Hallejuah (Misaki)

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Olá pessoas, tem uma música nesse capitulo, eu coloquei o vídeo do áudio aqui em cima caso queiram escutar. Só para vocês terem uma noção de como é a melodia. Então quando quiserem ouvi-la na hora certa no capítulo, eu avisarei, coloquei um "Play" antes. 

Divirtam-se <3

 Eu estava em espavento por ter encontrado Mary ali, a sua mãe, que é a minha cardiologista, e a sua irmã, que é a menina que me deu o lindo colar de pedra azul, é estranhamente súbito! Passaríamos dois dias juntas, eu estava com muito medo de a sua família contar sobre a minha doença e eu estava com mais medo de passar mal na frente de Mary, já que noite passada eu não estava sentindo-me muito bem e por estar sofrendo muitas emoções ultimamente. Mas fiquei com menos temor quando Dona Glória chamou-me para conversar a sós. Ela me disse que percebeu algo a mais acontecendo comigo e com a sua filha e que Hanna havia a contado , no dia da minha consulta, que eu não gostava que as pessoas soubessem da minha insuficiência, por isso ela me assegurou que não iria contar para ninguém, nem Dona Betânia, que havia sido chamada na conversa. Segundo a avó de Mary, ela sabia que não era somente amizade o sentimento entre mim e sua neta e que entendia os meus motivos para não contar sobre o meu problema. Porém, eu não pude deixar de notar como a senhora olhava para o meu colar, parecia que ela estava espantada ou curiosa com aquilo. Será que Dona Betânia deu esse colar para a sua neta mais nova? Espero que não.

Quando deram quinze para meia noite, resolvo ligar para minha mãe.

-Oi mãe, tudo bem com a senhora?

-Sim filha, como está se sentindo? –A sua voz era de fadiga, sabia que tinha algo errado.

-Estou bem mãe, estamos passando o Ano Novo na casa da família de uma amiga que também é brasileira. É muito bonito aqui.

-Que bom que está gostando. Aqui está tudo calmo, resolvemos não comemorar esse ano.

-Entendo, mas você e o papai deveriam sair um pouco, descansar, ver os fogos. O papai está em casa?

-Sim, quer falar com ele? –Nossa, fiquei surpresa e feliz por papai estar em casa no Ano Novo, geralmente ele trabalha o triplo nessa época.

-Quero sim mãe.

Demorou alguns segundos para meu pai atender.

-Oi minha pequena, está tudo bem?

Poxa, sua voz também estava atordoada, mais do que a de minha mãe.

-Sim, está sim. Mas o senhor e a mamãe parecem não estar muito bens, aconteceu alguma coisa? –Pergunto preocupada.

-Não aconteceu nada, está tudo bem.

-Pai, eu sei quando o senhor mente, me diga logo, é melhor.

Ele suspirou fundo.

-Está tudo bem, logo estaremos ai também.

-Assim espero, vocês vão gostar daqui.

Ficamos conversando ate dar meia noite. Quando bateu a hora, desejamos feliz Ano Novo e consegui ouvir minha mãe fungar do outro lado da linha, isso me fez lagrimar e dar um nó na garganta, mas eu sabia que não podia chorar, pois seria mais doloroso para ela. Desligamos o telefone e eu brindei com o resto do pessoal, desejando com mais força o que eu escrevi no papel da Árvore dos desejos e tentando convencer-me a mim mesma de que tudo ficaria bem.

Depois de desejar um Feliz 2016 para quase todo mundo, ainda faltava Mary.

-Feliz Ano Novo. –Disse aproximando-me dela.

-Feliz Ano Novo.

Abraçamos-nos fortemente.

-Está tudo bem? –Ela pergunta olhando para meus olhos. –Você parece triste, diferente de antes.

O destino ao nosso lado(Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora