47- Mamy

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- Miguelito eu não acredito nisso! Que droga, MÃE ME AJUDA AQUI QUE O GUI SE SUJOU TODO!

- TÔ INDO!

- Meu Deus... que saudades de quando nessa casa se falava baixo.

- Ah papai. Toma aqui seu neto.

- Mas ele está nojento?!

- E daí? Continua sendo seu neto.

Falei deixando meu bebê no colo do meu pai, em menos de três minutos os dois estavam rindo, sem nem lembrar que Miguel estava coberto de babá. Eu estava correndo pra todo lado tentando preparar tudo, mamãe apareceu e levou ele para o quarto, papai se levantou e foi preparar o carro. Jorginho apareceu finalmente e me deu um beijo.

- Ainda não me acostumei com isso.

- Isso o que?

- Seu cabelo amor.

Ele havia cortado em estilo militar para trabalhar com meu pai, os cachos haviam sumido, mas o sorriso infantil e as covinhas permaneciam iguais.

- Está pronta amor?

- Sim. Vamos esperar a mamãe, ela foi limpar o Gui.

- Cadê suas amigas?

- Léa não sabe que estamos indo, Paola deu um jeito e está vindo pra cá, Nanda disse que não vai, Laís nos encontra lá. 

........

- Amiga a Léa vai matar a gente!

- Vai nada, ela vai entender que precisávamos ver ela se formando, todas nós estamos.

- Eu não sei, ela tem andado meio distante, o que acha Laís?

- Acho estranho. Tipo, a Danielle disse que iria ela vai mesmo?

- Não sei direito mas ela esta namorando uma garota eu não sei se ela viria...

- Elas terminaram faz um ano acho que já superaram. Ou não?

- Paola, você sabe tanto quanto eu...

- Sim. A crush insuperável da Lea é a Júlia, nunca foi a Dani.

- Deus me livre, bate nessa boca Laís!

- Kate você não gosta da loira, mas a sua melhor amiga gosta. Supera.

Revirei os olhos e me virei para a frente, a fim de nao comecar uma briga. Papai dirigia com cautela, eu estava no banco do carona ao seu lado e as meninas espremidas atrás. Mamãe ia em outro carro com Jorginho e o bebê, nos seguindo logo atrás.

- Chegamos!

Quase gritei ajimada. Agitada com a expectativa corri até Jorginho e peguei Miguel. Tocamos a campainha, olhei o céu a nossa volta, a noite ainda ia cair. Precisávamos nos arrumar e arrastar Léa para a própria formatura o mais rápido possível. O pai dela veio atender, mas ele já sabia que estávamos a caminho. Liberou nossa entrada silenciosamente, conforme íamos entrando, olhei pelos copos da casa procurando minha amiga, ela saiu da cozinha mordendo uma maçã e quase se engasgou com o susto.

- Ah não!!! - Deu um grito histérico vindo  correndo para nos abraçar. Em um segundo Miguel ja estava em seu colo a olhando  curioso, quando ele colocou a minúscula mãozinha no rosto da Léa, ela já não conseguiu segurar as lágrimas.  Miguel quase chorou junto sem entender o motivo da emoção.

- Não chora meu anjo! - Minha mãe a consolou em um abraço maternal.

- Mas ele está tão grande! Aí meninas... senti tantas saudades.

Até O FimOnde histórias criam vida. Descubra agora