaus, você sabe o significado disso?- o ignorei- significa que você não pode entrar na minha sala a hora que quiser, nem usar seus truques de vampiro com meus pacientes, ou escolher quando confia em mim pra conversar. O mundo não gira em torno de você.

-Sinceramente, Sweetheart, eu gosto mais de você assim, irritada- ele sorriu, sem dar atenção pra o que eu disse.

-Saia da minha sala, nós temos uma sessão marcada pra amanhã- disse, abrindo a porta- até lá, não mate ninguém.

Ajeitei a alça da minha bolsa sobre meu ombro e sai. Maldita hora que eu fui ficar, desse jeito eu vou acabar me....

...

-Fala sério, qual é o problemas de vocês? - resmunguei, ficando em pé.

-Finalmente você acordou- Davina sorriu debochada.

-Deixa eu adivinhar, você quer se vingar de mim?- deduzi.

-Não, aquilo não foi culpa sua- ela deu de ombros- só demonstrou que Klaus se importa com você.

Ah, uma bruxinha vingativa que odeia Klaus Mikaelson, novidade!

-Davina, por que você...- Josh parou no meio da frase quando me viu- ah.

-Ah é tão bom quanto qualquer outra palavras -resmunguei sozinha- e então, o que vamos fazer até Klaus aparecer?

-Posso te fazer sofrer- a bruxinha sorriu.

-Davina- Josh repreendeu.

-Eu entendo - disse, olhando no fundo dos olhos dela- Klaus fez muitas coisas ruins, machucou quem você ama, mas essa vingança não vai te levar a lugar nenhum.

-E você espera que eu simplesmente desista?- ela se aproximou com a faca na mão.

-Não, eu espero que você ouça a razão, e não deixe esse desejo por vingança te consumir-disse séria, ela me encarou confusa- você saber como as coisas terminam quando se trata dos Mikaelson's.

-Eu posso faze-los sofrer...

-Sei que sim, mas a que preço? Sua vida?- ela recuou, Josh apenas ouvia- você é jovem, deveria estar vivendo, se divertindo, se apaixonando. Se isso continuar, você vai acabar morta. E tenho certeza que não é isso que seus amigos querem, não é?

-Ouça ela Davina- Josh disse.

-Você quer que eu ouça  a" razão" quando você está do lado de Klaus, como se ele não tivesse feito nada pra você.

-Ver o lado bom das pessoas é um mal habito que tenho- sorri.

-Eu não posso desistir, não agora- ela disse séria- o que você sugere que eu faça?

-Se divirta um pouco, encontre um clã, e faça...seja lá o que for que as bruxas façam- dei de ombros- vingança não traz nada de volta.

-Você não é tão ruim quando não esta amaldiçoada- ela disse, sorrindo e soltando cortando a corda que prendia meus pulsos.

-Eu...

-Onde ela esta?!- Klaus gritou.

Klaus jogou Josh cotra a parede, o vampiro caiu desacordado no chão.

-Klaus não....- fui ignorada.

Davina ergueu a mão, e o hibrido começou a gritar de dor. Assim que se recuperou, Klaus estava com as mãos no pescoço da bruxinha, que já começava a ficar pálida pela falta de ar.

Então eu agi. Peguei a estaca e o acertei, sua pele ficou cinza, e ele caiu inconsciente.

-Você esta bem?- perguntei, ajudando a bruxa a se levantar.

-Sim, obrigada- ela assentiu, então encarou o corpo de Klaus- você esta encrencada.

-Encrencada é pouco- Josh se levantou, ainda grunhindo de dor.

- Josh, preciso de um favor- disse.

-Qualquer coisa pra você- ele sorriu.

...

Pedi pra Josh carregar Klaus até minha casa. O hibrido estava deitado no meu sofá, ainda inconsciente.

Peguei uma cerveja e me sentei na poltrona.  Klaus não me mataria,  tenho certeza que não.

-Eu deveria te matar- ele disse, me encarando sério.

-Sinceramente, me sinto muito melhor agora- dei de ombros- você meio que estava em divida comigo, não que eu fosse me vingar, mas isso foi...satisfatório.

-Você me apunhalou pelas costas- ele sorriu irônico.

-Bem, eu tive uma conversa legal com Davina, impedi que você matasse ela, coisa que você se arrependeria, porque ela como uma filha pra Marcel- disse, bebendo mais um gole de cerveja-que olha só! é como um filho pra você. E é claro impedi que mais um ciclo de vingança se iniciasse, na verdade você deveria me agradecer.

-Não são muitos que me acertam, e vivem pra contar história- ele disse, pegando a garrafa das minhas mãos.

-Eu sei que sim- assenti- estou feliz por isso.







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