- Tá frio né?
- Será que é porque ESTÁ FUCKIN NEVANDO LÁ FORA MADAME?
Falei pulando e gritando de tanta felicidade, estávamos ainda dentro do avião, ele aterrissaria em poucos minutos, o próprio piloto havia dito. Então nos preparamos.
Saímos do aeroporto direto para um hotel no centro de Hastings, um lugar aconchegante. E que chegamos em poucas horas.
Claro que ela não trabalhava na cidade, e sim no centro de Londres perto de Westminster. E lá nós iríamos alugar um apartamento em breve, eu só não entendi direito o motivos dela ter demorado meses pra não achar lugar melhor que um hotel. Fiquei confusa. Mas deixei passar.
- Quando vou saber onde você trabalha e o que faz?
- Sou professora horas. O que mais séria?
- Escola ainda?!
- Não. Tenho minha academia, sou personal trainner lá.
- Ah.. claro. É a dona. Como me surpreendi ainda?
Falei, ela me abraçou mas mal me tocou, já que eram casacos em cima de casacos para não passar frio. Mas seu celular tocou e ela desligou.
- Você nunca foi de tantos segredos o que tá acontecendo?
- Nada. Vamos logo está frio aqui fora.
Disse. E entramos em um táxi. Logo estávamos em um enorme prédio.
- Finalmente Júlia, temos reunião em meia hora...
- Reunião hoje? Não não. Acabei de chegar. Remarca.
Andamos um pouco e subimos uma escada espiral, todos me olhavam, menos os atletas que treinavam a nossa volta. Um tatame a alguns metros de mim alguém gritou antes de jogar o outro de costas no chão, em outro lugar dois lutavam boxe em um ringue. Onde ela me levou não dava pra ouvir muito o barulho, ela se sentou atrás de sua mesa e fez pose de mulher importante.
- Todos falam português?
- Só contrato brasileiros. Minha forma de por ordem no mundo, se for imigrante latino eu contrato, com bons salários e se estiver ilegal eu ajudo a legalizar. Coisa que tem ficado cada vez mais difícil.
- Entendi, então você está mesmo fazendo a diferença.
- Estou tentando. E você? Porque não vem aqui? Tem andado distante.
- Ah eu tenho andado distante?
Falei ríspida, ela não entendeu minha irritação de início. Eu revirei os olhos.
- Você some Júlia! Você não me toca! Q gente só se beijou meses atrás lá no Brasil.
- Ah então é isso? Eu disse que não te tocaria a não ser que você quisesse.
- Mas...
- Mas...?
- Não exagere. Você entendeu o não me agarrar mais é diferente de não me beijar.
- Então posso te beijar agora?
Ela estava estranha. E cada minuto eu me arrependia mais de ter vindo com ela.
- Posso?
Eu dei um beijo rápido em sua boca e tentei sair de perto, mas a me segurou, e me deu um longo e demorado beijo na boca, ouvimos alguém bater na porta. Uma garota extremamente palida e ofegante estava ali.
- Júlia, uma pessoa quer te ver.
- Estou ocupada.
Disse Júlia me olhando apaixonada sem notar a aflição da moça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Até O Fim
Teen FictionMe trouxe aqui só pra depois fugir de mim? - Eu não estou fugindo! - Você está correndo de mim Leandra! Isso na minha terra se chama fugir. - Eu não... Tentei argumentar, mas parei de andar e a olhei. Estavamos a uns bons metros de distância. - Eu...