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*Imagem acima da Jade

Miguel

Então é agora ou nunca.

Já faz um bom tempo que estou aqui, encostado nesse balcão, bebendo enquanto a observo dançar. Às vezes também chego a olhar para minha irmã, porém, a mais alguém que está olhando para ela, meu amigo Raul, então logo volto minha atenção para a garota de cabelos platinados, já que meus planos para hoje à noite são outros. Vejo quando a Jade fala ao seu ouvido e em seguida se afasta, provavelmente vai ao toalete tenho que conversar com ela mais tarde sobre essa quantidade absurda de álcool que ela está engolindo hoje, aqui. Com um sorriso no rosto, penso que enfim chegou o grande momento pelo o qual eu estava esperando, ansiosamente.

Deixo o copo na mesa e caminho em direção a Flávia. Paro atrás dela. Abraço-a por trás e tento seguir o ritmo que ela dançava. Afasto o seu cabelo para o lado e o seu cheiro preenche as minhas narinas. Beijo o seu pescoço e ela nem se incomoda com o meu ato, só continua a dançar como se eu nem estivesse ali. Passados alguns segundos desse jeito dançando com ela e distribuindo beijos em seu pescoço a viro para ficar de frente para mim. Encaro seus olhos escuros e ela também faz a mesma coisa comigo, por incrível que pareça. Percebo que ela não está sóbria, talvez nem eu mesmo esteja. Involuntariamente minha mão vai para o seu rosto. Ela fecha os olhos e espera que algo aconteça. Desço o meu olhar para os seus lábios e os admiro, eles são belos, logo mordo meus lábios, imaginando como seria toma-los para mim. Subo meu olhar novamente para o seu rosto e quando vou pôr fim tomar uma atitude para beija-la...

Ah, eu não acredito que vocês estão ficando e não me disseram nada Jade fala ao nosso lado, toda feliz, ao mesmo tempo em que percebo que ela se encontrava completamente bêbada.

Realmente a nossa conversa não pode passar de amanhã.

Flávia

O quê? Não! Não é isso que você está imaginando. Não está acontecendo nada entre a gente! Olho para Miguel e assim que nossos olhares se encontram ele vira a sua cabeça para o lado, meio constrangido, então volto a minha atenção para ela. Jade, você pode me deixar em casa? Já está tarde. Invento uma desculpa.

Você pode ir dormir lá em casa, se quiser. Mora só nos dois. Aponta para si e para o irmão, tentando me fazer mudar de ideia e aceitar ao que estava me propondo.

Olho para o Miguel novamente, do qual ainda continua com a cabeça virada para o lado. Devo está toda vermelha, pois nesse momento estou morrendo de vergonha. Como que eu quase ia sendo beijada por esse garoto?

Acho melhor não. Eu realmente quero ir para a minha casa dou ênfase, como para fazer ela entender que não vai ser hoje que eu vou dormir em sua residência.

Tá bom. Se dar por vencida. É, realmente essa festa já deu o que tinha que dar, vamos deixa-la Miguel fala com o seu irmão, e é nessa hora que ele vira o seu rosto e lhe encara.

Ok ele diz a ela, depois vira o seu rosto na minha direção, com a cara fechada.

Que é garoto, você que quis me beijar.

Jade pega na mão de cada um de nós e leva a gente para fora da festa. Entramos no carro com uma certa dificuldade. Miguel mais que depressa dar partida no mesmo e seguimos pelas ruas escuras e esquisitas, por conta de já ser tarde da noite. Passamos o caminho todo em silêncio, ninguém se comunicou um com o outro; a Jade estava dormindo, o Miguel dirigindo atentamente, ele de nós três era o que se encontrava extremamente bem, como se não tivesse bebido nem um pingo de bebida alcoólica, e já eu só queria poder me esconder e chegar logo em casa. Só percebi que tínhamos acabado de chegar quando ele parou o carro. Agradeci mentalmente por termos chegado tão rápido. Me despeço deles, pois como o carro parou a Jade acabou se acordando, e entro em casa.

Assim que abro a porta vejo só escuridão, com certeza a mamãe já foi dormir pensando que eu iria dormir na casa da Jade, de certa forma eu iria se não tivesse "rolado" aquilo. Subo para o meu quarto. Me jogo na cama e adormeço, com o vestido, o sapato alto e a maquiagem, tudo no meu corpo.

No outro dia, mesmo de ressaca me acordo para ir à universidade. Não posso faltar logo no segundo dia de aula, isso já era demais. Tomo um banho. Visto um vestido frouxo azul-claro e desço em direção a cozinha, do qual encontro minha mãe pondo a mesa.

Bom dia, mãe. Abraço-a por trás e lhe dou um beijo na bochecha.

Bom dia, filha. Ela olhava para mim, confusa. Não ouvi quando você chegou em casa ontem, pensei que iria dormir fora, querida. Você estava tão feliz ontem, mas se vinha de volta para casa, deveria ter me avisado. Eu teria lhe esperado afasta sua cadeira para o lado e se senta, logo preenchendo uma xicara com café preto.

Ah, mãe, é porque eu... eu decidi que era melhor dormir em casa mesmo dou uma mordida no meu pão.

Flávia, você bebeu ontem? Pergunta, arqueando uma sobrancelha. Está com cara de ressaca. Sorrio por ela dizer isso na minha cara e não querer me dar um sermão.

Sim, eu bebi e não estou só com a cara, eu realmente estou de ressaca, só não vou faltar a universidade hoje porque é o meu segundo dia de aula. Falando nisso eu tenho que ir, mãe. Despeço-me dela com um beijo no rosto e saio de casa.

Pego um ônibus para ir a faculdade. Ao chegar lá vou direto para a sala de aula.

Aconteceu o que eu já imaginava, a Jade faltou, mas também do jeito que ela estava ontem à noite... quer dizer, do jeito que nós estávamos ontem à noite.

Ah, céus, me dar coragem para enfrentar o dia de hoje. — Peço isso em pensamento, quando sou distraída pela voz do professor ecoando pela sala.

.......

Assim que a aula terminou, eu partir da universidade, pois a minha casa me chamava.

Ao chegar em casa, como não vejo ninguém de imediato, chamo pelos meus pais.

Mãe... pai vejo meu pai descer as escadas vindo na minha direção.

Vamos almoçar, filha? Sugere e eu o sigo, indo para a cozinha. Como foi seu dia na faculdade? Pergunta, ao começar a levar a comida que estava no seu prato para a sua boca.

Foi bem normal. E no seu trabalho, como foi? Agora foi a minha vez de perguntar.

Foi bem normal também diz e nós começamos a rir.

Continuamos almoçando e quando eu já estava prestes a terminar meu almoço, o telefone de casa toca.

Sentimentos AdormecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora