Beatrice
-Então todos concordam que os anos 70 devem ficar para o terceiro período? – Pergunto.
-Sim. – Dizem em uníssono.
-Será o final épico. – Catherine acrescenta.
-Muito bem. Agora: o tema deste período. Alguém atire um ano para o ar.
-Os 60? – Kira diz.
-Parece-me bem. – Comento. – O que acham? – Ninguém se pronuncia. – Temos, acima de tudo, de ter festas diferentes. Os 70 estão acordados. Depois podemos colocar algo como os 20, para mudar um pouco. Entendem-me?
-Porque não fazemos então os 60 neste período, os 20 no próximo e no final os 70? – Edwin intervém.
-Por mim. – Steve encolhe os ombros.
-Sim, parece-me bem. – Catherine concorda.
No final, todos parecem achar uma boa ideia.
-Então: anos 60. Anos 20. E anos 70? – Acenam um sim. – Perfeito. – Sorrio.
-Vamos então ao trabalho. – Catherine bate com as mãos nas pernas e aproxima-se da mesa. – Temos de pensar em duas grandes coisas: decoração e música. Essas são as nossas duas maiores preocupações. O que acham de nos dividirmos?
-Seria mais rápido, sim. – Kira concorda.
-Muito bem. Beatrice, Edwin, Thomas e John? – Pergunta-nos, olhamos uns para os outros e imediatamente acenamos um sim. – Podem ficar com a decoração.
-Ok.
-Eu, a Kira e o Steve, ficamos com a música.
-Talvez possamos já unir algumas ideias. – Kira propõe.
-Precisamos de comprar bastantes balões e fitas. – Digo. – E talvez fosse giro colocar nas paredes os símbolos da década. Sei lá filmes, tendências, bandas, movimentos, qualquer coisa. I love 60s – Crio a forma retangular de uma fita à minha frente.
Todos concordam, rindo.
-Música: os Beatles obviamente que vão aparecer. – Steve começa. – Mas depois podemos ir ver os hits da década, fazer uma lista, e ver se gostam.
-Tudo bem. – John fala.
-Muito bem, então acho que já estamos mais ou menos orientados. Vamos falando uns com os outros e dizendo aquilo que já temos, ok? – Catherine pergunta.
-Damos a revisão final na semana antes da festa? – Acenamos um sim a Kira.
-Então agora vamos acabar estes crepes maravilhosos. – Catherine dá o assunto como terminado por agora.
-Sim Edwin, este lugar é fixe. Por acaso não o conhecia – Thomas comenta. – Mas tu não eras de cá, pois não?
-Uhm, não. – Noto como engole em seco. Peço para que a conversa não ande muito mais e o faça ficar de novo de pé atrás. – Sou de Oregon. – Tenta sorrir. Pergunto-me, agora que sei que morreu cá em Misteroud Fells, se chegou a estar em Oregon.
-Tenho umas primas a viver lá! Aquilo até é fixe.
-Pois é. – Depois de Edwin responder, parece-me que o momento "Conhecendo o Edwin" dá-se como terminado.
Continuamos o nosso lanche, e de um momento para o outro, lembro-me que preciso de falar com Clayton. Estive a pensar esta tarde e se aquilo que Edwin me contou for verdade, e se o motivo por Clayton querer assim tanto voltar for para cumprir a sua missão e ter finalmente paz, então eu acho que não conseguirei viver com o peso na consciência de que o podia ter ajudado.
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the Contact
FantasyBeatrice Walker, uma estudante bem-sucedida e popular no seu grupo de amigos, prepara-se para o seu último ano na secundária de Misteroud Fells. Mas dentro da facilidade do dia-a-dia, ela tem de controlar o dom que nasceu no fruto da sua adolescênci...