> CATHERINE <
Olhava para todo o lado, e só conseguia ver adolescentes com as hormonais demasiado descontroladas a roçarem-se uns nos outros, praticamente tudo estava em casais, desde rapazes com raparigas a homossexuais, estava sentada na porra de uma cadeira há 2 horas e o desespero já estava a tomar conta de mim, mas onde raio estava a Ally?
Procurei na casa de banho, em todos os quartos, no jardim, na cozinha e nada, ela simplesmente tinha desaparecido. Era claro que estava com algum rapaz, tal como a maioria das vezes, mas não podia estar dentro da casa, eu tinha corrido todos os cantos e visto algumas situações indesejadas apenas para a encontrar, e mesmo após tudo isso voltara à cadeira e ao meu tédio de pessoa anti-social.
A ally era aquele tipo de rapariga da claque popular, loira, com um rabo redondo que ninguém conseguia resistir. Tinha algo que conseguia cativar praticamente todos os rapazes na escola e como é óbvio, era demasiado social para ter amigos verdadeiros. À exceção da minha pessoa. Não sabia o que estava a fazer naquela festa, para ser sincera, ally obrigou-me a vir a toda a força, segundo ela eu precisava de me divertir, mas wow adivinhem, nem na melhor festa do ano eu conseguia ter algum tipo de diversão.
As horas passavam e eu continuava naquela cadeira sentada com o meu mojito na mão. Já tinha bebido pelo menos 3 daqueles mas o álcool estava a ser a minha única companhia esta noite. Sempre que algum rapaz vinha ter comigo tinha cara de ser entediante ou então pedia o número na ally, deixando-me claramente aborrecida. Só haviam duas hipóteses: ou eu estava feia como tudo ou cheirava muito mal.
O problema não é o exterior, é seres rude como o caralho. A minha consciência resmunga e concordo, ser rude era uma das minhas piores características.
Estava perdida na minha bebida quando sinto uns olhos avelã a queimarem-me a pele. O rapaz estava apenas a uns metros de mim mas não conseguia ver com clareza os traços da sua cara, embora me parecesse de algum modo bonito. Talvez conseguisse ser tão obscuro como eu esta noite e um arrepio percorre-me a espinha no segundo em que os nossos olhos se encontram. sorrio ligeiramente quando ele aponta para um casal a uns centímetros dele que estavam demasiado empolgados na sua relação e faz um sinal de nojo, como se estivesse a vomitar.
Wow, uma pessoa razoável parecia estar interessada em interagir comigo.
O casal tropeça caindo em cima do rapaz moreno e não consigo evitar uma gargalhada estridente sair da minha garganta quando ele se afasta atrapalhado fazendo os dois embriagados caírem no chão.
"talvez devesses sair daí." grito fazendo-lhe sinal para ele se aproximar para a cadeira ao meu lado e ele meio que sorri vindo na minha direção.
"mas o que é que se passa com as pessoas nesta festa? parecem todas ter a porra das hormonas a saírem-lhes pelos olhos" ele resmunga sentando-se e sorrio abertamente, como eu o compreendia
Quando sinto o seu perfume, o cheiro a erva e álcool á nossa volta parece atenuar muito significativamente. Não conseguia dizer qual era o perfume, obviamente não era uma experiente, mas acentava perfeitamente no moreno e mesmo não estando literalmente colada a ele inspiro o aroma agradável facilmente. O rapaz tinha a pele de um tom intermédio, não podia dizer que era molato mas não era tipicamente ingles, provavelmente era mesmo de outra etenia. Tinha umas calças pretas vestidas e uma camisa com quadrados pretos e cinzentos enrodilhada nas pontas. Era extremamente atraente assemelhando-se a uma modelo da Vogue. Era sem dúvida um dos rapazes mais bonitos que já tinha visto na minha vida
"Estou a sentir-me intimidado pelo teu olhar." Ele diz fazendo as minhas bochechas arderem e agradeço a deus que o local seja escuro, caso não fosse a cor vermelha das minhas bochechas ia estar demasiado realçada.

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unconditionally [a rescrever]
Fiksi Penggemar" talvez não esteja preparada para viver, talvez não tenha nascido para ser realmente alguém, talvez seja mais fácil se o mundo parar de girar, mas porquê? porque é que eu partilho estes pensamentos suicidas quando consigo encontrar pessoas que me a...