33- Coragem

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Oie, hoje o capítulo tem uma novidade, to indicando a música da mídia pra ouvir durante a leitura, vai dar uma grande diferença.
Espero que o desfecho que começa aqui seja satisfatório.
Comentem, me deixem saber o que acharam!!

Fui...

(//)
Terça 07/02/2017   10:30am

-Não posso acreditar nisso, Léa!

- Nisso o que mãe?

Parei de arrumar minhas malas e a encarei.

- Vai mesmo querer ir morar com... Ele?

Disse com asco na voz. Ela estava se tornando uma mulher cada vez mais amarga. Eu ainda estava me recuperando do tiro, a polícia dizia estar tentando de tudo para encontrar o atirador, mas ainda nada havia sido feito. E Julia também havia sumido desde o dia que foi me visitar no hospital.

- Meu pai vem me buscar semana que vem. Hoje eu só quero descansar. Pode ser?

- Acho melhor a gente conversar filha...

Ela se aproximou tentando me convencer.

- Não mãe. Só por hoje... Me deixa em paz tá bom? Já passei por coisas demais.

- Mas Leandra você é minha filha! Precisa ficar ao meu lado!

- É por ser sua filha que eu preciso ir embora! Você não nota? Não percebe a bagunça que minha vida se tornou? Até um tiro eu levei e ainda nem sei o motivo! Podem ter tentado me matar, e você quer que eu permanessa aqui com um assassino a solta?

- Seja lá quem foi, será preso filha. Ele não vai ficar empune!

- Eu não vou esperar para ver.

- Léa vai me abandonar? Vai me deixar sozinha?

Ela começou a chorar, mas não me comoveu. Tentou segurar minha mão, mas eu puxei com violência. Ela me olhou com estranheza, virei as costas e respirei fundo.

- Mãe você me abandonou muito antes... Quando retirou as acusações do abuso que sofri só pra não pagar a dívida com a escola. Quando traiu meu pai e nos abandou, você me traiu também mãe. E me colocou em uma posição horrivel; precisei mentir pro meu pai!

- Filha eu não tive a intenção!

- TEVE SIM!

Gritei me virando de frente para ela. Eu respirava com violência, meus punhos fechados. Eu sentia meu coração bater forte.

- Filha?

- Não sou mais sua filha.

- Sempre serei sua mãe Léa.

- Então pensasse nisso antes e agisse como uma. Agora é tarde.

Me concentrei em respirar, ela sacudiu a cabeça e saiu deixando a porta aberta. Meu celular tocou e eu bati a porta com violência antes de atender a ligação.

Até O FimOnde histórias criam vida. Descubra agora