Quando escolhi o jornalismo, queria apenas contar histórias. A possibilidade de ter meus textos publicados em um jornal sempre exerceu especial fascínio sobre mim. Imagina só. Você escreve e sabe que, no dia seguinte, milhares de leitores acompanharão suas palavras. Que escritor em início de carreira tem essa garantia de audiência?
Mas as histórias que um jornalista escreve não são suas. Ele se apropria do sofrimento alheio, da dor, das alegrias, das frustrações. Mergulhamos no universo de personagens reais e, não raro, sofremos com suas dores e agruras.
Jamais pensei em me envolver com crimes, viver situações de perigo. Quando percebi, simplesmente já havia sido levada. O verdadeiro jornalista tem um senso de justiça aguçado. Promover o bem e denunciar o ilícito são sua bandeira. Mas a sociedade nem imagina o preço que pagamos por isso.
Com o tempo, contar histórias se torna uma guerra diária. De você contra você. É sobre o quanto você aguenta. O quanto você resiste e está disposto a questionar o sistema. O quanto você ainda permite se indignar e gritar. Porque quando as instituições não funcionam, quando o cidadão se vê desamparado, sem recursos, é para a imprensa que ele pede ajuda.
CLARA GABO – Repórter do Diário Carioca
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PRIMEIRA PÁGINA - Conflito na Baiana
ActionEm uma trama acelerada, tensa e totalmente viciante, a denúncia de uma menina de 9 anos coloca a jovem repórter Clara Gabo diante de um crime brutal, que pode abalar as estruturas da Polícia Militar na cidade do Rio de Janeiro. Quando sua matéria g...