Precisamos conversar

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Acordei completamente assustada e me sentei em um pulo na grande cama, olhei em volta tentando lembrar onde estava. Minha respiração começou a ficar mais rápida e desesperada, levantei-me rapidamente tentando me orientar em meio a pouca claridade que aquele quarto estranho se encontrava.

Dirigi-me a grande janela que pendia cortinas enormes e grossas. Com medo e desconfiada toquei-as e tentei juntar coragem para abri-las e saber onde estava.

''Respira fundo Diana, tenha coragem!'' - Disse para mim mesma enquanto observava o quarto.

Puxei com mais força do que imaginei a grande cortina, fazendo um ruído esquisito que me deu um arrepio na espinha. Observei do lado de fora e me surpreendi com a lua extremamente grande e brilhosa, e as casas eram de certa forma esquisitas, nada estava aceso e era possível ouvir barulho de ondas ali perto.

O desespero começou a tomar conta de mim, onde eu estava? Não é New York! Não pode ser! Não posso estar longe de casa, não posso... Olhei para a cama e encontrei meu cobertor favorito, se ele estava aqui então quer dizer que não estava em uma enrascada total, ou quem sabe?

O quarto estava meio escuro, mas era possível ver que o céu estava clareando. Voltei para a cama me enrolando na coberta e tentando não pensar nos malditos pesadelos que eu tive, deitei-me de lado e fechei os olhos tentando reorganizar meus pensamentos, talvez apenas estivesse sonhando de novo.

''Isso não é real''

Repetia freneticamente tentando conter os flashes de lembranças e do pesadelo, eles me perseguiam. Minha mandíbula estava dolorida da força que eu fazia com meus dentes tentando achar nesse ato uma forma de me lembrar onde eu estava e jogar fora todos os flashes na minha possível lixeira mental.

Abri os olhos e puxei a coberta olhando novamente em volta, agora eu sabia onde estava. Asgard!

- Acabei chegando ali através de um vórtice e agora eu preciso escolher bem meus passos, ainda sou uma ''ameaça'' aqui. Thor e Odin podem dizer que confiam em mim, mas eu devo confiar neles? Não! Não posso confiar em ninguém além de mim mesma, aprendi isso a mais de quatro anos atrás. – Repeti para mim mesma como um mantra.

Apesar de tudo eu preciso manter o foco, ainda tenho uma missão neste lugar e quando completpá-la posso pedir algo em troca, minha volta para a Terra.

A estrondosa risada de Volstagg entrou por meus ouvidos quase me dando um mini ataque cardíaco tamanho o susto que tive, olhei em volta. A mesa do café estava posta e ao meu lado se encontrava Thor levantando sua xícara e jogando-a no chão e gritando ''Mais um'' fazendo todos na mesa rir. Meus olhos encontraram Lady Sif que tomava seu hidromel tentando esconder o sorriso do qual a deixava extremamente bonita, aliás todas as mulheres de Asgard eram tão elegantes e donas de um beleza extraordinária o qual me deixava com a auto estima depois do chão.

Ela mantinha seu olhar com aquela expressão de adoração para Thor, é bem visível o quanto ela sente uma atração muito forte por ele, o que é bem óbvio porque o asgardiano loiro tem borogodó.

Peguei algo na mesa tentando comer apesar de estar sem fome, a risada de Volstagg parou e o silêncio se instalou na mesa enquanto eu colocava algumas coisas em meu prato. Levantei meu olhar e percebi que todos que estavam à mesa pararam para me observar:

- O que houve? – Disse constrangida

- É o que nós queremos saber, Diana. – Disse Frandal de forma direta.

- Não estou entendendo. – Tentei desconversar

Lady Sif finalmente tirou os olhos de Thor e me analisou de cima a baixo com um olhar de preocupação, eu realmente gostava dela. No jantar nós conversamos o suficiente para eu crer que ela pode se tornar uma pessoa especial.

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