Fantasma? (Mary)

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No dia seguinte, estávamos em uma movimentação só, pois antes que Misaki saísse teria que fazer os últimos exames e ainda tirar uma grande quantidade de sangue. 500 ML, para ser mais exata.

-Muito bem Mei, vamos tirar uma boa quantidade de sangue agora. Você terá de aguentar, pois ficará muito fraca, logo em seguida irá fazer o resto dos exames e estes não podem ser feitos com barriga cheia, você acha que consegue? –Pergunta Clotilde, que estava toda de branco, usando luvas e com a agulha na mão.

-Sim, eu já fiz isso antes, aguento.

-Muito bom, vamos começar então.

Demorou cerca de 20 minutos para que toda a quantidade de sangue fosse retirada, fiquei a todo o momento ao lado de Mei tentando a distrair conversando com ela. Quando tudo acabou, ela já estava liberada para ir embora, juntei nossas coisas, arrumei o quarto e liguei para a sua irmã ir busca-la. Enquanto a esperávamos, peguei o almoço de Misaki e, depois de ter almoçado, fomos dar tchau para as crianças.

-Meiiiii. Maryyyy. –Erick e John gritaram em uníssono enquanto corriam em nossa direção.

-Oi garotão. –Mei carregou o mais novo em seu colo alisando a sua carequinha. –Feliz em nos ver?

-MUITO. –Grita.

-Mary, eu soube que vocês já vão embora. –Diz Erick cabisbaixo, o mesmo estava em meu colo.

John e o mais velho fazem um enorme bico, percebi a tristeza e a pena nos olhos de Mei. Não aguentei a cara de desolação dos três, aquilo doía muito.

-Hey, mas nós vamos visita-los toda semana, tudo bem? –Acaricio o rosto da pessoinha em meu colo.

Misaki logo dá um largo sorriso ao ouvir o que eu acabara de dizer, não só ela, mas os dois garotinhos também. Brincamos um pouco com as crianças até que Hanna ligou-me avisando que já estava na recepção. Despedimo-nos de todos e fomos ao seu encontro.

-Hanna. –A chamamos e a mesma veio em nossa direção.

As duas irmãs se envolveram em um longo abraço com vários beijinhos pelo o rosto.

-Mary. –Hanna me chama. –Você quer carona para casa?

-Não, eu posso pegar um taxi, não precisa se incomodar.

-Mas não é incomodo, aliás. –Sorri. –meus pais querem falar com você. –Franzi o cenho confusa, Mei fez o mesmo. –Vamos? Depois eu te deixo em casa.

-Tudo bem, eu aceito.

O caminho para a casa de Misaki foi silencioso e um pouco longo o que me fez ficar preocupada, pois é muito longe caso ela tenha alguma crise e precise urgentemente ir ao hospital.

Paramos na frente de uma casa pequena, com uma linda varanda na lateral. As portas e janelas eram de vidro, mas o físico era todo feito de madeira. Também havia um pequeno jardim na frente. –Mas este estava muito mal cuidado.

-Chegamos Mary. Nossa casinha é pequena, mas acolhedora. –Diz a irmã de Mei.

Sorriu em simpatia e saiu do carro.

-Imagina, a sua casa é muito bonita.

-Obrigada.

Segui-a até a porta levando algumas coisas de Misaki. Quando entramos na residência, olhei-a observando e analisando todos os detalhes, é uma casa simples, mas muito bem arrumada. Os pais delas estavam sentados na sala a nossa espera, logo quando nos viu cumprimentaram-nos.

O destino ao nosso lado(Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora