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Flávia

Ao chegar em casa, subo para o meu quarto e grito para ninguém em particular; eu só queria mesmo, de alguma maneira, botar para fora a raiva que estava guardada dentro de mim.

Como esse garoto pode ser tão idiota? Faço essa pergunta a mim mesma, como se eu soubesse responde-la, mas eu simplesmente não sabia. E porque ele se acha tanto? Ando de um lado para o outro e ao me sentar na cama, já que estava ficando tonta de tanto andar para lá e para cá, sei que posso responder a essa minha outra pergunta. Só porque ele tem aquela posse de pessoa arrogante, ele pensa que pode pisar em cima de qualquer um. É onde ele se engana. Ninguém pisa em mim!

Ao respirar fundo, conto mentalmente de um até dez. Não posso desperdiçar o meu tempo pensando nele. Ele não merece isso. Sigo para o banheiro; eu tinha que tomar um bom banho para me acalmar, só contar mentalmente não bastava.

Como esse garoto consegue tirar minha paciência em questão de segundos? E outra, ele só sabe falar comigo se for gritando. Eu não aceito isso! Saio do banheiro e me deito na cama. E por mais que eu quisesse dormir e já tivesse reclamado assim que cheguei em casa, o sono fez o favor de não aparecer hoje e por causa disso, eu comecei a remoer novamente as palavras duras que ele me disse.

"Claro que não vamos deixa-la, não está vendo que ela pode muito bem voltar para a sua casa sozinha, pelo mesmo caminho que veio".

Dor, tristeza e raiva, são tudo o que eu consigo sentir.

Essa ex-namorada dele fez foi certo, o deixando, ele devia ser um estúpido com ela penso em várias coisas quando por fim, depois de bastante tempo, me sinto vencida pelo sono e adormeço.

Acordo com o despertador tocando ao meu lado e vou ao banheiro tomar um banho. Visto uma saia florida, uma blusa branca e uma jaqueta e desço as escadas. Vou para a cozinha e vejo minha mãe.

Então filha, como foi lá na praia? Você não me disse nada e já foi logo para o seu quarto com a cara fechada. E por falar nisso, aconteceu alguma coisa por lá para você ter chegado daquela maneira? Pergunta, ao mesmo tempo em que coloca a comida na mesa.

Não, não aconteceu nada minto. Não sei qual seria a coisa mais constrangedora a se dizer: se seria o fato de dois caras estarem atrás de mim, da qual se soubesse, me proibiria de sair de casa à noite ou o fato da minha raiva de ontem ter sido ocasionada por causa de um garoto extremamente antipático e que me dar nos nervos só de lembra-lo. Foi bom, mas acho que vou ficar indo à praia só de manhã mesmo. Percebi que à noite é muito arriscado digo por conta de tudo que me aconteceu e em seguida me disperso dela, com um abraço. Não queria que ela me perguntasse mais coisas a respeito de ontem.

Saio de casa e pego um ônibus.

Chego na faculdade. Vou para a sala de aula e espero o professor chegar. A Jade me vê ao passar pela porta, e vem falar comigo:

Flávia, você está bem? Pega no meu corpo. O meu irmão me contou que viu uns caras vindo atrás de você, ontem.

Ah é? Digo com desdém. E por acaso ele te contou também que foi um completo idiota comigo? Pergunto, com certeza ele omitiu essa parte a ela.

Ele me contou isso também meu queixo cai devida essa informação. Ele realmente contou? Hum, talvez ele não seja tão idiota assim, mas por hora é melhor não colocar a carroça na frente dos bois. Desculpa, mas o meu irmão, ele age por impulso confessa, dando um meio sorriso.

Sentimentos AdormecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora