25-Eu pago.

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Sexta 31/12/2016 02:09 AM

Eu estava tão furiosa que nem parei pra pensar que;

1-Era madrugada.

2-Eu estava a pé e sem dinheiro.

3- Não conhecia o lugar onde estava.

Assim que bati o portão senti meu coração doer, olhei para a casa e tentei pensar em quem é que estava mentindo; ele ou ela. Eu já tinha visto os dois juntos no shopping, e ele tinha a maldita chave da casa dela. Vi o carro da Julia ali, estacionado do lado de fora na rua e achei estranho.

- Mas... Mas o dela está na garagem.

Falei pensativa, olhei direito e vi que devia ser o carro de outra pessoa, já que o da Julia não tinha vidro fumê. E é claro; não era a mesma placa que o carro dela.

Caminhei rua abaixo parando na calçada para calçar meus sapatos que estavam na minha mão, meu cabelo estava molhado e molhava minha camisa, me fazendo tremer de frio.

Passava um filme na minha cabeça. A manhã que eu achei tão fofa dela me acordando a força, e usando comida pra isso. O almoço romântico, com direito a buquê de flores e tudo, e a pequena festa só com minhas amigas. Kate com Jorginho toda feliz, Paola sem o Fabio, graças a Deus, Nanda estava linda, Dani veio mas ficou 5 minutos e foi embora. E Fran, Natalia, Faby e as outras meninas do time. Eu havia adorado e agora esse cara aparecia assim.

-O que eu fiz pra merecer?

Gemi e continuei andando pelas ruas escuras desconhecidas por mim.

Sexta 31/12/2016 03:00am

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Eu estava dentro do meu carro rodando pelas ruas em desespero, era madrugada e a garota estava andando a esmo sem atender o celular. As coisas dela estavam ainda na minha casa então eu sabia que estava sem dinheiro.
Eu havia berrado com Márcio e ele acabou admitindo que estava lá á mando do meu pai, as chaves eram a cópia que meu pai tinha, eu nunca havia estado tão decepcionada com ele na vida. Depois do Marcio ter roubado meu celular e vazado as fotos da Léa, eu havia pego ódio dele. Pior ainda foi ter que admitir uma culpa que não minha, para não precisar explicar a péssima situação que eu estava.

Por fim eu expulsei Marcio, entrei em meu carro, e ele me viu acelerando para longe dali. Pelo retrovisor eu o vi entrando em seu BMW que estava estacionado na rua. Mas eu não encontrava a menina em lugar nenhum.

Já quase desistia quando a vi muito longe da minha casa sentada em um ponto de ônibus.

- Amor, vem cá.

Eu saí do meu carro largando a porta ainda aberta e a abracei forte.

-Não chora princesa.

-Me diz que você não tá com ele, por favor.

Ela soluçou em meus braços. A rua estava deserta e eu temia o perigo de estarmos assim sozinhas tão tarde.

-Eu não estou, foi tudo coisa do meu pai. Mas vem comigo, em casa eu te conto. Vamos pra nossa casa.

(...)
-Atchim!

-Eu sinto muito.

Falei preocupada enquanto tentava secar ao máximo os longos cabelos dela com a toalha antes de pegar o secador.

-Ainda tô com vontade de te matar, mas eu te amo. E espero que você tenha tirado as chaves da sua casa das mãos dele.

Disse com o nariz já congestionado, eu imediatamente parei o que fazia e me virei para olhar em seus olhos, Léa estava sentada entre as minhas pernas em cima da cama.

Até O FimOnde histórias criam vida. Descubra agora