Connor Hunter: Guerreiro da Esperança

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Foi tudo tão rápido que sua mente jovem quase não conseguiria se lembrar, e não se lembraria de fato se não fosse pela ajuda da segunda consciência que havia entrado em seu ser há pouco. Connor Hunter se lembrava de quase tudo, as memórias chegavam a sua mente em múltiplos flashes, mas os que mais faziam sentido eram os que mostravam uma enorme luz verde ofuscando toda a sua visão em um segundo, e no outro, tudo se tornara negro. Ele não via mais nada, sequer estava consciente. Mas ele podia ouvir uma voz, podia sentir que havia alguém ali com ele, embora ainda não pudesse compreender o que lhe era dito. Se lembrava também das últimas palavras que a voz disse antes que ele apagasse por completo: '' O primeiro Guerreiro do Infinito... está prestes a renascer ''. É claro que não fazia o mínimo de sentido para o adolescente de quase vinte anos.

Porém todos esses pensamentos duvidosos foram afastados quando os seus olhos se abriram horas depois do incidente. Ele se ergueu e olhou ao redor desesperado, tentando identificar onde estava, por fim reconhecendo que provavelmente havia sido levado ao hospital mais próximo por alguém na noite passada. Mas o mais estranho não era o local em que estava ou suas memórias estranhas que sempre envolviam a cor verde, mas sim, o seu corpo. Ele se lembrava de que algo estranho havia acontecido, e mesmo assim, sua pele não demonstrava nenhum hematoma, ele não sentia nenhuma dor, não se sentia diferente em aspecto algum, como se nada tivesse acontecido, mas ao mesmo tempo, sim.

Bom, já que não estava com nenhum machucado ou coisa do tipo, ele pensou que poderia sair do hospital de forma simples e rápida, já até havia começado a colocar as suas roupas, quando um homem entrou no quarto. Ele tinha uma alta estatura e aparentava ter trinta anos de idade. Estava usando um terno negro com uma gravata vermelha, e óculos escuros. Seu cabelo era loiro e estava penteado para trás, formando um topete na frente. Connor ficou imóvel, tentando se lembrar de quem era aquela pessoa, mas sem sucesso. O homem se aproximou um pouco e retirou de seu bolso direito da calça uma espécie de carteira, a qual abriu, revelando um distintivo. Mas não era um distintivo comum, desses que se vê com os xerifes, policiais, agentes do FBI e etc. Era um distintivo prateado, com o símbolo do infinito cravado em seu centro e em sua circunferência, o nome da organização, que era InfiTec. O garoto obviamente pensou que era fajuto, afinal não se vê distintivos como esse todos os dias, mas o homem pouco se importou com isso. Ele guardou o seu distintivo após pensar ter provado sua autoridade e arrumou a sua gravata, dizendo:

- Eu sou o agente Dead Eagle, fui enviado para cuidar de sua trajetória até a sede da InfiTec. - Confuso, Connor respondeu, mas com outras perguntas:

- Mas o que é a InfiTec? O que aconteceu na noite passada? Foi você quem me trouxe pra cá?

- Sem tempo pra perguntas. Tudo será respondido a seu tempo. - Agindo rapidamente, Dead Eagle retirou seu distintivo do bolso mais uma vez e apertou um botão secreto em sua parte superior, liberando um gás sonífero sobre a face do garoto, que desmaiou na hora.

Ele não se lembrou de mais nada da noite passada durante o intervalo de tempo no qual ficou desmaiado, ele apenas enxergou a escuridão diante de si e um pequeno brilho verde, com o qual ficou a observar em seu sonho. O brilho parecia querer se comunicar com ele, mas sem sucesso. Connor não compreendia o que a criatura queria dizer, mas talvez o agente que o trouxera ao hospital pudesse ajudar. Se não pudesse, não estaria fazendo tudo isso.

Então seus olhos foram abertos mais uma vez. Ele estava deitado em outra cama, mas claramente, não estava mais no hospital. Se ergueu e olhou ao redor, parecia um quarto comum, mas não era o seu. As paredes eram cinzas e a única mobília no cômodo além da própria cama era uma estante da mesma cor das paredes, que estava vazia. Ele se espreguiçou e andou até a porta, abrindo-a, estava destrancada, o que o surpreendeu. Hora pensava que havia sido sequestrado e estava sendo mantido como prisioneiro, mas então, por que teriam deixado a porta aberta? Aquele lugar não fazia sentido, e pensando bem, nada fazia sentido na vida de Connor desde que se envolveu com a luz verde na noite anterior.

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