Cap 12

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[Kira]

Math e eu saímos da alcateia, depois de breves minutos à espera que eles parassem de falar.

- o que é que o Alfa queria contigo?- perguntei com alguma curiosidade na cabeça.

- ele já te diz.

Caminhamos o resto do caminho em silêncio. Estava a ficar cansado de tanto andar. Senti-me um pouco e cossei a minha orelha.
Math olhou para mim e deu uma risada pequena.

- sabes quem me fizeste lembrar agora?

- quem?

- o Spring e a Mys, os dois têm a mesma forma de se coçar.

Continuamos a andar agora com a conversa mais animada.
Chegamos a uma pequena estrada. Math voltou para a sua forma humana.
Eu não queria fazer aquilo. Era demasiado humilhador.

- olha Kira, tu não podes passar a estrada s-

-não vou fazê-lo.- enterrompi-a

Ela pegou-me ao colo e pôs nos seus braços. Os meus olhos não paravam de olhar para tanta beleza que ela carregava.

- És linda.

- quem? Eu?

- Sim!

- Obrigado. Bem é aqui!

Ela pós me no chão e abriu a porta. Já à primeira vista, aquilo era enorme. Eu sentia-me minúsculo ali.
Uma torneira se abriu.

- Demoraram, não?- a voz do Alfa ouviu-se do andar de cima.

- Tivemos umas paragens.

Spring desceu aquelas escadas e olhou para a Math. Ela, por sua vez, subiu-as, deixando-me sozinho com ele. Agora sim estava com medo.

- Primeiro que tudo, Kira. Detransforma-te.

- eu não podia de respeitar uma ordem do Alfa. Fiz o que ele me mandou- sim.

Senti-me numa daquelas cadeiras da cozinha e olhei para a taça de fruta. Estava mesmo a apetecer alguma coisa.

- Queres alguma coisa?

- Sim. Posso tirar?

- vai.

Retirei uma maçã e comecei a comê-la.
Olhei para o Alfa e recebi um olhar triste e nervoso. O que poderia ser tão importante assim?
Ele sentou-se na outra cadeira à minha frente e aqueceu as suas mãos.

- Kira... Eu não sei como ei de te dizer isto.

-Diz.- estava curioso. Então a minha voz entusiasmou-se automaticamente.

- Kira. Eu encontrei a tua mãe.- ele olhou-me nos olhos.

Mil e uma perguntas vinham-me à cabeça. Se ela estava bem, onde é que ela estava. Posso ir vê-la.
Um sorriso estampou-se na minha cara.

- Onde é que ela está?!- disse ainda mais alegre por saber que a minha mãe estava viva.

-...

Ele calou-se e olhou-me ainda mais triste. A minha cabeça já tinha decifrado o que ele tinha para me dizer. Mas eu não queria acreditar.
Ela não podia estar morta!

- não! Diz me que ela está bem. Diz que é só uma partida!

- lamento muito, Kira. Ela disse que te amava muito.

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