one » sweet music

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A R A B E L L A  P A R K E R

As nuvens estavam irreconhecíveis em Queens, não sei se era porque uma grande chuva iria vir ou se era porque  ele queria apenas nos pregar um leve peça para acharmos que trovoadas viriam. Adorava chuva mas odiava e amava ao mesmo tempo trovejadas, elas faziam eu me sentir um pouco sozinha, solitária, sem alguém para me proteger. Mas ao mesmo me faziam me sentir viva, me fazia me sentir surpresa.

Peguei meu chocolate quente encima de bancada, e sentei em uma das cadeiras que ficavam envolta da bancada central que havia na cozinha; liguei o notebook a minha frente e suspirei.

A faculdade de arte cênicas estava me matando, e se bem que diziam que o certo a se fazer era dar uma parada depois do ensino médio. Tinha redigir uma típica redação sobre a arte moderna, e eu realmente não estava afim daquilo.

Meu celular vibrou e vi que era mensagem da Sienna.

sienny:

advinha quem vai no show do justin drew bieber? ISSO MESMO MINHA MAE COMPROU PARA MIM COMO DIA DO MEU ANIVERSARIO.

Suspirei tristemente e olhei para o visor e bloqueie o celular. Já era segunda ou terceira vez que ela iria no show, ela já tinha tentado comprar um ingresso pra mim mas minha mãe acabou ouvindo a conversa e disse que eu não iria, por te escolhido artes cênicas.

Ela queria que eu fosse médica, pediatra especificamente. Dizia que música, arte não levava a ninguém a lugar nenhum, e que poucos tinham a sorte chegar a algum lugar com isso.

E dizia que eu não teria essa sorte.

As vezes ela me botava pra baixo e depois que meu pai se separou dela e conseguiu a minha guarda fazia isso constantemente. E por isso Sienna não gostava dela e nem ela gostava de Sienna. Eu ainda tinha 20 anos e não podia ir a show algum sozinha, sem um responsável, ou seja, sem minha mãe.

A minha vida era algo que você não queria entrar e nem viver, era praticamente cheia de regras, cheia de pressão, presa e sem poder fugir. E isso me fazia cada vez mais abaixar as minhas porcentagens de conhecer o ídolo que eu amo desde 2009.

Justin Drew Bieber

E desde então eu tento me adaptar as coisas que minha mãe fazia comigo, e meu pai de toda maneira tentava pegar minha guarda, mas em frente ao tribunal ela se fazia de pobre coitada e se eu não concordasse com seu teatro, eu apanhava de ferro em casa.

E eu sempre tentava me adaptar com aquilo, por mais que doesse eu segurava o choro e assentia como se isso fosse certo. As coisas acontecia por uma razão, e eu aceitava se era aquilo que ela queria fazer comigo, me fazer mal.

Prendia meu cabelo e alguns fios não suportaram e se soltou da pressão frouxa que dei no cabelo. Abri o aplicativo do Spotify e coloquei no álbum da Halsey, minha deusa glorificada dos pés à cabeça.

Everything is blue, his pills, his hands, his jeans. – cantei e tomei como inspiração terminar o meu trabalho – Blue, blue. – então comecei escrevendo o primeiro parágrafo.

"A arte moderna que começou a anos atrás, levou junto consigo a antiga e rebuscado arte juntando com a as novas e diferentes técnicas que representavam. E agora com ela nos podemos fazer bastante coisa, porque suas características em alguns artistas são predominantes e em outros misturam com a arte atual com a arte moderna. Ela vive conosco sem ao menos percebemos e é isso que faz dela diferente e importante."

O sorri e tentei pensar em coisas boas e positivas, porque era aquilo que me fazia voltar a realidade, era aquilo que me fazia bem. A música que me fazia bem, e por mais que alguém tentasse negar eu era música.

E a música dele me fazia um bem tão maior, que eu podia voar. Porque acima de tudo ele me fazia sorrir mesmo longe.

fangirl + justin bieberOnde histórias criam vida. Descubra agora