Eu Quero Você

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Droga, eu deveria ter fechados as cortinas antes de ir dormir

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Droga, eu deveria ter fechados as cortinas antes de ir dormir. Me acomodei mais entre as cobertas, escondendo meu rosto no travesseiro.

Um segundo, dois segundos, três....

Merda!

Deve haver uma explicação racional do porque eu estou nua na cama de Klaus.

É tão ruim quanto parece...pelo menos eu não me lembro muito da noite passada.

—Eu poderia me acostumar com essa bela visão todas as manhãs - Klaus disse, entrando no quarto e sorrindo- bom dia, Sweetheart.

Puxei o lençol a minha volta, tentando me cobrir, o que a essa altura já era inútil.

—O que exatamente aconteceu ontem a noite?- perguntei, me sentindo constrangida diante do seu olhar.

—Eu salvei sua vida,  então você me agarrou, rasgou minhas roupas e...

—Já chega, deu pra entender - disse, podia sentir minhas bochechas queimarem.

Tudo bem. Eu sou adulta e madura, consigo resolver isso. Apenas seja racional.

—No que você tanto pensa, Sweetheart ?- ele perguntou, sentindo minha tensão.

—Num modo de concertar isso- disse, me levantando, segurando o lençol a minha volta- mas a verdade é que isso aconteceria de qualquer forma. Eu tenho...sentimentos por você, estou cansada de negar isso.

—Então você esta desistindo de se manter longe ?- ele se aproximou lentamente, tentando compreender.

—Como se isso estivesse funcionando- sorri- estou mudando de estratégia, mas tenho algumas condições.

—Quais ?- ele parecia surpreso, ainda um pouco em duvida.

—Sem jogos, ameças, ou mentiras - declarei, aquilo era aceitável, pelo menos para mim.

Ele acariciou minha bochechas, fixando seu olhar no meu. Não sei o que ele procurava, mas parece satisfeito com o que encontrou. Ele me beijou, apenas um tocar de lábios, suave e carinhoso.

—Tudo bem- ele concordou.

Foi a minha vez de ficar surpresa, encarei ele a espera de uma risada ou de alguma ironia. Mas nada aconteceu, ele continuou a me fitar com aquele brilho novo no olhar.

—Fácil assim, qual é a pegadinha ?- desconfiei, afinal ele ainda era Klaus Mikaelson.

Eu quero você, Sweetheart—ele disse numa simplicidade de tirar o fôlego- aceito qualquer condição para que você seja minha.

...

—Isso é um ótimo avanço para você - parabenizei Charlie- continue assim e não terá mais problemas.

—Isso é muito bom de se ouvir - ele sorriu - obrigada.

—Bem, então até a próxima sessão- disse, acompanhando ele até a porta.

O dia de hoje era um dos melhores que eu já tive desde que cheguei em Nova Orleans. Nem mesmo todas aquelas fichas de pacientes bagunçadas sobre minha mesa me desanimaram.

Estranhei as batidas na porta, que eu lembre só atenderia depois do almoço.

—Pode entrar- disse, ainda tentando dar um jeito naquela bagunça.

—Espero não estar te interrompendo - Elijah disse, se sentando na cadeira a minha frente.

—De modo algum - sorri.

—Pelo que vejo, Niklaus não é o único de bom humor hoje- ele observou.

—Você já foi mais direto Elijah - disse, deixando os papéis de lado - apenas pergunte.

—Acho que já tenho minha resposta - ele sorriu- você tem certeza do que está fazendo ?

—Talvez, Klaus vem me surpreendendo ultimamente - disse sincera- não sei se vai dar certo, e bem provável que eu quebre a cara, mas tudo bem, não estou preocupada com isso agora.

—Apenas, tome cuidado -ele pediu cuidadoso.

—Sempre- garanti- como ele está ?

—Estranhamente feliz - Elijah disse meio incrédulo - não o vejo assim a muito tempo.

—Isso também é novo pra mim- admiti- só espero que não termine rápido demais.

—Você consegue fazer milagres, April - ele incentivou- tenha um pouco mais de esperança em si mesma.

...

Depois de me despedir de Elijah segui para o restaurante. Decidi que um almoço juntos era o inicio perfeito, Klaus aceitou rapidamente.

Nos primeiros dez minutos  me forcei a acreditar que ele estava apenas atrasado. Quando completou meio hora, almocei sozinha e muito irritada. Será que ele se arrependeu tão rápido assim ?

Tentei me manter calma, om toda certeza ele teria uma boa desculpa.

Eu tinha minhas responsabilidades, eu tinha que me dedicar ao meu trabalho. Passei longas horas na minha sala, mantendo minha concentração nos meus pacientes.

Depois de um longo dia de trabalho, suspirei aliviada quando finalmente tive a chance de me jogar no me sofá e relaxar.

—Você tem algo contra bater na porta ? - perguntei, quando ele surgiu no meio do meu apartamento.

Eu estava pronta pra demonstrar o quanto estava irritada, mas então encontrei seu olhar. Algo estava muito errado.

—O que aconteceu ? Você está bem ?- caminhei até ele.

Sua jaqueta estava suja de sangue, toquei ele, em busca de algum ferimento. Com certo alivio, percebi que o sangue não era dele.

—Minha mãe e Mikael estão de volta a vida - ele disse sério.

Eu sabia a profundidade dos sentimentos mal resolvidos que envolviam seus pais. Ele estava claramente perturbado.

—O que aconteceu?- murmurei.

Ele apenas me olhou, entendi a gravidade da situação. Algo muito ruim aconteceu para deixa-lo naquele estado. Tirei sua jaqueta e a joguei no chão.

—Não vou permitir que nada aconteça a você- ele segurou meu rosto com as duas mãos, como se eu fosse uma peça preciosa- nunca.

—Eu sei que sim - sorri, tentando conforta-lo.

Beijei ele, sem gentileza nenhuma, era apenas necessidade, urgência.

Ele retribui na mesma intensidade, deixando transparecer naqueles toques toda a paixão que sentia, revelando silenciosamente que estaria comigo, não importa o que acontecesse.

DarkSide ♦ The OriginalsOnde histórias criam vida. Descubra agora