50-London Baby!!!!

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- Tá frio né?

- Será que é porque ESTÁ FUCKIN NEVANDO LÁ FORA MADAME?

Falei pulando e gritando de tanta felicidade, estávamos ainda dentro do avião, ele aterrissaria em poucos minutos, o próprio piloto havia dito. Então nos preparamos.

Saímos do aeroporto direto para um hotel no centro de Hastings, um lugar aconchegante. E que chegamos em poucas horas.

Claro que ela não trabalhava na cidade, e sim no centro de Londres perto de Westminster. E lá nós iríamos alugar um apartamento em breve, eu só não entendi direito o motivos dela ter demorado meses pra não achar lugar melhor que um hotel. Fiquei confusa. Mas deixei passar.

- Quando vou saber onde você trabalha e o que faz?

- Sou professora horas. O que mais séria?

- Escola ainda?!

- Não. Tenho minha academia, sou personal trainner lá.

- Ah.. claro. É a dona. Como me surpreendi ainda?

Falei, ela me abraçou mas mal me tocou, já que eram casacos em cima de casacos para não passar frio. Mas seu celular tocou e ela desligou.

- Você nunca foi de tantos segredos o que tá acontecendo?

- Nada. Vamos logo está frio aqui fora.

Disse. E entramos em um táxi. Logo estávamos em um enorme prédio.

- Finalmente Júlia, temos reunião em meia hora...

- Reunião hoje? Não não. Acabei de chegar. Remarca.

Andamos um pouco e subimos uma escada espiral, todos me olhavam, menos os atletas que treinavam a nossa volta. Um tatame a alguns metros de mim alguém gritou  antes de jogar o outro de costas no chão, em outro lugar dois lutavam boxe em um ringue. Onde ela me levou não dava pra ouvir muito o barulho, ela se sentou atrás de sua mesa e fez pose de mulher importante.

- Todos falam português?

- Só contrato brasileiros. Minha forma de por ordem no mundo, se for imigrante latino eu contrato, com bons salários e se estiver ilegal eu ajudo a legalizar. Coisa que tem ficado cada vez mais difícil.

-  Entendi, então você está mesmo fazendo a diferença.

- Estou tentando. E você? Porque não vem aqui? Tem andado distante.

- Ah eu tenho andado distante?

Falei ríspida, ela não entendeu minha irritação de início. Eu revirei os olhos.

- Você some Júlia! Você não me toca! Q gente só se beijou meses atrás lá no Brasil.

- Ah então é isso? Eu disse que não te tocaria a não ser que você quisesse.

- Mas...

- Mas...?

- Não exagere. Você entendeu o não me agarrar mais é diferente de não me beijar.

- Então posso te beijar agora?

Ela estava estranha. E cada minuto eu me arrependia mais de ter vindo com ela.

- Posso?

Eu dei um beijo rápido em sua boca e tentei sair de perto, mas a me segurou, e me deu um longo e demorado beijo na boca, ouvimos alguém bater na porta. Uma garota extremamente palida e ofegante estava ali.

- Júlia, uma pessoa quer te ver.

- Estou ocupada.

Disse Júlia me olhando apaixonada sem notar a aflição da moça.

Até O FimOnde histórias criam vida. Descubra agora