Capítulo XII - Cativante e exótico

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Beatrice

-Então todos concordam que os anos 70 devem ficar para o terceiro período? – Pergunto.

-Sim. – Dizem em uníssono.

-Será o final épico. – Catherine acrescenta.

-Muito bem. Agora: o tema deste período. Alguém atire um ano para o ar.

-Os 60? – Kira diz.

-Parece-me bem. – Comento. – O que acham? – Ninguém se pronuncia. – Temos, acima de tudo, de ter festas diferentes. Os 70 estão acordados. Depois podemos colocar algo como os 20, para mudar um pouco. Entendem-me?

-Porque não fazemos então os 60 neste período, os 20 no próximo e no final os 70? – Edwin intervém.

-Por mim. – Steve encolhe os ombros.

-Sim, parece-me bem. – Catherine concorda.

No final, todos parecem achar uma boa ideia.

-Então: anos 60. Anos 20. E anos 70? – Acenam um sim. – Perfeito. – Sorrio.

-Vamos então ao trabalho. – Catherine bate com as mãos nas pernas e aproxima-se da mesa. – Temos de pensar em duas grandes coisas: decoração e música. Essas são as nossas duas maiores preocupações. O que acham de nos dividirmos?

-Seria mais rápido, sim. – Kira concorda.

-Muito bem. Beatrice, Edwin, Thomas e John? – Pergunta-nos, olhamos uns para os outros e imediatamente acenamos um sim. – Podem ficar com a decoração.

-Ok.

-Eu, a Kira e o Steve, ficamos com a música.

-Talvez possamos já unir algumas ideias. – Kira propõe.

-Precisamos de comprar bastantes balões e fitas. – Digo. – E talvez fosse giro colocar nas paredes os símbolos da década. Sei lá filmes, tendências, bandas, movimentos, qualquer coisa. I love 60s – Crio a forma retangular de uma fita à minha frente.

Todos concordam, rindo.

-Música: os Beatles obviamente que vão aparecer. – Steve começa. – Mas depois podemos ir ver os hits da década, fazer uma lista, e ver se gostam.

-Tudo bem. – John fala.

-Muito bem, então acho que já estamos mais ou menos orientados. Vamos falando uns com os outros e dizendo aquilo que já temos, ok? – Catherine pergunta.

-Damos a revisão final na semana antes da festa? – Acenamos um sim a Kira.

-Então agora vamos acabar estes crepes maravilhosos. – Catherine dá o assunto como terminado por agora.

-Sim Edwin, este lugar é fixe. Por acaso não o conhecia – Thomas comenta. – Mas tu não eras de cá, pois não?

-Uhm, não. – Noto como engole em seco. Peço para que a conversa não ande muito mais e o faça ficar de novo de pé atrás. – Sou de Oregon. – Tenta sorrir. Pergunto-me, agora que sei que morreu cá em Misteroud Fells, se chegou a estar em Oregon.

-Tenho umas primas a viver lá! Aquilo até é fixe.

-Pois é. – Depois de Edwin responder, parece-me que o momento "Conhecendo o Edwin" dá-se como terminado.

Continuamos o nosso lanche, e de um momento para o outro, lembro-me que preciso de falar com Clayton. Estive a pensar esta tarde e se aquilo que Edwin me contou for verdade, e se o motivo por Clayton querer assim tanto voltar for para cumprir a sua missão e ter finalmente paz, então eu acho que não conseguirei viver com o peso na consciência de que o podia ter ajudado.

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