Everything's gonna be alright

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Aqui está o mais profundo segredo que ninguém sabe (aqui está a raiz da raiz e o broto do broto e o céu do céu de uma árvore chamada vida; que cresce maior do que a alma pode esperar ou a mente pode esconder) e esta é a maravilha que mantém as estrelas separadas Eu carrego seu coração (eu o levo no meu coração) — De Eu carrego seu coração comigo (eu o carrego), um poema de E. E. Cummings, proibido, listado na Compilação Compreensiva de Palavras e Ideias Perigosas – www.ccpid.gov.org

Quando eu acordo novamente, é porque alguém está repetindo o meu nome. Como eu luto por consciência e vejo tufos de cabelos loiros, como uma áurea, e por um momento confuso acho que talvez eu morri. Talvez os cientistas estivessem errados e o céu não é apenas para a cura. Então as características de Dinah ficam mais visíveis, e percebo que ela está inclinada sobre mim.

- Você está acordada? - Ela está dizendo. - Você pode me ouvir? - Eu solto um gemido e ela se senta um pouco para trás, exalando. - Graças a Deus. - Diz ela. Ela continua a manter sua voz em um sussurro e ela parece assustada. – Você estava tão quieta que eu pensei por um minuto que você... - Ela não termina. - Como você se sente?

- Merda. - Eu resmungo em voz alta, e Dinah estremece e olha por cima do ombro.

Eu noto uma sombra esvoaçando do lado de fora da porta do quarto. É claro. Sua visita está sendo monitorada. Ou isso, ou alguém está de guarda 24 horas por dia. Provavelmente ambos. Minha dor de cabeça está um pouco melhor, pelo menos, embora agora haja uma dor lancinante em ambos os meus ombros. Eu ainda estou muito grogue, e eu tento ajustar minha posição antes de lembrar de Clara e Sofia, e o fio de nylon, e percebendo que ambos os meus braços são esticados acima da minha cabeça e garantidos na cabeceira da cama, como um verdadeiro prisioneiro honesto-a-Deus. A raiva vem de novo, ondas de raiva, seguida pelo pânico quando eu lembro o que Clara disse: meu procedimento foi movido para domingo de manhã. Eu giro minha cabeça para um lado. A luz solar corre através das cortinas do plástico fino, que foram sacados sobre as janelas, iluminando partículas de pó no quarto.

- Que horas são? - Eu me esforço para sentar e grito assim que os cabos entram mais fundo em meus pulsos. - Que dia é hoje?

- Shhh. - Dinah me pressiona de volta contra a cama, segurando-me lá assim que eu me contorço debaixo dela. - É sábado. Três horas.

- Você não entende. - Cada palavra arranhando contra a minha garganta. - Eles estão me levando para os laboratórios amanhã. Eles adiantaram meu procedimento...

- Eu sei. Eu ouvi. – Dinah está me olhando atentamente, como se ela estivesse tentando me comunicar algo importante. - Eu vim assim que pude.

Mesmo a luta breve me deixou exausta. Eu afundo de volta contra os travesseiros. Meu braço esquerdo está totalmente dormente de ser elevado durante toda a noite e a dormência escoa através de mim, minhas entranhas transformando-se em gelo. Sem esperança. A coisa toda é impossível. Perdi Lauren para sempre.

- Como você ficou sabendo? - Pergunto a Dinah.

- Todo mundo está falando sobre isso. - Ela se levanta, vai para a sua mochila, e vasculha antes de retirar uma garrafa de água. Então ela volta e se ajoelha ao lado da cama, então estamos olho a olho. - Beba isto. - Diz ela. - Vai fazer você se sentir melhor. - Ela tem que segurar a garrafa aos lábios como se eu fosse uma criança. Meio constrangedor, mas não me importo.

A água mata um pouco do fogo na minha garganta. Ela está certa, me faz sentir um pouco melhor.

- As pessoas sabem... eles estão dizendo...? - Eu lambo os meus lábios e atiro um olhar sobre o ombro de Dinah. A sombra está lá, quando ele muda de posição, eu vejo um lampejo de um avental de doce-listrado. Eu coloco a minha voz em um sussurro. - Eles estão dizendo quem...?

My Only DeliriumOnde histórias criam vida. Descubra agora