O que diabos você fez, asgardiano?

234 18 1
                                    


A risada grossa de Odin me fez revirar os olhos, me encontrava inquieta no palácio tentando de alguma forma convencer o velho barbudo a me deixar voltar para Midgard, era meio explícito que minha missão aqui já havia sido cumprida, então nada mais justo do que voltar de onde vim como um pagamento.

O Pai de Todos voltou a ficar sério observando toda a minha euforia para zarpar daquele planeta e finalmente voltar para a Terra. Devo estar muito encrencada na faculdade, e se meu rosto estiver em jornais? O diretor deve estar me procurando igual um condenado, ou não, ele já não ia muito com a minha cara e fazia o favor de atrasar meu salário quase todo o mês, bom, talvez ninguém estivesse me procurando - pensei.

Todavia alguém tomou minha mente, aquele maldito. Será que o diretor havia informado a ele sobre meu chá de sumiço? Se aquela besta ambulante chamada Sr. Rullen tivesse comunicado ele, talvez eu estivesse sim sendo procurada e com muito fervor. Levei um de meus dedos a boca roendo a unha de ansiedade, eu precisava, sem dúvidas, voltar para New York.

Odin tagarelava em cima do trono se referindo a Loki e a mim, mas eu só conseguia pensar se ele, meu maldito ex namorado, estivesse procurando por mim em qualquer lugar da Terra. Eu sabia que ele tinha acessos para isso e nesse instante ele devia estar se descabelando para me encontrar, bom, mas nem pense que isso de longe seja romântico.

- Diana! - Odin esbravejou chamando minha atenção. - Você quer seu pagamento, mas se encontra presa em seus devaneios enquanto eu lhe ofereço uma proposta.

- Espere, que proposta? - Respondo interessada apagando New York, Sr. Rullen e ele da minha mente naquele momento.

- Bom, eu iria propor que ficasse mais um tempo aqui, ou então que se mudasse para Asgard permanentemente, e te recompensaria de outra forma, você se tornaria uma nobre. - Ele disse sorrindo verdadeiramente para mim.

O que? Odin achava que eu aceitaria um pagamento desse? Na verdade não é ruim (é maravilhoso), mas não posso aceitar. Tenho deveres e obrigações em New York, e principalmente com a faculdade, eu sei que quando chegar lá não me sentirei como me sinto aqui, e nem terei Thor, Sif, Frandall e Volstagg para me divertir e ser tão amorosos comigo.

Minha expressão, com toda a certeza, mudou e fiquei triste ao pensar que de onde eu vim as únicas pessoas que me fizeram sentir em casa foram meus pais e ele, todavia meus pais foram tirados de mim, e ele? Ele foi...

- Diana! - Odin esbravejou novamente me fazendo voltar minha atenção a ele. - Eu já lhe dei minha proposta e ainda continua viajando. - Ele riu e completou. - Será que anda apaixonada?

O quê? Mas o que esse Papai Noel de uma figa está querendo dizer? Ele me lançou um olhar um tanto malicioso, me fazendo lembrar de seu sorriso extremamente satisfeito no baile de Frigga, quando eu e Loki dançamos. Mas que diabos, Odin está insinuando que eu estou apaixonada pelo asgardiano de roupa verde - a cor é bem bonita, não posso negar.- Não acredito nisso.

- O quê? Mas... É claro que... Não! - Gaguejei algumas vezes, droga. Mas pelo menos enfatizei o ''Não''.

O Pai de Todos continuou sorrindo daquela forma para mim e eu revirei os olhos tentando tirar de onde não tinha - naquele momento - confiança.

- Se não está apaixonada, então porque quer voltar para Midgard o mais rápido possível? Isso me parece mais uma fuga do que uma visita à sua casa. - Disse me fazendo corar um pouco, é claro que ele perceberia que eu estava afim de fugir daqui.

Maldito papai noel que mata as charadas rapidamente... Mas ei, eu não estou apaixonada pelo Loki, não mesmo!

Fechei minha expressão e tentei de alguma forma manter o tom sério, sem me deixar levar pela fúria que já me tomava, graças aos comentários de Odin.

RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora