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Miguel

No outro dia assim que me acordo estico meu braço para pegar meu celular que está em cima da escrivaninha o cansaço e o sono eram tantos que mesmo tendo dormido por mais de onze horas eu não havia conseguido me recuperar da noite anterior, até porque enquanto eu estava na festa vez ou outra quando a música acabava eu ia em direção ao barman e pedia para ele encher o meu copo com mais uma dose da minha bebida preferida então luto para consegui alcança-lo e assim que o pego, coçando um pouco meu olho para poder enxergar melhor sendo que a claridade, por conta da janela aberta, com certeza foi a mamãe que abriu, não está me ajudando em nada, mas assim que espero por alguns segundos a ardência passar, desbloqueio a tela do celular e vejo que já passa do meio-dia. Suspiro. O lençol enrolado ao meu corpo me chama para que eu deite na cama novamente e adormeça aconchegado a ela. Queria eu poder fazer isso, mas acabo de me lembrar que a Flávia e o Ben dormiram aqui e que devem estar só a minha espera. E é esse pensamento que me dar forças para levantar da minha cama macia e convidativa.

Sigo para o banheiro e lá dentro escolho tomar banho com uma água bem fria, dessas que servem para tirar a ressaca, pois é disso que eu estou precisando nesse exato momento. Me arrepio quando a água bate no meu rosto e desce pelo meu corpo me limpando e renovando as minhas forças, por completo. Ao sair do mesmo, depois de passar alguns minutos lá me refrescando depois de me acostumar com a água gélida sobre o meu corpo, vou em direção a cômoda e tiro de dentro dela uma bermuda branca e uma blusa branca, começando a me vestir. Em seguida, ao me ver como estou no espelho, saio do meu quarto.

Assim que desço as escadas, vejo os meus pais na sala assistindo a algum filme que eu não consigo reconhecer, até porque a minha mente não está focada nisso e sim na minha namorada e no seu irmão, se já foram ou não para casa deles.

Bom dia, mãe. Bom dia, pai digo, chamando a atenção deles logo de cara, para ver se eles conseguem me dar a informação de que eu tanto preciso saber.

Bom dia, filho minha mãe diz me lançando um sorriso, confortante.

A sua namorada está na cozinha com o irmão dela e com a Jade meu pai comenta me indicando a cozinha com a cabeça, como se eu não soubesse aonde ficava, mas não ligo muito para isso, pois logo parto em direção pra lá. Era exatamente isso que eu queria ouvir por ser tarde pensei que eles já tivessem ido para a casa.

Ao chegar na cozinha vejo que eles comiam e conversavam, animadamente, chegando até a passar de vez em quando alguma comida para o outro, como: uma jarra de café, de leite e até mesmo pães e bolos. Observo um pouco eles, se divertindo, mas ao puxar para fora do meu bolso meu celular para olhar as horas novamente, noto que cada vez vai ficando mais tarde, então descido interferir na conversa deles, mesmo não gostando muito disso.

Eu vou só comer alguma coisa bem rápido, depois irei deixar vocês, está bom assim? Me sento em uma cadeira ao lado da Flávia e da Jade e mais que depressa pego um copo de vidro e despejo leite dentro dele. Feito isso logo opto por comer pão, já cortando o mesmo e colocando dentro uma fatia de queijo e presunto. Assim que levo o pão a boca para lhe dar uma boa mordida, vejo que todos eles pararam de conversar e olhavam para mim, confusos, cada um franzindo a sobrancelha e eu me pergunto porque que eles estão fazendo isso, se o que eles deveriam estar fazendo agora e depressa era terminar o seu lanche, pois é exatamente isso que eu estou fazendo.

Não precisa se preocupar, cara Ben é o primeiro que se pronuncia, tirando o seu copo dos lábios, que eu vejo que é suco de laranja, para colocá-lo em cima da mesa. Nos acordamos agora. Pode comer sossegado, não há porque ter pressa balança a sua cabeça para os lados e as suas palavras fazem com que eu diminua mais o meu ritmo, que ao perceber agora estava mesmo bem acelerado, por isso as caras confusas em direção a mim. Mas o que eu posso fazer, eu não sabia que eles tinham acordado a pouco tempo e que não estavam nem um pouco preocupados, com o que a mãe deles fosse falar quando chegassem em casa, na verdade eles estavam bem relaxados. Estranho.

Sentimentos AdormecidosOnde histórias criam vida. Descubra agora