Capitulo 4

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Angela Thompson

No dia seguinte, resolvi levantar bem cedo, teria que ajudar meu pai a resolver isso, ainda nao sei bem o que fazer, mas tenho algumas opções.

-- Vamos pai, para de enrolar. - Gritei da sala.

-- Desculpa filha. - disse ele deçendo as escadas e passando por mim.

Meu pai foi ao banco ontem, tentar pegar emprestimos no seu nome, mas ele ja fez muito isso e o banco acabou recusando, entao resolvi tentar fazer o emprestimo no meu nome, e estou torcendo muito para que consiga e meu pai realmente pare com seu vicio dessa vez.

-- Mas como assim meu emprestimo nao foi autorizado ? - falei indignada com o gerente do meu banco.

-- Senhorita Angela, seu pai ja nos pediu varios emprestimos, e isso nao a favorece.

-- Mas ele pagou a todos os emprestimos.

-- Sim, mas somente depois de um acordo, sinto muito senhorita, mas dessa vez nao podemos os ajudar.

Sai da agencia bancaria com muita raiva, eu tinha que fazer alguma coisa, sei que a vida do meu pai realmente estará correndo perigo dessa vez. E eu nao posso o perder, nao estou preparada para isso.

Infelizmente deu o horario de ir trabalhar, entao me despedi do meu pai e segui até a loja, cheguei dez minutos adiantada e fui direto me trocar e por o uniforme.

O dia na loja foi bem corrido graças a promoções de inverno que a Cristhina colocou de ultima hora, isso fez com que eu nao pensasse muito nos meus problemas, mas com o fim do espediente, nao tive outra escolha, teria que fazer a grande coisa que eu mas temia.

Pedir o dinheiro para a Cristhina.

-- Cristhina - falei abrindo um pouco a porta da sua sala.

-- Entre Angela. - ela só me chamava assim quando estava de bom humor, e talvez isso seja bom hoje.

Entrei na sala e me sentei na cadeira em frente a sua mesa, encarei as maos por um tempo, pensando no que iriar falar a ela, pois nao faço a minima ideia.

-- Fale logo de uma vez garota. - disse ela ignorante como sempre.

-- Eu sei que parece loucura, mas se eu realmente nao estivesse precisando, pode apostar que eu nao estaria lhe pedindo. - fiz um pequeno discurso rodeando o que eu queria.

-- Quanto voce quer ? - disse ela diretamente me surpreendendo.

-- Meio milhao de dolares ? - suou mais como uma pergunta do que um pedido.

Ela começou a rir descontroladamente, e aquilo ja estava começando a me incomodar.

-- Voce está louca garota ? - senti minhas bochechas queimarem de vergonha. - Acha mesmo que se eu estivesse todo esse dinheiro, eu estaria aqui nessa loja ? - Assenti que nao com a cabeça. - Otimo, agora que passou seu momento de desvaneio, pode se retirar.

E foi o que fiz, eu realmente devo está louca, desesperada, ou usando alguma droga muito letal, para achar que a Cristhina teria esse dinheiro, e mesmo que estivesse, tenho certeza que mesmo sendo um caso de vida ou morte, ela nunca me emprestaria uma quantia absurda dessa.

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Isso estava realmente me deixando louca, tinha 3 dias sem dormir, e a cada dia que passava, eu ficava com mais olheiras e mais cansada, fizemos de tudo para conseguir dinheiro, a Britany até conseguiu cinco mil emprestado com o namorado dela e mais três mil com seu chefe. A Charllote conseguiu quatro mil com uns amigos, meu pai conseguiu apenas dois mil, pois seus poucos amigos estavam cansados de lhe emprestar seu dinheiro.

E eu ? Bom eu tentei falar novamente com a Cristhina e ela me emprestou três mil e quinhentos, o que me surpreendeu muito, a claro consegui dois mil com minha amiga ( Bruna Owsen ) eu nao sei como ela conseguiu me arrumar, pois a vida dela nao é muito diferente da minha, mas como somos amigas desde criança, e sempre nos ajudamos, ela disse que daria um jeito, e deu, se desculpou horrores por nao ter conseguido arrumar mais, mas que culpa tem ela ? Ela ja fez muito por mim, mesmo sabendo que seria dificil eu consegui lhe pagar.

Também vendemos alguns eletrodomesticos de casa, e alguns moveis. Mas foi tudo muito barato o que rendeu apenas em três mil e duzentos, totalizando todo o dinheiro que conseguimos ficou em vinte e dois mil e setessentos dolares, isso nao chegou nem na metade do que precisamos o que me fez chorar muito.

Tinhamos um plano de dar esse dinheiro ao Otto Vaskz ( dono do cassino ) e lhe pedir um prazo maior para lhe pagar todo o restante, o que seria muito dificil de conseguir, pois ja tinhamos recorrido a todos os nosso amigos, conhecidos e patrões.

Eu sempre fui muito religiosa, entao essa noite antes de dormir pedir aos céus para nos ajudar, pedi de coração ao meu anjo da guarda ( Miguel ), para me dar forças para enfrentar mas essa batalha, e pedi com muita mas muita fé, para que amanhã no encontro do meu pai com o Otto, faça com que o Otto tenha um bom coração, entenda nossa vida e que nos der mais um periodo de tempo para lhe pagar.

E depois de todo o choro, finalmente consegui dormir.

Casada por ObrigaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora